Pegamos o trem bala para Himeji, uma cidade costeira a oeste de Kyoto, famosa pelo seu castelo de mesmo nome, um dos últimos (e o maior) dos 12 castelos feudais ainda existentes no Japão e o perfeito exemplo de castelo samurai. A viagem de shinkansen leva apenas 45 minutos, e da estação já se vê o castelo por entre os prédios.
A cidade é moderna, com ruas mais largas e prédios mais altos do que Nara por exemplo. Fomos andando até o castelo, lindo, que domina a paisagem.
Esse castelo é basicamente um forte, o interior da torre principal tem objetivo puramente militar, com suas plataformas para armas e salas secretas para os guerreiros. São 6 andares e o porão, a gente entra pelo porão e vai subindo as escadas super íngremes. Sapatos são deixados na entrada, como em todos os templos que visitamos. Todos os andares por dentro são de madeira e tem diversos racks para armas e buracos na parede para os atiradores. Os andares vão diminuindo de tamanho até o topo, que tem um pequeno altar e uma vista completa da cidade até o mar e as montanhas ao redor.
Na parte oeste da muralha externa estão as torres onde vivia a princesa e as demais mulheres que trabalhavam para ela. Essa era a única parte decorada do castelo, mas não sobrou nenhuma decoração nas paredes (de papel pintado em painéis laqueados) ou móveis, infelizmente.
Os jardins do castelo são lindíssimos, centenas de cerejeiras em flor por todos os lados, e agora que as pétalas estão começando a cair, o chão estava coberto de flores em certos pontos. Outro detalhe interessante do castelo são os brasões no telhado, a maioria das telhas tem o brasão de flor ou borboleta das famílias que inicialmente construíram o castelo, mas cada vez que uma nova família consertava uma parte, usava seu brasão nas novas telhas. Contei mais de 10 tipos de brasões diferentes enquanto andávamos pelo castelo.
Quando andamos por todos os jardins, fizemos a volta por fora das muralhas, mas começou a chover e resolvemos encerrar o dia e voltar para Kyoto. Jantamos em um restaurante que tem o tonkatsu, que foi o prato preferido do Gabe até agora, ele pediu o porco e eu pedi camarão. Estava gostoso, mas não tão bom quanto o restaurante de Tóquio.
Todos os posts da viagem:
1o dia: Konnichiwa (boa tarde / bom dia)! (Tóquio)
2o dia: Adolescentes, cerejeiras e o guarda-chuva de 250 dólares (Tóquio)
3o dia: Segure o seu chapéu, jornal, picnic… (Tóquio)
4o dia: Isso é Tóquio
5o dia: Muita chuva em Tóquio
6o dia: It’s a small world after all (Disney Tóquio)
7o dia: Nikko, os italianos e os bêbados
8o dia: A caminho de Kyoto | Sayonara Tóquio!
9o dia: Kyoto, cidade das geishas
10o dia: Miyako Odori, uma tradição deslumbrante (Kyoto)
11o dia: Templos até debaixo d’água (da chuva) (Kyoto/Inaue)
12o dia: Nara e seus 1300 anos de história
13o dia: O castelo samurai de Himeji
14o dia: Takayama Matsuri, festival de primavera (mas que frio!) (Takayama)
15o dia: Shirakawa-go, uma vila que parou no tempo
16o dia: Takayama e muita confusão
17o dia: O final da saga
rosilande says
Interessante os brasões nas telhas, assim como o estilo do castelo…porém as cerejeiras são imbatíveis, valeu pelo close das flores são lindas. Bjs.
Luciana Teshima says
Oi xara! Que timing excelente o seu, hein?! Deviamos ter passado por Himeji uma semaninha antes de voces, ja que todas as cerejeiras (nas nossas fotos) ainda estavam pra abrir!! :0( Voce chegou a ir ate os templos no topo do Monte Shosha? Achamos aquele lugar divino! Leio seu blog de vez em quando. Moro no Reino Unido e a Marcinha (da Vida escrita a mao) foi quem me falou do seu blog, que por sinal eh muito joia! Tudo de bom!!