Acordamos às 8h15, quase perdendo o café da manhã, chegamos lá 5 minutos antes de acabar e a nossa mesa estava pronta nos esperando. O menu: sopa missô, salmão, picles de vegetais, a gelatina estranha novamente, arroz e inhame e abóbora cozidos e um bolinho com gergelim que eu comi mas não sei o que era. Os picles e a gelatina eu deixei no prato mesmo. o Gabe só tomou a sopa e comeu arroz. Dificuldade maior: ficar sentadinha no chão durante o café da manhã inteiro, eu agüentei até os 10 minutos finais…
Com o tempo nublado, pegamos o metrô até o templo Heian. É um templo mais novo, bem grande, e o destaque é o jardim japonês cheio de cerejeiras em flor em volta. Estava lotadíssimo, domingo com cerejeiras em flor = todos os japoneses da cidade indo aos templos e depois fazendo seus picnics. Muitas mulheres de kimono, uma graça. Fomos andando pelo jardim maravilhoso, com cerejeiras de flores brancas e cor de rosa, vários lagos com carpas, caminho de pedras atravessando o lago. Uma ponte de madeira coberta atravessa o lago maior, e era o ponto preferido para fotos. Um casal recém-casado posava para fotos na beira do lago e tinha uma multidão de gente ao redor tirando fotos deles, a cada vez que a noiva se mexia eram oooohhhs pra todo lado.
De lá fomos andando até o parque Maruyama, que estava igualmente entupido de gente, barraquinhas de comida variadas e todo mundo fazendo picnic. Experimentei um polvo grelhado que estava péssimo e acabei comprando frango frito japonês depois. Gabe comeu um filé de porco empanado e sanduíche de frango. Comida sem graça e cara, não compro mais nada nessas barraquinhas. Andamos até o templo Yasaka, logo ali do lado e que estava tendo apresentações de música e dança. Uma senhora dançou lindamente e depois duas senhoras tocaram harpas japonesas e cantaram, mas não ficamos até o final.
Continuamos andando por Gion, o distrito famoso das geishas, que ainda preserva suas ruas estreitas e casas de madeira. No caminho para uma das pagodas, demos de cara com três maikos (aprendizes de geiko, como as geishas de Kyoto preferem ser chamadas). Lindas, pareciam bonequinhas de porcelana, foram até um pequeno templo, mas não queriam ser fotografadas (uma turista apontou a câmera para uma delas e elas cobriam o rosto com as mãos e viraram de costas para a câmera).
Fomos andando pelas ruazinhas estreitas que a esse ponto já tinham se transformado em um rio de gente (vimos mais algumas maikos no caminho) até o templo Kyomizu. Esse templo tem mais de mil anos e fica no topo de uma colina, dá para ver a cidade toda lá de cima. A estrutura do templo, toda de pilares de madeira, não tem nenhum prego: é tudo de encaixe. O tempo melhorou bastante e o sol apareceu, as cerejeiras emolduravam o templo perfeitamente. Os japoneses faziam fila para beber a água da nascente do templo, os restaurantes ao redor todos cheios, as lojas de souvenir lotadas.
Voltamos para a estação Kyoto ao anoitecer e fomos para a área de restaurantes no 11 andar. Filas enormes na porta de cada restaurante, comemos no restaurante do alho: todos os pratos tem “níveis” de alho diferentes, e como nós dois somos fãs de alho, resolvemos experimentar. Cada um dos gyozas (os pastéis) tinha um dente de alho assado inteiro. Meu macarrão com camarão tinha alho até dizer chega (nível 2) e o bife do Gabe também estava bom (nível 1). Não conseguimos descobrir se as sobremesas tinham alho ou não porque ninguém falava inglês, então resolvemos não arriscar e passamos no restaurante italiano pra comprar uns docinhos. Tiramos fotos da estação iluminada, o reflexo da torre Kyoto no prédio espelhado, e caminhamos de volta para o ryokan.
Todos os posts da viagem:
1o dia: Konnichiwa (boa tarde / bom dia)! (Tóquio)
2o dia: Adolescentes, cerejeiras e o guarda-chuva de 250 dólares (Tóquio)
3o dia: Segure o seu chapéu, jornal, picnic… (Tóquio)
4o dia: Isso é Tóquio
5o dia: Muita chuva em Tóquio
6o dia: It’s a small world after all (Disney Tóquio)
7o dia: Nikko, os italianos e os bêbados
8o dia: A caminho de Kyoto | Sayonara Tóquio!
9o dia: Kyoto, cidade das geishas
10o dia: Miyako Odori, uma tradição deslumbrante (Kyoto)
11o dia: Templos até debaixo d’água (da chuva) (Kyoto/Inaue)
12o dia: Nara e seus 1300 anos de história
13o dia: O castelo samurai de Himeji
14o dia: Takayama Matsuri, festival de primavera (mas que frio!) (Takayama)
15o dia: Shirakawa-go, uma vila que parou no tempo
16o dia: Takayama e muita confusão
17o dia: O final da saga
leticia says
oba! restaurante do alho!!
hum… que delicia!
rosilande says
Luciana quantas fotos lindas, interessante ver a arquitetura dos templos, as cerejeiras maravilhosaaaaas e as mulheres com trajes tipícos. Adorei. Bjs.
Simone says
Amei as fotos! Conhecer o Japão é um dos meus sonhos!!
Edna da penha Cardoso says
Fantastico. Não existe adjetivo para tanta beleza. as foitos sõ demais, as roupas, as paisagens. Adorei. Bjs.