No dia 8 de dezembro de 2011 viemos pro Brasil na nossa primeira viagem a 4. Também foi a primeira viagem de avião do Eric, e logo uma com o vôo bem demorado (quase 10h de Houston pro Rio, fora o vôo Austin-Houston). Na primeira viagem de avião internacional do bebê, ele estava com 1 mês de vida, quase 2 meses. Julia com 4 anos e já bastante acostumada com viagens não me preocupou. O Gabe, que estava com o pé quebrado e de muletas, não podia ajudar muito. Sorte que os meus pais estavam voltando com a gente no mesmo vôo e puderam ajudar a carregar as bolsas/malas de mão.
O meu plano foi levar o Eric em um canguru (sling) pra ele poder dormir confortavelmente e eu ter as mãos livres, porque segurar um bebê por mais de 10 horas é pedir pra ficar com os braços dormentes e doloridos. Muita gente me perguntou por que eu não quis usar o bercinho que a cia aérea oferece. O problema do bercinho é que você tem que sentar na primeira fileira de assentos, e os braços das cadeiras nessa primeira fila NÃO sobem. Portanto, se eu pegasse o bercinho pro Eric, a Julia ia ter que dormir sentada a viagem toda, o que seria bem desconfortável pra ela. Então o Eric veio dormindo muito bem no sling, amarradinho em mim (que também é um jeito mais seguro do que segurar o bebê por causa de turbulência) e a Julia também dormiu bem esticada entre eu e o Gabe (com o cinto afivelado, diga-se de passagem, que é super importante). Na minha opinião o bercinho é legal pra quem tem um filho só. Pra quem tem um filho mais velho não acho uma boa opção.
Também me perguntaram como tenho coragem de viajar com um bebê tão pequeno. O motivo é simples: um bebê novinho praticamente só come e dorme, é muito mais fácil de viajar com um bebê assim do que com um mais velho, que fica entediado e quer brincar enquanto você quer dormir ou que quer andar quando a luz do cinto está acesa. Normalmente quando a gente tem o primeiro filho nem pensa em viajar tão cedo, mas depois, olhando as viagens que fizemos com a Julia, vi que as viagens mais fáceis foram quando ela era bem novinha ou então depois de 2 anos. Entre 11 meses e 2 anos foi o período mais complicadinho porque ela não dormia bem e queria andar pelo avião nas horas erradas. Claro que se o seu bebê tem cólica e chora por horas a fio, isso não se aplica 😉
Enfim, o Eric dormiu, não chorou nada, mamou, dormiu mais, foi tranquilo. Os únicos contratempos foram a golfada que ele me deu (ele tem refluxo e eu já esperava mesmo que isso fosse acontecer) e na hora que o avião estava descendo a fralda vazou um pouco e minha blusa ficou levemente molhada de xixi. Mas como eu já tinha avisado no post sobre como arrumar as malas, eu tinha roupa reserva tanto pra mim quando pro Gabe e pras crianças. Importantíssimo!
Eu trouxe um carrinho levinho dobrável pra Julia, porque ela reclama de andar distâncias grandes e às vezes pede colo nas piores horas, e não deu outra. Quando a gente chegou no aeroporto depois de uma noite no avião, ela não queria andar e pediu logo o carrinho. Como o Eric estava no sling eu tinha as mãos livres pra empurrar o carrinho dela. Só não foi melhor porque 1) eu sou meio atrapalhada pra colocar o bebê no sling – tem gente que coloca na maior facilidade, eu não sou uma pessoa dessas, mas mesmo assim valeu; e 2) como o Gabe estava de pé quebrado, precisamos nos separar porque ele tinha que ser levado numa cadeira de rodas e eu e as crianças fomos por outro caminho.
De qualquer forma o saldo foi positivo, vamos ver como vai ser a viagem de volta semana que vem, porque agora o Gabe já está andando de novo (devagarinho, mas está), sem muletas. Espero que o Eric durma bem novamente!
Gostou? Leia os meus outros posts em Viajando com Crianças.
Fernanda says
Lú, sempre tive curiosidade de te perguntar uma coisa, mas os seus pais também moram nos USA? Sempre reparo nas fotos como eles são presentes na vida de vcs, por isso fiquei na dúvida se eles tb moram aí ou no Brasil.
Adorei seu sling. Depois faça um post só sobre ele. Esse é um ítem q com certeza quero ter qdo os filhos vierem 🙂
Super beijo!
Luciana Misura says
Fernanda, eles moram no Brasil, mas vão pra nossa casa 2 vezes por ano e ficam 2 meses em média cada vez. Então eles passam uns 4 meses mais ou menos lá em casa. Vou fazer um post sobre o sling sim, mas eu sou uma péssima “slingueira” 😉 Me atrapalho toda!
Alessandra Pereira says
Olá Luciana,
Fiquei super fã do seu blog! Suas dicas são sempre excelentes e muito bem vindas! Parabéns mesmo!!!! Bjo e boa sorte com o filhotinho!
Luciana Misura says
Alessandra, obrigada! 🙂 Você tem filhos também?
Isabella says
Só pra comentar que eu sempre usei o bercinho no primeiro assento e também sempre fiz questão de sentar na primeira fila por causa do espaço e de não ter ninguém na frente. Funcionou pra nós. A Estela, que viaja tranquilo desde bebê, reclina a poltrona e ali passa o vôo todo. Já o David é outra história, me dá bastante trabalho… Em agosto iremos com a Cecília que terá uns 6 meses. Não me preocupo com ela, mas com o pequeno. Espero que ele esteja mais tranquilo até lá e que a sua tolerância a espera tenha aumentado.
Que bom que deu tudo certo e que o marido está voltando a andar aos poucos.
Beijos.
Luciana Misura says
Que bom que ela consegue dormir sentada, a gente viajou nesses assentos com ela uma vez por acaso e foi um inferno, ela nao conseguia dormir sentada e ficou muuuuito chata, felizmente foi um voo curto! E a Cecilia, nao quer nascer? 😉
Shana says
Oi Luciana,
Acompanho o seu blog faz um tempao, sempre adorei suas dicas. Gostei de saber que o Eric dormiu bem no canguru. Meu filho tem 3 semanas e vou para o Brasil no mes que vem, mas tentei varios cangurus e ele fica muito dobradinho nele, o que nao eh recomendado… voce poderia me dizer qual que voce usou? Obrigada!
Luciana Misura says
Shana, o sling que estou usando e esse aqui http://www.slingezee.com/What-is-SlingEZee.aspx mas acredito que e so uma questao de como posicionar o bebe dentrondo sling, porque sao todos bem parecidos. Tem que praticar, eu mesma nao tenho muita pratica…
Claudia Obata says
Que legal que o Eric ficou quietinho e dormiu bem no vôo, Lu!
Nós vamos levar o Dani ao Brasil no mês que vem. Ele vai ter acabado de fazer 3 meses. Vamos ver se ele se comporta bem como o Eric!
Assim como você, fico toda atrapalhada com o sling. Preciso treinar mais ainda. De qq forma, vou levar o carrinho dele (que ainda é o carseat na base do carrinho). Você não levou?
Beijos
Luciana Misura says
Clau, nao, a gente nao trouxe justamente porque optamos trazer o carrinho da Julia. Quando a Julia era bebe a gente levava sempre o carrinho + sling, so que agora com os dois nao da pra trazer 2 carrinhos, ai optamos pelo dela ja que ela e muito mais pesada pra carregar no colo 😉
Jessica says
Ola Luciana,
Estou me mudando de volta para Miami em Fevereiro, agora com filhos de 5 e 6 anos. Ja morei lá por 3 anos (1998 a 2001). Você pode escrever um pouco sobre a escola? Comida, costume, enfim, algumas dicas para mae de “primeira viagem” o que esperar das escolas! Tem um site que vejo as notas das escolas, greatschool.org! Estou ansiosa com a adaptacao das criancas, e vi que a Julia nao falava ingles, achei o maximo!
Parabens pelo Blog
Abs
Jessica
Luciana Misura says
Jessica, eu nao posso escrever sobre as escolas ainda porque a Julia so entra no Kinder em setembro. Por enquanto ela esta numa escolinha particular, no pre-k, e o esquema dessas escolinhas nao e igual ao das escolas publicas. A Julia falava pouco ingles quando entrou mas entendia tudo como disse a professora dela, porque ela frequentava a Gymboree desde 1 aninho. Entao por mais que ela nao praticasse muito o ingles, ela ja sabia bastante coisa! Mesmo assim, crianca aprende super rapido e os seus filhos em alguns meses vao estar se virando no ingles! O greatschool e um bom site de referencia, eu uso tambem. Boa mudanca! 🙂
Jessica says
Luciana,
Obrigada pela resposta!
Luciana says
Oi, Luciana.
Minha filha tem 3 meses e meio e o pediatra não recomendou nem sair de casa com ela. Nada de praças, shopping…disse para esperar que ela complete 4 meses.O pediatra do Eric não fez nenhuma restrição? Será que é paranóia dos pediatras aqui no Brasil? Um grande abraço, Luciana.
Luciana Misura says
Luciana, isso e coisa dos pediatras brasileiros sim! Os pediatras americanos nao fazem restricoes nao, a nao ser no inverno, eles dizem pra evitar lugares fechados com muita gente por causa da gripe e infeccao respiratoria com o virus RSV. Mas eles dizem que as pessoas tem que sair de casa, e nos EUA e comum voce ver bebes recem-nascidos passeando por ai.
maika says
Ola Luciana:
Minha dica para posicionar o bebê: coloque primeiro o bumbum, como se estivesse “sentando”, bem no meio do sling já no seu corpo e depois ajeite as pernas e por ultimo a cabeca e os bracinhos. Termine de ajustar o sling no seu corpo.
Espero que ajude, boa viagem de volta.
Luciana Misura says
Maika, obrigada, mas a teoria eu sei 😉 Ja assisti um monte de videos de como colocar o bebe no sling, eu que sou sem jeito mesmo! Mas continuo tentando…
Vilma says
Oi Lu!
Fiquei muito feliz em saber que tem outra pessoa alem de mim que acha que qto mais pequeno o bebe e, mais facil viajar com eles num aviao. As pessoas acham q sou louca por viajar com bebe pequenos num lugar tao longe. Viajei com meu filho primeira vez qdo ele so tinha 2 meses em pelono inverno la em SP e foi tudo tranquilo. Hoje em dia, ele esta com qse 3 anos, acho muito mais trabalho viajar com ele e tenho saudades da epoca que era so leite materno e qdo eles dormiam bastante entre as mamadas. 😉
Estou esperando meu segundo bebe, desta vez sera uma menina. Ela vai nascer no final de Marco. E desta vez penso em adquirir um sling. Gostaria de saber se vc gostou do seu sling e recomendaria. Queria uma que eu e meu marido possa compartilhar. Eu tenho 1.60cm e ele 1.70cm.
Obrigada e parabens pela linda familia!
Bjs
Luciana Misura says
Vilma, acho que todo mundo que já viajou com bebês e crianças pequenas concorda com a gente 😉 Os que se espantam não tem essa experiência ou iam entender!
O meu sling é OK, na verdade não tem muita diferença de um pro outro na minha opinião…o único sling ajustável que eu conheço (pra vocês poderem compartilhar) é o Peanut Shell Adjustable Sling. Boa sorte, dê notícias quando a sua filha nascer!
Vilma says
Oi Lu!
Obrigada por responder! Mais uma pergunta: Qual tamanho do SlingEZee voce comprou e qtos cm vc mede? Apenas para saber se eu devo seguir o size chart deles se escolher este sling.
Pode deixar que dou noticias qdo a minha filha nascer! Adoro ler seus blogs, e sempre que posso estou aq te visitando 😉
Luciana Misura says
Oi Vilma, acabei de confirmar, o meu tamanho é o petite, eu tenho 1.63 cm!
PêEsse says
Luciana, estou precisando de ajuda.
Minha esposa e eu somos bastante acostumados a viajar muito. São várias viagens internacionais durante o ano, algumas curtinhas, de menos de cinco dias para a América do Sul mesmo, e outras mais sérias, de até dois meses para destinos diversos. Tudo depende do tempo disponível, do dinheiro, exatamente igual a todo mundo.
Mas agora, depois de anos na estrada, o relógio biológico feminino falou mais alto e chegou a hora de ter filho. Minha esposa está grávida com parto previsto para a primeira semana de outubro. Assim como eu, ela também é viciada em viajar. Não queríamos que a chegada do primeiro filho mudasse (muito) isso e estamos pensando em fazer a primeira viagem em dezembro, quando eu tenho vinte dias livres do trabalho (e ela vai estar de licença maternidade). A ideia era passar uns quinze dias pelo México e pela Guatemala. Pensamos nesses destinos porque não são assim tão distantes do Brasil, porque era para onde iríamos em dezembro se não tivesse rolado a gravidez e porque são destinos a serem conhecidos de carro alugado (basicamente ruínas maias, museus e belas paisagens naturais), ou seja, dá para levar o que for necessário sem muito tumulto.
Só que tem UM MONTE de gente desencorajando a idéia. Estão dizendo que o bebê ainda será muito pequeninho, sem nenhuma imunidade, ainda não terá tomado todas as principais vacinas, que, em razão da frequência das mamadas, nós não iremos aproveitar nada, passaremos o dia cansados, não dormiremos direito, que só vamos jogar dinheiro fora, que nenhum pediatra vai admitir um absurdo desses. Como sou absolutamente inexperiente tanto nisso de ser pai como em viajar com bebês, resolvi começar a ler blogs sobre viagens com crianças e vim logo para cá porque seu blog é referência.
Ainda durante a gravidez nós iremos aos EUA comprar toda a tralha. Estava pensando em comprar tudo o que fosse preciso para o kit viagem do bebê (e já vi que você tem ótimos post a respeito de baby carriers e demais equipamentos) e estar em dezembro com tudo pronto para a nossa primeira viagem pós-gravidez e já com o baby.
Ao mesmo tempo em que muitos criticam minha decisão de viajar com um bebê de 2,5 meses, do pouco que li sobre viajar com crianças já vi gente dizendo que uma das melhores épocas de se viajar com o baby é nessa fase em que ele só mama, porque a tralha a carregar é menor, não há problemas com alimentação, essas coisas. Estou em uma tremenda dúvida. Não é muita frescura querer por meu filho numa bolha até, sei lá, um ano, para só então poder abrir a vida dele para o mundo? Ou essa cautela inicial é mesmo necessária? Estarei sendo irresponsável se viajar com ele?
Não sei se escrevi a dúvida no lugar correto, nem sei se você terá saco para me ajudar. De todo modo, considerando minha completa inexperiência com crianças, qualquer ajuda será muito bem-vinda. Queria muito que a chegada do baby mudasse minha vida de viajante o mínimo possível, ou seja, que ele, em vez de atrapalhar, passasse a ser mais um de nós (com os devidos cuidados e adaptações, claro).
Luciana Misura says
Oi PêEsse,
Vou tentar te responder por partes, até porque a resposta não é simples. Mas o resumo em uma palavra é: depende!
Primeiro de tudo e acho que o mais importante: você não sabe qual será a personalidade e o temperamento do seu bebê. Ninguém sabe. Ele pode ser um bebê anjo que durma maravilhosamente bem, chore pouco, mame no peito bem, não se incomode com barulho, enfim, um bebê que dá pouco trabalho e é altamente portável. Ou ele pode ser um bebê que tenha cólica, chore pra caramba, mame de duas em duas horas ou menos, tenha refluxo e vomite o tempo todo, acorde com qualquer barulhinho e não consiga dormir, e aí…seria mais complicado pra viajar com um bebê assim, não acha? Impossível não é, mas dependendo disso tudo vocês podem querer mudar um pouco (ou muito) os planos. Vocês só vão saber quem é esse bebezinho depois que ele nascer, então não faça nenhum plano que você não possa cancelar. Primeiro eu acho que você tem que conhecer o seu bebê, ver como vai ficar a rotina de vocês e aí resolver se a personalidade dele bate com o que você estava planejando fazer.
Outra coisa nessa história toda é: como você e a sua esposa vão se sentir depois que o bebê nascer. Depois que a Julia nasceu eu tive problemas com DPP, então eu realmente não estava em condições de viajar até uns 3 meses depois. Dessa vez com o Eric eu estava super bem de saúde então não foi um problema. A Julia acordava de 2 em 2 horas pra mamar marcadinhas no relógio, e levava quase uma hora pra mamar, então eu ficava exausta. Já o Eric nasceu dormindo 3-4 horas de cada vez, então a gente tinha muito mais disposição pra tudo. Tanto é que nós fomos pro Brasil com ele tendo apenas 1 mês e meio. A Julia nunca teve refluxo, quase não sujava roupa, eu trocava roupa dela depois do banho só por uma questão de hábito porque não sujava. O Eric tem refluxo e a gente tem sempre que ter um monte de roupas extras (pra ele e pra gente!) e paninhos por perto. A Julia era ruim pra dormir mas conseguia dormir com barulho. O Eric se ouve uma agulha cair, acorda.
Sobre vacinas e imunidade: os pediatras e a cultura no Brasil são muito mais paranóicos com essa coisa de não sair com bebês recém-nascidos do que a cultura americana por exemplo. Aqui a gente vê bebê de 5 dias no supermercado ou no restaurante. O povo sai com os bebezinhos MESMO. Eles aproveitam que o bebê novinho dorme muito pra fazer um monte de atividades com o bebê dormindo no bebê conforto. Os pediatras falam que os pais não podem ficar presos em casa por causa dos filhos, que é só tomar certos cuidados – não deixar estranhos pegarem no bebê na rua, lavar sempre as mãos, não deixar pessoas doentes pegarem no bebê, essas coisas. A única coisa que eles falam é pra evitar lugares fechados com muita gente em época de epidemia de gripe (que é no inverno). A nossa pediatra por exemplo achou ótima idéia a gente ir pro Brasil com o Eric com 1 mês e meio, e demos as vacinas dele de 2 meses um pouquinho antes pra ele ter *alguma* vacinação antes de viajar. Tudo depende de vocês se sentirem confortáveis com isso, de estarem seguros que pra onde estão indo a infra-estrutura de saúde é legal caso seja necessário usar, ter um bom plano cobrindo o bebê, enfim, a chance de acontecer alguma coisa é sempre muito menor do que o contrário, mas os pais tem que se sentir seguros pra encarar os riscos. Se vocês fizerem o dever de casa e acharem que estão tranquilos pra encarar, é isso que importa.
Eu estava conversando sobre esse assunto no Facebook com uma outra blogueira que acabou de ter bebê, e disse pra ela que eu não levaria o meu bebê sem vacinar pra Índia, mas pra um destino limpinho eu iria sim. Tem gente que não leva o bebê nem na pracinha da esquina ou no shopping sem vacinar, então vai de cada um. Mas se você morasse aqui nos EUA por exemplo as pessoas certamente se espantariam muito menos de você pensar em viajar com o seu filho de 2.5 meses do que no Brasil. Questão cultural.
Eu concordo sim que viajar com bebês novinhos é mais fácil do que com bebês mais velhos e crianças entre 1-2 anos. Realmente é mais fácil quando eles só mamam do que quando tem que comer, e principalmente muito mais fácil antes deles começarem a andar (aí o bicho pega!). MAS…eu só passei a achar isso quando a Julia ficou mais velha e eu senti na pele que ficou mais difícil. Talvez vocês achem fácil, talvez não. Quando a gente é pai de primeira viagem, muitas vezes está ainda enrolado com a nova rotina e acha difícil sair de casa com o bebê pra ir ali no shopping, quanto mais pra uma viagem internacional. Você vai ver como chegar num determinado horário pra um compromisso logo depois do bebê nascer vai ser bem mais complicado. Até vocês se acostumarem com a logística. De novo: vocês só vão saber depois que passarem por isso, impossível prever.
Enfim, acho que já deu pra ver que não tem uma resposta clara pra sua dúvida né? 😉 Mas não acho que é loucura vocês pensarem em viajar com o bebê pequeno não. Só acho importante você estar preparado pra mudar de idéia, ou de roteiro, ou as datas da viagem…
E pra você ter uma idéia, nós fomos pro Brasil com o Eric quando ele tinha um mês e meio, fomos pra Seattle quando ele tinha 4 meses, vamos pro México semana que vem (ele está com 5 meses e meio), vamos pra Michigan e Chicago em maio (6-7 meses), pra Flórida e pro Japão em julho (ele estará com 8-9 meses). E decidimos essa viagem pro Japão esse ano justamente por causa da idade dele – entre ir ano que vem quando ele estiver com 1 ano e 9 meses e ir agora, achamos muito mais fácil ir agora, que ele ainda não anda e não vai ficar irritado de não poder andar pelo avião nas horas mais impróprias 😉 Não que a gente não vá viajar quando ele tiver essa idade, mas de repente rolam uns destinos com vôos mais curtos até ele entender como funciona essa história de apertar os cintos.
Qualquer coisa é só falar! Parabéns pelo bebê, espero que ele seja um ótimo mini-viajante naturalmente, mas se não for, não se preocupe que eles aprendem rapidinho!
PêEsse says
Caramba, Luciana, quanta coisa, quanta ajuda. Muito obrigado mesmo.
Logo que a gente descobriu a gravidez, veio aquele monte de reflexões sobre um bocado de coisas, dentre elas como seria nossa vida de viajante daqui por diante. A primeira decisão que tomamos foi a de que, depois do desmame, continuaríamos a viajar só nós dois mesmo. Como os avós são vivos e são saudáveis, é mais prático deixar o bebê com eles, repassando também a estrutura de apoio de babá etc. Viajar com criança deve ser legal mas a viagem fica muito em função (e no ritmo) delas, e esse não é nosso propósito ao viajar. Em nossas viagens acordamos cedo para chegar nas atrações antes de ficarem lotadas, gostamos de conhecer a cena gastronômica noturna do lugar e tudo isso ficará inviabilizado (ou restrito) com criança. Então, considerando esse nosso estilo, decidimos aproveitar a disposição ainda existente dos avós (e tendo em vista que eles fazem questão de se colocar à disposição todos os dias para ajudar nisso) para, depois do desmame, seguir com as viagens somente nossas. Inicialmente uma curtinha, depois uma maiorzinha, para ver como a coisa flui. O sexto mês de amamentação será março. Estamos pensando em uma viagem de três ou quatro dias já em abril, para termos o primeiro impacto de “abandonar” o bebê, e depois algum destino europeu por 20 dias em maio. É claro que, aqui e ali, vamos viajar com a criança, mas aí será uma viagem dela, e não nossa, para destinos e atrações predominantemente infantis. A gente estará ali apenas viabilizando, fazendo acontecer.
Depois dessas primeiras reflexões, nós nos lembramos da viagem de dezembro, quando ainda não vai dar para deixar com os avós. É uma época boa porque eu tenho uma folga no trabalho que não é abatida de minhas férias anuais. A desvantagem é que são dias fixos, não dá para mudar, já que é folga para todo mundo do trabalho ao mesmo tempo. Já sabendo da gravidez, pensamos em lugares que combinassem com road trips, porque achamos que fica melhor para carregar o que for preciso. Cogitamos Califórnia, porque já conhecemos e porque o inverno aparenta não ser tão rigoroso assim. África do Sul, porque a estrutura é excelente e porque nas duas vezes em que estivemos por lá vimos que muita gente viaja sim com crianças, inclusive com as pequenininhas. México/Guatemala, porque nossa finalidade por lá, que era a de montar bases e sair conhecendo ruínas maias, dava certo com andar por aí com uma criança lactante pendurada num canguru. Qualquer coisa é só dar uma paradinha, amamentar, ir no banheiro sempre existente na entrada das ruínas, essas coisas. E aí, vários prós e contras de cada lugar depois, resolvemos que talvez o melhor fosse ir ao México/Guatemala.
A leitura de suas ponderações me deixou inclinado a desistir. Explico. Embora a gente encare numa boa isso de pôr uma criança de 2,5 meses, ainda não integralmente vacinada, em um vôo que, se não é tão longo, também não é curto, para um país subdesenvolvido no qual, mesmo se a gente tiver comprado um bom seguro saúde para ele, nada é garantido, essa questão de a gente ainda estar atrapalhado com a nova rotina e o fato de o bebê poder ser complicado (dar trabalho para dormir, ter sono leve, ter refluxo etc., coisas que só se vai saber depois) desestimulam um pouco, o que é uma pena. Há o risco de a gente viajar com ele achando que será o máximo poder viajar com o bebê assim que ele nasceu e quando chegar lá ser tudo ruim porque, na prática, ninguém “viajou”, ninguém conseguiu passear nem conhecer quase nada porque ficou a maior parte do tempo solucionando este ou aquele contratempo.
Mas não desisti ainda. Confesso que sempre fiquei com inveja daqueles caras que andam com o filho nas costas em um canguru e com a câmera na frente, (aparentemente) curtindo a viagem exatamente como eu, que estava ali livre, leve e solto. Seus eslarecimentos estão sendo ótimos para me ajudar a ponderar com mais segurança as vantagens e desvantagens e poder decidir melhor. Gostei muito de saber, por exemplo, que nos EUA, o país da neurose, o pessoal segue a vida normalmente mesmo com bebês pequenos, sem esse estresse de enclausurar a pretexto de proteger. Ainda que resolva não viajar, vou adotar esse esquema por aqui. Na minha impressão de pai de primeira viagem e de completo inexperiente, acho que para a saúde do bebê deve ser até melhor, ele deve ir adquirindo imunidades mais rapidamente, tornando-se mais sociável etc.
A partir de agora estarei sempre por aqui. Valeu mesmo.
Luciana Misura says
Ih PêEsse, acho que você está se antecipando muito a uma decisão que ainda não pode fazer. Você está programando uma viagem em função do “desmame” mas você nem sabe ainda 1) se sua esposa vai conseguir amamentar; 2) se o bebê vai querer mamar por 6 meses (conheço bebês que desmamaram com 3-4 meses!); 3) se ela vai querer amamentar por 6 meses ou mais (eu nem imagino parar de amamentar o meu bebê com 6 meses, de maneira alguma, só pra te dar um exemplo). Enfim, eu entendo a vontade de planejar tudo com super antecedência (entendo MESMO, porque eu fui gerente de projetos por mais de 10 anos e sou o tipo de pessoa que já tem passagem aérea comprada pra dezembro desde março), mas nesse momento eu acho que você tem que esperar pra ver. A vida com um bebê vai ser bem menos previsível do que você está acostumado e a palavra de ordem será adaptação. Você não pode planejar a forma que você acha que vai se adaptar, e o bebê menos ainda.
Acho a idéia de uma roadtrip na California legal. Não acho a África do Sul adequada porque existe o risco de malária em dezembro (a não ser que vocês não façam nenhum safari), o bebê não pode tomar nenhuma medicação preventiva de malária. Outro fator a ser considerado é o sol. Um bebê não pode ser exposto ao sol forte por muito tempo, e filtro solar não é recomendado para bebês com menos de 6 meses. O ideal então seria uma viagem em clima mais frio e com lugares de pouca exposição ao sol, ao invés de uma viagem pra um lugar de praia ou com muitas atividades ao ar livre. Ou seja, o Mexico pode não ser uma boa pra vocês nesse momento. Isso tudo é a minha opinião, obviamente. Você sempre vai ver nas mais variadas localidades famílias com bebês e crianças de todas as idades passeando.
Outra coisa: o bebê novinho acorda cedo e dorme tarde na maioria das vezes porque ele tira várias sonecas por dia e o sono maior só começa mais tarde da noite e termina lá pelas 5-6 AM. Então um bebê não atrapalharia a sua forma de viajar de acordar cedo pra ir aos lugares. E dependendo do temperamento do bebê, dá pra levar pra um restaurante enquanto ele dorme no bebê conforto (já fizemos isso, e aqui nos EUA você vê muito). Mas enfim, vai depender do temperamento do seu bebê.
E olha, eu posso te dizer que a gente viaja numa boa com os nossos filhos. Em mais de 30 viagens que já fizemos com a Julia, o saldo positivo é muuuuuito maior que os problemas de percurso (senão a gente já teria desistido, claro). E viajar com crianças sinceramente te faz prestar atenção em outras coisas que nem sempre você veria, e que não deixam de ser interessantes. Sem contar que muitas vezes nossos filhos nos surpreendem e gostam de passeios que a gente nem imagina. Isso você tem que se dar a chance de fazer. Não desista não. Se programe. Faça uma tentativa. Não defina que o seu bebê vai atrapalhar as suas viagens antes dele realmente atrapalhar. Você pode se surpreender muito! E se você der uma olhada nas nossas viagens com a Julia vai ver que os nossos roteiros não são “infantis”. Na grande maioria das viagens os programas são “pra adultos” intercalados aqui ou ali com atividades “pra criança”. Por exemplo, a gente já descobriu que ela curte museus de arte moderna. Um parque bonito pra fazer um picnic e deixá-la correr solta é um programa pra todos. Qualquer programa que tenha música ao vivo ela curte, independente do estilo. E por aí vai. Você só vai descobrir essas coisas a respeito do seu filho(a) se viajar com ele(a).
Ah, e pra você pensar um pouco: existe toda uma corrente de que viajar é a melhor forma de educar uma criança. Existem muitos blogs de famílias viajantes que falam sobre unschooling, famílias que venderam suas casas e carros e viajam o mundo com os filhos, porque mostrar culturas diferentes pra uma criança é uma das receitas mais poderosas contra o preconceito que existe, sem falar no aprendizado de línguas, costumes, diferenças sociais, enfim, criando verdadeiros cidadãos do mundo. Eu acredito que viajar com as crianças tem um papel enorme na educação sim, e acho que somos privilegiados por poder oferecer essa oportunidade para as crianças.
PêEsse says
Luciana, tudo o que eu pergunto ou escrevo deve ser lido com reservas. Como disse, sou pai de primeira viagem, isto é, completamente inexperiente não só em viagens com bebês mas também com bebês. Ou seja, quase um néscio… (risos)
O que eu disse a respeito da viagem de maio são planos, nada mais que isso. Se o bebê não for amamentado ou deixar de amamentar antes do sexto mês por qualquer motivo (não quer mais mamar, a mãe teve algum problema etc.), o desmame terá acontecido antes do previsto nos planos e não haverá problema. Já se tudo ocorrer dentro do previsto, o sexto mês de amamentação será março. A viagem está prevista para dois meses depois, maio. Dá tempo de o desmame acontecer de modo lento, gradual e seguro. Por questões de trabalho, acho muito difícil e improvável que minha esposa possa e queira amamentar mais que o período dos seis meses recomendado como tempo mínimo pelos médicos. Por isso é que, em princípio, deu para a gente traçar alguns planos, acreditando serem eles exequíveis. Mas isso, claro, se tudo acontecer nas condições normais. Basta a criança nascer com algum tipo de doença, alergia, infecção ou algo que careça de acompanhamento médico constante que não vai dar mais para viajar. Mas, como são apenas planos, a gente preferiu traçá-los e tentar conduzir a coisa de modo a que eles possam ser executados, sem desconhecer que há uma série de fatos que podem modificá-los. Por exemplo, isso de fazer uma viagem de três ou quatro dias já em abril, pouco depois do desmame, para termos o primeiro impacto de “abandonar” o bebê, antes de seguir para algum destino europeu por 20 dias em maio, já é parte dos planos, para que a gente possa constatar alguma falha, ver como nós dois e o bebê nos comportamos com a saudade, a mudança da rotina dele, se a casa dos avós está mesmo pronta para recebê-lo, essas coisas.
Adorei saber que o bebê novinho acorda cedo e dorme tarde na maioria das vezes, por conta das sonecas tiradas no decorrer do dia, de modo que ele não atrapalharia nossa característica de chegar cedo nos lugares. Também foi muito útil saber que, a depender do temperamento dele, talvez dê pra levar o bebê para restaurantes enquanto ele dorme no bebê conforto. Fiquei ainda mais em dúvida sobre se devo ou não batalhar pela viagem de dezembro, com ele ainda com 2,5 meses. O complicado é que há coisas que só vou saber em outubro, quando ele nascer, e aí estará muito em cima para organizar uma viagem já para dezembro. Por outro lado, se para estar mais pronto, mais “maduro” para a viagem de maio e o retorno à vida de viajante for necessário abrir mão dessa viagem de dezembro, vou preferir não viajar e ficar em casa mesmo curtindo, aprendendo, educando, para depois retomar as viagens com mais segurança. Mas atualmente estou completamente indeciso e em cima do muro.
Sobre viajar com crianças, acho que vai muito daquilo que se espera de uma viagem. Por conta do cotidiano em que minha esposa e eu estamos imersos (cansativo, estressante, com poucas horas de sono, cheio de pressão e cobranças), as viagens passaram a ser uma forma de abstrair, relaxar, desconectar-se dessa rotina. O planejamento prévio das viagens, aliás, é até uma forma de evitar aborrecimentos nesses escapes que temos da vida real. Não praticamos overplanning nas viagens, mas overplanejamos viagens. Sempre temos quatro ou cinco viagens em mira, longas ou curtas, semi-planejadas (roteiros, quantidade de dias em cada lugar), para quando aparecer a oportunidade. Por mais que viajar com os filhos seja bom (e ninguém nega que é), o fato é que viajar com criança gera pormenores que, também não se pode negar, dão trabalho. Planejar toma mais tempo, os custos aumentam, a solução de eventuais problemas é mais lenta e complicada. Então, considerando a liberdade, a flexibilidade e, de certo modo (não interprete mal), a irresponsabilidade (= fugir da rotina já tão cheia de responsabilidades e compromissos) que nós buscamos ao viajar, se eu puder não levar criança, não levarei. É claro que, como tudo na vida, essa minha convicção também está sujeita a mudanças. Pode ser que, depois do nascimento, eu simplesmente conclua que “viajar e deixar essa pessoinha completamente dependente longe de mim? De jeito nenhum” e aí leve junto ou desista de viajar, mas, por ora, pesando prós e contras, prefiro manter o regime anterior.
Eu não sou cabeça dura. Em busca de experiências, aos poucos estou lendo seus posts e o de outros blogs e estou vendo que muita gente viaja com os filhos e adora. Mas é aquilo que uma vez o Ricardo Freire disse a respeito de fazer cruzeiros: “cruzeiro é bom, mas não é para mim”. Muita gente gosta de fazer cruzeiros, viajar para resorts, ficar tomando sol em destinos de praia, coisas que devem ser bacanas, mas que não são minha primeira (nem segunda) opção. Guardadas as devidas proporções na comparação, é mais ou menos o que eu penso sobre viajar com crianças, ainda que seja meu próprio filho. É bom, mas não é para mim. Como eu disse antes em comentário anterior, é claro que, aqui e ali, vamos viajar com a criança, mas aí será uma viagem dela, e não nossa, para destinos e atrações predominantemente infantis. A gente estará ali apenas viabilizando, fazendo acontecer. Nesse caso eu não vou poder reclamar de nada nem achar nada ruim.
Por favor, não me bloqueie, estou gostando e aprendendo tanto com seu blog… (risos)
Luciana Misura says
Oi PêEsse, não tinha tido tempo de responder por causa da viagem semana passada (reitero o que falei sobre achar complicado viajar com um bebê novinho pra uma área de muito calor e sol, na minha opinião pessoal acho mais fácil curtir uma cidade friazinha e me fartar de museus e passeios parecidos)…se você diz que não é cabeça dura e está aberto a mudar de idéia, então está bom 😉 Mantenha a cabeça aberta e de repente você vai ver que a coisa toda não é tão complicada assim. Mas vi esse texto aqui hoje e logo lembrei de você: http://www.pikitim.com/2011/a-recompensa-de-viajar-com-criancas/
Tania says
Oi Luciana, nao sabia onde poder comentar sobre viagem com nene, resolvi comentar aqui mesmo… rs
Moro no Japao e estarei indo pro Brasil com a minha filha que estara com 9 meses. Na ida serei eu e ela, meu marido so ira em dezembro e voltaremos juntos. Gostaria de saber como vc veste seu filho durante a viagem, se eh uma roupa meia-estacao, um macacaozinho de manga comprida, como vc faz? Aqui sera verao, mas quando chegar no Brasil estara mais friozinho, vc vai trocando a roupa durante a viagem ne?
Como vc fazia pra Julia dormir quando ela era maiorzinha e ja nao podia ficar no cestinho? Usava sling? Como vou sozinha na ida estou preocupadissima dela dar trabalho, gritar, chorar. No aviao eles dao comida para bebe? Vc dava suco ou so mamava? Aqui tem suco em po, pensei em levar pra so adicionar agua, ja que nao pode levar liquido comprado fora do aeroporto. Pior que sera uma viagem muito longa, irei via Europa, terei uma parada de 5 horas, sera uma viagem de 24 horas com nene, alguma dica??? Espero que tenha, tudo sera lido com muito carinho… rs
Obrigada
Carolina says
Olá Luciana, me mudei para os EUA há 2 meses, e estamos morando em San Antonio (pertinho de vc!). Acontece que há 2 semanas descobrimos que vamos ter o segundo bebê, e que pela no previsão de nascimento, nascerá aqui, pois retornamos ao Brasil apenas em abril/2014. Mesmo faltando tanto tempo para nossa volta, surgiram várias dúvidas em relação ao nosso retorno ao Brasil com um novo bebê, já que ele será americano. Seus filhos viajam para o Brasil como turistas, ou você fez os documentos brasileiros deles? Sabe me dizer como devo proceder após o nascimento, a previsão do parto é dezembro, e fico com medo de não conseguir fazer a papelada em tempo de retornar ao Brasil. Você acha que devo levá-lo(a) como americano, com o visto brasileiro, ou dá pra resolver tudo estando aqui ainda (3,5 meses) após o nascimento?
Desculpe o incomodo, mais a tempo sigo seu blog, e vi em você uma ajuda, já que suas postagens são sempre tão úteis para nossas viagens com nossa menina de 2,5 anos. Espero que possa me ajudar nesta dúvida. Um abraço e parabéns pelo blog!
Luciana Misura says
Oi Carolina, parabéns pelo bebê que vem aí! 🙂 Dá tempo de fazer tudo, fique tranquila. Você tem que registrar o nascimento do seu filho no Consulado Brasileiro (de Houston, que é a nossa jurisdição), e ao mesmo tempo dar entrada no passaporte. Vocês vão ter que ir lá assinar a certidão e aí finalizam o passaporte na hora, foi isso que fizemos com o Eric. Fomos a Houston ele tinha 3 semanas de vida, a certidão eles te dão na hora e o passaporte veio pelo correio uma semana depois. Todo brasileiro tem que entrar no Brasil com passaporte brasileiro, isso é uma exigência que está lá no site do Consulado (e você tem que registrá-lo como brasileiro no Consulado, pra poder depois levar esse registro de nascimento que o Consulado vai te dar pro Brasil pra fazer a certidão oficial lá). Tem tudo lá no site do Consulado: http://houston.itamaraty.gov.br/pt-br/