Todo mundo deveria assistir a esse vídeo, principalmente as mães de meninas, sobre causas e efeitos da imagem da mulher na mídia:
Se você não pode ver o vídeo agora, aqui está o infográfico com a mesma informação do vídeo:
Esse vídeo e o infográfico foram criados pelo site/movimento MissRepresentation (o nome é uma brincadeira com palavras, Miss – senhorita em inglês, e usado nos concursos de beleza pra eleger Miss Isso ou Aquilo + Representation = representação, e que juntos formam misrepresentation, que significa mostrar de forma incorreta). Essa organização tem como objetivo mudar a forma como mulheres e meninas são mostradas na mídia. O nome vem do documentário Miss Representation, de Jennifer Siebel Newsom, que foi lançado ano passado (que eu acabei de comprar pelo iTunes) sobre o mesmo tema.
Tem várias iniciativas interessantes por lá, como a tag #notbuyingit pra usar no Twitter pra chamar a atenção de empresas usando mulheres e meninas de forma ofensiva em seus anúncios e produtos. Eu me inscrevi pra ser uma representante deles, o que significa usar parte do meu tempo pra espalhar a mensagem, educar crianças e jovens sobre o assunto, e vou tentar levar pra escola da Julia (a atual e a futura, que começa em agosto). Se você tem interesse em colaborar, se inscreva aqui.
Através do blog do site finalmente li a íntegra de uma confusão que rolou no mundo das empresas de tecnologia há uns meses atrás (na época eu vi um buzz no Twitter mas não peguei a história do início e não tinha entendido): uma empresa do Silicon Valley que estava usando um comercial mostrando uma mulher de shortinho pra anunciar o produto (que não tinha nada a ver, como sempre) ameaçou uma mulher que reclamou no Twitter sobre o anúncio. Coisa feia de se ver, clique pra ler o resumo da história.
E lá no blog eles chamaram atenção para um artigo do jornal Financial Times, que escreveu sobre os presidentes dos EUA, da França e do Brasil, e em nenhum momento o artigo deu o título de Presidente à Dilma, preferindo chamá-la de Senhora o artigo inteiro, o que não fez com os presidentes homens. Um detalhe que muita gente nem nota, mas por que a diferença?
Em um movimento nada sutil a Lego, famosa empresa das pecinhas de construção amadas por crianças do mundo inteiro, lançou uma “linha para meninas” ridícula no final do ano passado, que enfureceu um sem-número de mães e pais de meninas pelo mundo. “Para atrair as meninas” eles lançaram Legos cor de rosa, com bonequinhas com seios, e o pior de tudo: Legos que você não precisa nem construir! Parem o mundo que eu quero descer! Depois de uma petição no Change.org assinada por 55 mil pessoas, a Lego anunciou semana passada que vai se reunir com representantes dos pais sobre o assunto.
E desde que eu comecei o meu negócio próprio tenho lido sites muito interessantes voltados para empreendedoras, um deles é o Women 2.0. Em uma matéria recente, eles alertam: em uma sala com 25 engenheiros, apenas 3 serão mulheres. O infográfico mostrado nesse artigo é assustador: meninas são tão inteligentes quanto meninos, mas sua auto-confiança é bombardeada desde cedo, e vai diminuindo com a idade. Meninas e meninos que fazem um teste sem indicar gênero tem as mesmas notas no teste. Quando os estudantes tem que indicar se são meninos ou meninas, as meninas fazendo o mesmíssimo teste tem pontuação 20% menor. Meninas crescem ouvindo que os meninos são melhores em exatas e ciências, e vão perdendo o interesse e a confiança por esses assuntos. Aqui nos EUA existem diversas organizações e eventos tentando mudar esse cenário, como Introduce a Girl do Engineering Day em fevereiro, que é parte de um programa maior de incentivo à matemática e ciência para meninas vem ganhando espaço. Nós estamos de olho no assunto, tentando dar a oportunidade pra Julia de gostar do que quiser sem essa influência negativa toda, mas sabemos que não é uma tarefa fácil. Mas os pais tendo consciência de como a mídia e a sociedade influenciam seus filhos, principalmente as filhas, pelo menos já podem tentar contra-atacar essa lavagem cerebral desde cedo.
PS: Traduzi o infográfico acima, pra quem não fala inglês:
Causa e Efeito: como a mídia que você consome pode mudar a sua vida
A forma com que as mulheres são representadas na mídia tem efeitos a longo prazo sérios. Aqui nós exploramos como a mídia influencia a imagem que jovens mulheres tem de si mesmas, o efeito direto que essa imagem tem no número de mulheres em posições de liderença e como todos nós podemos fazer escolhas para começar a mudar o futuro.
Uma menina americana de 12 anos já viu em média 77.546 comerciais
56% dos comerciais de TV direcionados ao público feminino nos EUA usa a beleza como apelo
80% dos personagens que tem empregos em filmes de classificação Livre são do sexo masculino. Dos 20% que são do sexo feminino, quase nenhuma tem cargo de Executiva, Advogadas ou Política.
20 anos atrás, uma modelo qualquer da indústria de moda pesava em média 8% menos que uma mulher comum. Hoje em dia esse número é 23% a menos.
Consumo semanal de mídia de uma adolescente americana: 17 horas de música, 31 horas de TV, 10 horas online, 4 horas revistas e jornais e 3 horas de cinema e performances. São 10 horas e 45 minutos por dia.
3 em 4 meninas adolescentes se sentem deprimidas, culpadas ou envergonhadas após apenas 3 minutos folheando uma revista de moda. 48% delas gostariam de ser magras como as modelos. 31% admitem que não comem mesmo quando tem fome, para perder peso.
A proporção de meninas/meninos com depressão clínica é de 2:1.
Aumento no número de cirurgias cosméticas antes de 18 anos de 1997 a 2007:
300% de aumento no número de cirurgias cosméticas em geral
400% de aumento no número de lipos
600% de aumento no número de cirurgias para aumentar os seios
Apenas 21% de meninas acredita que elas poderiam ser líderes
44% de meninas de 8 anos gostaria de ser líder. 8 anos é a idade de pico para as ambições de liderança feminina.
Apenas 18% das posições de liderença nos EUA são ocupadas por mulheres.
17% na Política
11% nas Forças Armadas
16% em Negócios
18% na Justiça
21% em empresas sem fins lucrativos
16% em Filme e TV
21% em Esportes
23% no meio Acadêmico
Apenas 17% do congresso americano é formada por mulheres.
64% de mulheres que trabalham vêem a ausência de líderes e exemplos femininos profissionais como uma barreira para seu desenvolvimento profissional.
Mesmo assim 9 entre 10 adolescentes ainda não rejeitou copletamente a idéia de que podem ser líderes
67% gostariam de ser líderes porque elas querem ajudar os outros
57% dos estudantes universitários nos EUA são mulheres
Existe uma esperança. Nós podemos fazer escolhas para passar por cima dessas estatísticas.
SEJA SAUDÁVEL
O objetivo não é fazer dieta, mas uma mudança de estilo de vida.
Seja consciente do que você vê na mídia, online ou não.
Dê um tempo no seu consumo de mídia
Foque em conquistas ao invés de aparências
Valorize você mesma
Busque o que te faz feliz
Valorize quem você é
Celebre as suas conquistas
SEJA UMA MODELO
Personifique as características que você gostaria de ver no mundo a sua volta
Seja uma guia para outras
SE ENVOLVA
Seja uma voluntária na sua comunidade
Boicote mídia preconceituosa
Use sua voz para criar mudança, online ou não
Sua voz conta!
SEJA UMA LÍDER
Não tenha medo de papéis de liderança
Encoraje e suporte a liderança de outras mulheres
Lembre-se que você é a personagem principal na história da sua vida.
Lovesocial + Missrepresentation.org
O que você está fazendo para mudar essas estatísticas?
Divida sua história conosco: @representpledge
Roberto says
Ué como as mães de menina! E os pais de menina querem a filha submissa no mundo???
Luciana Misura says
Roberto, acho que você não entendeu (ou não leu) o infográfico e os textos. Uma das coisas mais importantes que eles destacam são exemplos femininos para as meninas seguirem. As mães tem papel fundamental, pois são o primeiro modelo feminino para as filhas. Pais e mães tem que ler (como eu falei, todo mundo deveria ler), mas principalmente as mães, que tem que se conscientizar que todas as suas atitudes em relação à beleza, saúde, educação e profissão estão sendo assimiladas pelas filhas (e filhos).
Francélli says
Eu me interesso demais pelo assunto!
Lu, se você encontrar alguma versão do vídeo com legenda, ou do infográfico em português, avise. Eu vou procurar também. Tem muita gente no Brasil que precisa abrir os olhos pra isso, ainda mais no país onde a objetificação da mulher é cada vez mais ‘normal’.
Vejo meus amigos criando filhas como ‘princesinhas’ de um mudo cor-de-rosa irreal, somente com bonecas, casinha, príncipe e o velho discurso “meu filho pode, minha filha não” e por aí vai.
Vou publicar este vídeo no meu facebook, mesmo que a maioria das minhas amigas não entenda inglês. Precisamos todos abrir os olhos e ficar atentos.
Te admiro mais ainda por isso!
Vou me inteirar sobre o Misrepresentation, obrigada!
Beijo
P.S.: conhece o blog da Lola? Em especial este post, onde ela escreve sobre o assunto. (tem outros no blog dela) http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2012/04/os-brinquedos-educativos-de-cada-genero.html
Luciana Misura says
Putz, vou olhar, mas não acho que exista. Vou mandar um email pra eles…
Com certeza no Brasil essa coisa de mulher-objeto é muito forte, mas aqui nos EUA eles tem o maior problema com a história de princesas (não sei se você lembra desse texto que eu escrevi há alguns anos: Sobre Princesas http://luciana.misura.org/2009/07/08/sobre-princesas/ e Coisas de Menino(a) http://luciana.misura.org/2009/07/06/coisas-de-meninoa/ ). E a legislação americana é muito pior que a brasileira em termos de benefícios para as mulheres profissionais, então a quantidade de mulheres aqui que não volta a trabalhar depois que os filhos nascem é enorme (não por opção, mas porque não tem licença maternidade remunerada e as opções de creche são mais do que muitas ganham).
Vi esse texto da Lola no Twitter hoje mais cedo, bem legal, concordo plenamente!
Luciana Misura says
Traduzi e coloquei aí no post, se for repassar coloca o link pra cá por favor!
Francélli says
Lu, você é demais!!
🙂
Nadja G. says
Muito bom o video, Luciana! Alias, todo o post e o trabalho da organizaçao. Posso colocar o video no meu blog? Beijos
Luciana Misura says
Pode, claro, o vídeo ta aí pra ser repassado mesmo!
Neda says
Muito interessante Luciana, eu acho que todos os pais deveriam pelo menos acompanhar essas iniciativas. Eu tenho dois meninos e quero que eles aprendam que as diferenças físicas não fazem ninguém melhor ou pior, mais ou menos do que o outro. Aqui na Argentina essa coisa de menino e menina é bem forte e isso me incomoda muito. Na escola por exemplo, são 18 alunos, apenas 5 meninas, e como elas não são misturadas com os meninos aos poucos vão se sentindo cada vez mais sós e tristes. Uma das melhores amigas do meu mais velho é uma menina e ela não entende o que está sentindo (acho que é mais o que estão fazendo com que elas sintam). Das cinco mães duas se mostraram incomodadas, mas para elas a solução seria ter mais meninas no grupo. A maioria acha normal essa separação por gênero. Talvez eu seja meio alienígena, mas essa coisa e “universo cor de rosa” sempre me incomodou muito.
Beijos
Luciana Misura says
Com certeza Neda, todo mundo deveria acompanhar. Sempre ouvi que na Argentina o machismo era ainda mais forte do que no Brasil, mas não sabia que ainda estava assim atualmente. Mas quando você diz que elas não são misturadas, elas ficam em uma classe só de meninas? Acho que tem muitas mães que se incomodam com essa separação por gênero, mas não se falava muito a respeito. Agora com o tanto de mãe escrevendo blog por aí tenho visto mais e mais gente que também se preocupa com a ditadura do rosa…
Bel says
Eu sou a chata em questões do que a Diana pode ver ou não, o tipo de brinquedos e tantas outras coisas mais. Por sorte, ela não gosta de Barbies (eu jamais compraria uma), mas ela ganhou de presente umas 3 e nunca deu bola para nenhuma. Os filmes antigos da Disney são os piores: a única qualidade das princesas é ser bonita e a única aspiração é encontrar o príncipe…
pacamanca says
Tem razão, Bel. A Carol gosta de todos os desenhos da Disney, mas quando assistimos juntas eu tomo o cuidado de frisar que a Cinderela é uma chatonilda chorona e sem iniciativa, que a Bela é legal porque gosta de ler e é muito corajosa, que a Mulan é uma danada e consegue tudo o que quer porque tem força de vontade, que a Tiana consegue comprar o restaurante dela porque trabalha duro e que o príncipe é um banana que só vira namorado dela depois que acorda pra vida, que a Branca de Neve é uma bobona limpadora de casas e que o único príncipe que vai gostar dela é o chato do filme que nem tem fala de tão insosso que é. Sim, ela ainda tem três anos e não compreende direito as histórias, mas está começando a entender e a fazer perguntas pertinentes, que eu respondo com muita seriedade. Não consigo mantê-la longe dos desenhos; TODAS as amigas conhecem todos e têm tudo das princesas, ela fica querendo saber o que é, acabei cedendo. Ela anda pra lá e pra cá vestida de Bela e adorou a Disney. Mas como na turma dela tem mais menino que menina, ultimamente ela anda atirando laser pra lá e pra cá e pedindo pra comprar o relógio mágico do Ben Ten *revira os olhos*. Sinceramente não sei o que é pior… 😛
Um desenho muito legal pra meninas é a Olivia, a porquinha, que é uma figuraça e nada enquadrada. Backyardigans a Carol também gosta, e eu adoro porque todos são iguais, todos fazem tudo, as meninas também são cavaleiros e monstros e tudo o mais, igualzinho aos meninos. E gostamos muito de Angelina Ballerina também, que apesar de ser todo rosa e delicado tem meninos aprendendo a dançar junto com as meninas.
Luciana Misura says
A Julia também vê todos e eu tento direcionar também pros que tem os melhores exemplos. A escola é uma influência e tanto, ela que nunca foi de querer tudo rosa ou de se vestir de princesas está agora com um grupo de amiguinhas que só usa saia ou vestido e ama princesas e fica querendo entrar na onda. A gente está sendo firme e buscando o equilíbrio, porque se fosse por ela, nesse momento, ela só ia usar saia ou vestido e está me pedindo um aniversário de princesas esse ano.
Ela também gosta de Olivia (mas eu tenho as minhas reservas com a Olivia), Backyardigans (que a gente gosta também), gosta de Angelina mas quase não vê. Tenho colocado o Peixonautas pra ela, que é ótimo, vocês conhecem?
pacamanca says
O Peixonauta é legal, as historinhas são interessantes, mas a animação é ruim DEMAIS e o sotaque idem. Eu trouxe um DVD do Rio ano passado mas ela nunca assistiu; via na casa da minha mãe porque era o que tava passando na televisão, mas chegando aqui esqueceu.
Tânia B. says
Eu percebo muito esse bombardeamento constante que acaba com a auto estima das meninas. Eu com certeza sofri isso na minha infância, como qualquer outra menina, mas posso dizer sem sombra de duvidas que meus pais sempre fizeram o possível para evitar isso. Sempre tive os mesmos direitos e deveres que o meu irmão. O que ele podia fazer eu também podia e o tratamento dispensado a ele não era em nada diferente do que era comigo. Costumo dizer que cresci moleque. Desde cedo mostrei uma preferência bem definida pelas exatas e sempre recebi muito incentivo em casa para investir nessa área. Hoje sou programadora. Mas fora de casa eu recebi toda essa informação. Mulheres precisam ser lindas, estar sempre impecáveis, mulheres são menos inteligentes e, ao entrar nessa carreira, mulheres não são boas programadoras. Se eu não tivesse uma base tão sólida como a que meus pais me deram, certamente eu não estaria onde estou hoje.
Luciana Misura says
Tânia, na minha casa rolavam umas diferenças entre “coisas de menino” e “de menina” e isso sempre me revoltava 😉 Mas meus pais nunca incentivaram vaidade. Era mais na linha: menina não joga futebol ou não luta jiu-jitsu ou judô (que o meu irmão fazia e eu queria fazer mas meu pai nunca deixou). Legal que você cresceu e conseguiu o seu espaço em uma área predominantemente masculina. Como eu trabalho com design de interface acabo sempre em equipes 90% (ou mais) masculinas. Uma coisa que já vi acontecer é que meninas que gostam de matemática são incentivadas a virarem professoras enquanto os meninos vão fazer faculdade de ciência da computação, engenharia eletrônica, etc. Triste!
Lelei says
Muito bacana e importante, o primeiro passo somos nós mesmas reconhecermos nossas atitudes, o que herdamos de nossas mães, amigas, professoras? É a primeira barreira a ser quebrada. Você conhece a Denise Arcoverde? O blog dela era praticamente voltado a essas ações também, e ela tem uma rede de seguidores gigante, pode multiplicar ainda mais a campanha. Se quiser te passo o contato. Se eu ver algo por aqui do tipo te passo também. Parabéns pela iniciativa e pela coragem de usar o tempo pra essa coisa boa 😉
Luciana Misura says
Lelei, com certeza, nós temos sempre que ficar de olho se estamos repetindo comportamentos nocivos sem nem perceber. Sim, me lembro do blog da Denise, era bem legal. Semana que vem temos reunião na escola da Julia e vou falar com a professora dela sobre isso.
Livi says
Olá,
Adorei o artigo, sou mãe de duas meninas e me preocupo muito com essa questão. Aqui em casa não rotulamos brinquedos, cores ou atitudes como “de meninas” ou “de meninos”, as meninas tem liberdade e podem escolher.
Com sua licença, postei um link para esse artigo na minha página no Facebook (Baianos no Polo Norte). Vou ler seus outros artigos também. Adorei o site, como é que não cheguei aqui antes? 🙂
Luciana Misura says
Livi, bem-vinda! 🙂 Claro que pode colocar o link, a idéia e divulgar essa campanha o máximo possível. Nós temos uma menina de quase 5 anos e um menino de 6 meses, então vamos ter que praticar bastante igualdade entre os sexos desde sempre 🙂 Mas você tendo duas meninas, me diga: elas escolhem brinquedos tradicionalmente “de meninos” por iniciativa própria? Porque a minha menina gosta de jogar bola e brinquedos de construção, tipo martelo, serrote, parafusos, legos, etc mas nunca ligou pra carrinhos por exemplo…se a gente não tivesse comprado não sei se ela teria pedido, porque nunca pediu.
mari - viciados em colo says
Olá Luciana,
Cheguei aqui por indicação de Isabella e estou chocada com seu texto… Por puro preconceito achava que este nível de machismo estava restrito à China ou ao Irã, sei lá… Se aí nos States está assim, não duvido que uma pesquisa no Brasil ia encontrar resultados piores. Estava outro dia reparando numa formação de mesa para um evento governamental e deprimi porque só tinha uma mulher e lá na ponta da mesa (lugar menos importante). Enfim, estou me valendo da autorização que já deu acima para compartilhar este link com o máximo de pessoas que eu conseguir.
Abraços!
Luciana Misura says
Oi Mari,
Infelizmente o nível de machismo aqui nos EUA é bem grande, mas é velado…as leis trabalhistas são tão ruins para mães que acabam tirando as mulheres do mercado de trabalho, então é muito mais comum você ver mães que param de trabalhar por aqui do que no Brasil (estou falando das mães que param porque não compensaria financeiramente, não das que param porque querem ficar com os filhos em tempo integral). Pode compartilhar o link com quantas pessoas quiser, claro!
Abraço!