Este post está atrasadíssimo, mas não podia deixar de registrar aqui no blog. Quem me acompanha pelo Twitter e Facebook ouviu a história em tempo real…
Dia 6 de agosto, uma segunda-feira depois que voltamos do Japão, foi o dia marcado pro Eric começar na escola-creche. Até então ele tinha ficado em casa comigo e com a minha mãe, mas no final de junho minha mãe voltou pro Brasil, a gente passou o mês de julho quase todo viajando, e marquei pra ele começar uns dias depois da gente voltar de viagem pra ele ter um tempinho de se readaptar ao fuso horário. A escolinha escolhida já estava paga e avisada há alguns meses, a mesma que a Julia começou em julho, entre uma viagem e outra, e adorou.
Então na segunda de manhã fomos todos pra lá, deixamos a Julia na sala dela e fomos pra sala dos bebês. Já tínhamos conhecido as professoras em duas ocasiões anteriores, entramos, nos mostraram qual seria o berço dele, onde guardar comida, conversamos novamente sobre os hábitos e rotina do Eric, ele foi logo pro chão brincar. Depois de um tempinho nós saímos da sala, eu fiquei no corredor sentada numa cadeira perto da porta, e observava pelo vidro, sem ele me ver. O Gabe tinha saído do prédio pra participar de uma reunião por telefone. Alguns bebês começaram a almoçar, o Eric se interessou pela comida, vi as professoras tentando dar comida pra ele também, mas ele recusou. Voltou a brincar.
Vi ele choramingar um pouco, estava na hora da mamada, entrei, peguei ele e dei de mamar. Ele estava com jeito de sono, esfregando os olhos, mas não quis dormir no meu colo. Coloquei ele de volta na sala, ele voltou a brincar. Avisei a professora que ele estava sonolento. Ela o pegou e colocou no berço. Lembrei a ela que ele não dorme assim no berço sozinho ainda, que ele precisa de uma ajudinha, e ela disse que lembrava, que ia já cuidar disso, só ia terminar de ajudar a outra professora com duas crianças que estavam terminando de comer. Nessa hora o Gabe chegou e me disse que precisava voltar pra casa pra resolver umas coisas de trabalho, tínhamos ido em um carro só, eu teria que levá-lo. Eu também tinha que pegar um papel que ficou faltando da matrícula. Fiquei pensando, mas resolvi levá-lo em casa rapidinho meio a contragosto, e voltar com o papel o quanto antes. A nossa casa fica menos de 10 minutos da escolinha. Tudo parecia sob controle, o Eric estava no berço olhando um livrinho, a professora tinha dito que já ia ler o livro com ele…
Fui em casa rapidamente. Gabe me falou pra almoçar, que o Eric estava lá tranquilo, pra voltar mais tarde. Eu nem queria ter saído de lá, falei que não, e voltei de imediato. Ainda bem que eu voltei na hora que voltei!
Cheguei na porta da sala e fui olhar pelo vidro se o Eric estava dormindo, olhei direto pro bercinho onde ele estava quando saí. Ele não estava lá dentro. Olhei pras crianças que estavam no chão, ele não estava ali. Tinha uma criança chorando, parecia o choro dele, mas eu não conseguia vê-lo. Vi que a professora estava no meio da sala, tirando umas crianças que estavam no canto esquerdo dali. Não aguentei e abri a porta, já tinha certeza que era ele chorando bem alto, procurando. Olho pro canto esquerdo e a cena que vi foi surreal: entre dois berços formando “paredes”, bloqueado por um brinquedo grande, num balancinho virado pra parede, estava o Eric. Berrando de cara pra parede. Eu corri pra lá, tirei o brinquedo da frente nem lembro como, puxei o balancinho, nem me lembro se desliguei, minhas mãos foram fazendo tudo, eu só pensava que queria tirar o meu filho dali. Quando consegui ver o rostinho dele, ele estava vermelho e suado, todo molhado pelas lágrimas e suor, tinha sido embrulhado num cobertorzinho como fazem com bebês pequenos e colocado no cinto de segurança do balanço. Peguei ele no colo e fiquei sentada ali no chão, tentando acalmá-lo, ele soluçando.
A professora falava alguma coisa pra mim. Prestei atenção nela e perguntei por que elas tinham colocado o Eric ali. Ela disse que elas tinham tentado fazê-lo dormir, mas que ele não estava conseguindo, e que acharam então que ele estava muito excitado com o barulho e o movimento da sala. Fizeram esse barricada pra ver se ele conseguia dormir com menos estímulo. Eu falei pra ela que eu já tinha avisado que ele não ia conseguir dormir sozinho, que ele teria dificuldade, e que apesar de não esperar que elas fiquem com ele no colo o tempo todo pra dormir todos os dias que ele frequentar a creche, que eu esperava sim que ela segurasse ele no colo pra dormir pelo menos nessa fase de adaptação. Ele disse que estava muito ocupada, com todas as crianças almoçando, e que não tinha como fazer isso. E perguntou se o Eric era o meu primeiro filho – aquela clássica pergunta carregada de duplo sentido, querendo dizer que eu era uma mãe histérica que estava me incomodando com uma coisa boba. Me segurei quando ouvi a pergunta pra não xingar a professora de tudo quanto é palavrão na frente das crianças. Falei que não, que ele não era o meu primeiro filho e que a minha filha de quase 5 anos nunca tinha sido tratada dessa forma em nenhuma escolinha que ela frequentou. Que eu esperava um pouco mais de atenção no primeiro dia de um bebê em uma creche nova, que eu nunca imaginei que elas iam deixar o meu filho chorar até cansar e dormir de exaustão. MUITO MENOS NO PRIMEIRO DIA. Ela ficou quieta e eu também, fiquei com ele ali no colo decidindo o que fazer. Se eu daria uma segunda chance pra essa professora e pra essa creche, se eu realmente estava exagerando ou não. Decidi que o melhor a fazer era mesmo ir embora, que eu jamais confiaria o meu filho nas mãos dessa professora novamente, não ia ter jeito.
Saí da sala sem falar com nenhuma das professoras, a essa altura eu já estava com o sangue fervendo. Fui direto pra sala da Diretora. Entrei com ele no colo, perguntei se ela tinha um minuto, ela pediu pra eu sentar, mas eu comecei a falar em pé mesmo. Falei que eu estava levando o Eric pra casa, que ele não voltaria mais a essa escola, e contei o que tinha acontecido e a cena que eu tinha visto. Uma das coordenadoras que estava na sala saiu imediatamente, provavelmente pra ir direto falar com a professora. Disse pra ela que eu não esperava que as professoras deixassem meu filho pra chorar até dormir, que eu entendo que esse método é bem comum aqui nos EUA mas que na nossa casa nós preferimos não usar, e que jamais imaginei que fossem usar na escola, muito menos no primeiro dia. A Diretora falou que ia procurar detalhes do que aconteceu, que foi um “erro de julgamento” da professora e que ela ia investigar o ocorrido. Tentou me convencer de dar uma segunda chance, mas eu falei que jamais confiaria em nenhuma daquelas professoras ali presentes novamente, e por isso não teria como dar uma segunda chance. Que eu tive sorte de chegar na hora que cheguei, porque se eu tivesse chegado mais tarde poderia vê-lo dormindo por exaustão e nem imaginaria o que elas tinham feito com ele pra isso.
Cheguei em casa, coloquei o que aconteceu no Facebook, minhas amigas americanas foram logo dizendo que isso não é comum nem aqui nos EUA, que as creches não podem fazer isso e me passaram o número de telefone pra denunciar a creche ao departamento do estado que controla as permissões de funcionamento das creches. Uma dessas minhas amigas trabalha em creche há anos e ficou chocada. Falei com o tal do departamento, chamado DFPS, eles abriram um novo caso e me deram um número de protocolo, e no dia seguinte me ligaram pra começar a investigar o caso do Eric, foram na creche naquele mesmo dia, fiquei sabendo depois pela Diretora. Não sei que fim levou a investigação, vou até ligar pra lá pra perguntar, mas pelo menos sei que a escola teve que se explicar e prestar contas, e ficou na “ficha” deles com o governo.
No dia seguinte fui em uma outra creche, onde está o filho de uma amiga (também bebê, 2 meses mais novo que o Eric), gostei bastante de lá e eles tinham uma vaga na mesma turma do amiguinho do Eric. Fiz a inscrição, ele começou no dia seguinte, passei a primeira semana lá acampada na recepção olhando como ele estava pelas câmeras que ficam no lobby e entrando quando precisava pra dar de mamar. Semana que vem vai fazer um mês que ele começou, e ele está super bem, as professoras são muito boazinhas e amorosas, a gente passa lá de vez em quando pra ver como estão as coisas e ele está sempre brincando tranquilo. Ele e o amigo são fofos juntos, se reconhecem quando a gente se encontra nos finais de semana, e quando eu entro na sala vem os dois juntos engatinhando na minha direção, parece que tenho dois filhos bebês 🙂 Bonitinhos. Essa foto dele foi a professora da nova creche que tirou, elas sempre mandam fotos durante o dia por email pra gente.
Luci says
Lu, fiquei com a respiração presa até o final do teu depoimento!
Principalmente pq a Lorena também está na fase de adaptação na creche, também na mesma que Amaia foi quando bebe.
Nessa creche são mais ou menos 2 semanas, no começo nós ficamos com eles alguns minutos e quase todos os dias eles ficam mais tempo sozinhos. Hoje, por exemplo, ela vai ficar até às 13:30. E como estamos no final da segunda semana e ela se adaptou super bem, semana que vem iremos tentar o dia inteiro na terça-feira. Ela ficará 2 dias inteiros, os mesmo dias que Amaia tem aula à tarde na escola (começou na 1a série).
Não tem nem o que tentar ‘florear’ nessa situação, teria feito da mesma forma!
Maravilha que agora ele está num lugar melhor e além disso com um amiguinho – tomara que seja como a Amaia, que conheceu a melhor amiga ainda bebe na creche, e agora estão tomando aula de piano juntas….
🙂
beijos
Luciana Misura says
Aqui eles não fazem adaptação assim não, os pais que decidem quanto tempo vão ficar, não tem um padrão. Eu fui aumentando o tempo vendo como ele estava a cada dia, como ele estava bem, fiquei tranquila pra aumentar logo. Que legal que a Amaia e a amiga se conheceram na creche quando bebês, acho que o Eric e o amigo vão crescer juntos assim 🙂 Beijos!
Jessica says
Vou ser bem sincera… Eu acho que vc. e mae histerica sim! Gente nao vi nada demais! Ao comecar a ler o relato tive a impressao que algo ruim estava acontecento. Meu Deu faca-me o favor, pegar telefone pra denunciar porque seu filho ficou chorando? Ou vc. tem muito tempo de sobra ou vc. acha que seus filhos nunca vao chorar nessa vida?? E esse tipo de mae que cria filho inseguro, medroso e que nao sabe lidar com as dificuldades da vida.
Luciana Misura says
Se você não viu nada demais na forma que elas tentaram colocar o bebê pra dormir (que vai além de “só” deixar ele chorar até dormir), ou você não tem filhos (tenho certeza que é o caso) ou você é maluca. E pelas regras do DFPS isso que ela fez é proibido, justamente por isso as pessoas me incentivaram a fazer a denúncia. Portanto o governo concorda comigo que isso não é apropriado.
Chris Lima says
Olha, nem eh “soh” o deixar chorar. Eh o “se deixam chorar assim, olhando para a parede, preso num labirinto sem saber o que esta acontecendo no primeiro dia da creche, quando o menino esta SE ADAPTANDO a nova vida e as pessoas ao redor”, o que mais fazem quando a crianca faz uma malcriacao ou algo do tipo? Sera que eles largam a crianca toda suja de coco porque estao ocupadas com outras coisas? Sera que dao resto de comida de outras criancas se ele ainda estiver com fome? Sera que dao palmada se nao obedece?
Nao gosto de criticar quem eh adepta do deixa chorar (mas nao entendo o de cara pra parede, num balanco, enrolado no cobertor, nao), porque cada um com seu cada um, mas acho que te chamar de mae histerica e reclamar que voce denunciou isso eh comentario de mae que acha que tudo bem largar o filho na frente da TV por 5 horas seguidas e dar comida pronta de microondas porque esta “muito ocupada com outras coisas”. E ao inves de criar um filho inseguro, provavelmente eh mae de um maniaco, psicopata que trata as pessoas a base de violencia, porque foi isso que ele aprendeu.
Luciana Misura says
Chris, exato, não foi nem “só” o deixar chorar nesse caso, foi toda a situação. Eu não concordo com o deixar chorar pra dormir, mas tem gente que faz com os filhos, nesse ponto cada um com o seu cada um. Mas o jeito que foi feito (“de castigo”, preso e de cara pra parede), no primeiro dia em um lugar estranho ainda por cima, com pessoas que ele não conhece, é muita falta de empatia, sensibilidade, de tudo. Mas tem gente que não conhece essas palavras mesmo!
Claudia Dannemann says
Esse me parece ser o método usado nos países da extinta Cortina de Ferro nos anos 60, quando todas as crianças eram obrigadas a sentar no pinico e fazer cocô todas juntinhas e sob pressao. Eu acho que você deve estar pagando caro para deixar o seu filho numa creche e pode exigir um tratamento com consideraçao e sem puniçao (onde já se viu punir bebês? só falta a palmada, Cruzes!!!). As caminhas sao no mesmo recinto em que as outras crianças brincam? Pelo menos isso achei estranho, pois na crechinha do meu filho eles tinham um quarto separado pros que iam dormir, assim eles podiam descansar melhor. Espero que a nova creche nao te decepcione. Muito legal você receber as fotinhos dele diariamente.
Luciana Misura says
Sim, os bercinhos são todos no mesmo recinto que as crianças brincam, e isso é igual em todas as creches que eu vi até hoje, em nenhuma das que visitei eles tem uma área separada. Faz parte da mentalidade americana que bebê tem que dormir em qualquer lugar, com barulho ou sem barulho…
Ana Luisa says
Ainda não sou mãe…mas acredito que o pior não foi o pobre do Eric chorando. Acho que qualquer ser no mundo consegue perceber o choro de manha, com o choro de angústia, medo…Ele tava num local deconhecido, e como a Lu falou seria normal ele demorar um pouco para se acostumar com a rotina. Agora podiam, “ter deixado ele chorar” por uns 2 min no máx enquanto trocavam uma outra criança por exemplo, mas depois ter dado atenção a ele, ver se tava com febre, fralda suja…ou até mesmo se “queria que ele dormisse por exaustão” (que é um absurdo) que o deixasse no berço com alguns brinquedos, ou pelo chão da sala. Já fui voluntária em creche, e quando as crianças estão manhosas, choronas e não querem dormir, ficamos com elas passeando pela creche, ou até mesmo brincando em um canto para o “sono chegar”. Agora Jéssica se você acha normal deixarem uma criança de 10 meses chorando, bem sinto muito pelos seus filhos.
Barbara says
Hahaha, Jessica, duvido que voce volte nesse blog para ler as respostas, mas so te digo uma coisa. Com essa mentalidade voce vai criar pessoas bacanerrimas como filhos. Depois vai ter um monte de problemas com crianca malcriada, adolescente mentiroso e coisas piores em casa e nao vai saber de onde isso surgiu… Vai fundo.
Camila Morais says
O choro eh uma das formas de comunicacao da crianca. Se vc a deixa chorando sem dar a menor atencao, sem tentar investigar o pq daquele choro, pode passar para a crianca a impressao de q o sofrimento dela naquele momento nao tem a menor importancia. Isso sim pode vir a gerar na crianca um sentimento de inseguranca, de medo. Deixar a crianca chorar dessa forma eh que gera filhos inseguros.
Existe obvio a diferenca entre choro por birra, por fome, por sono e uma pessoa q tenha o minimo de conhecimento sobre o ser humano em geral tem discernimento para perceber isso e tenta consolar, outras ensinam a como lidar com a situacao.
Nao precisa ser mae…basta apenas ser humana, solidaria, ter compaixao….coisa q a pessoa q estava tomando de conta do Eric nao teve no momento e a nossa amiga Jessica ai de cima parece q tb desconhece o significado de cada uma das palavras escritas acima.
Ainda bem que o day care que o Eric e o meu filho Arthur estao agora eh cercado de pessoas humanista, inclusive eles como instituicao nao aceitam criancas cujo os pais usam o metodo cry out pq vai de encontro a filosofia deles. Good for us! 😉
mieline says
Jessica, que comentário infeliz o seu. Mesmo que vc não concordasse, precisava mesmo deixar um comentário tão agressivo? Se você tem filhos e mesmo assim não acharia nada demais em ver o seu filho nesse estado, pelo menos respeite o sentimento dos outros. Empatia não tem nada a ver com concordância.
Luciana, estou com meu estômago embrulhado até agora. Eu sou muito linha dura aqui em casa, e já tentei deixar o meu filho chorando sozinho pra dormir, tentando seguir conselhos dos outros. Me arrependo amargamente, acho que ele não merecia isso, e se tivesse outro bebê faria de um jeito muito diferente, a experiência só me ensinou que com bebê não adianta tentar impor horários na marra, eles não entendem, só sabem que sentem alguma coisa e essas coisas precisam ser atendidas com urgência. Essas técnicas malucas só os deixam mais angustiados. Numa dessas de deixar chorando, quando finalmente fui ver ele estava chorando de frio!!!! Nossa, fiquei transtornadíssima, e finalmente entendi que ele não chorava à toa. Eu podia até não entender o motivo do choro, mas pra ELE era importante que eu o pegasse.
E tem mais: professora de creche não é paga pra aplicar técnicas em bebês, e sim pra cuidar deles e zelar por seu bem-estar. Se a família entende que deve deixar chorar, que deixe, mas são os pais que estão deixando. E tá, vai deixar um chorando porque a família concorda. Mas e os outros bebês no meio desse fuzuê todo? Penso que foi muito mal administrada essa situação, essas professoras foram completamente sem-noção e se mostraram totalmente despreparadas pra lidar com muitas crianças juntas! E deixá-lo amarrado, embrulhado num cobertor e olhando pra parede dentro de uma barricada de berços foi o fim. Não me parece nem um pouco bem intencionado e muito menos fruto de uma técnica usada com sabedoria. Você não foi histérica não. Tinha que denunciar mesmo, tanto que todo mundo em volta concordou!!! Não sei como eu conseguiria contornar essa situação sem fazer o maior barraco, você foi valente.
Camila Morais says
Mieline,
essa sua pergunta: e os outros bebes no meio desse fuzue todo? eh a base para a decisao do day care para qual o Arthur e o Eric vao, de nao aceitar criancas cujo os pais sao adeptos dessa “tecnica” do cry out.
Eles aceitaram a principio 2 criancas e falaram q era um transtorno. As criancas choravam e eles tinhamq diexar chorar. As outras criancas comecavam a chorar tb pq ficavam assustadas com a situacao de ver um amiguinho chorando, se esgoelando por tanto tempo. As professoras se sentiam super desconfortaveis pq ficavam ali vendo as crianacas chorando, podiam consolar umas mas nao as 2 cujo os pais falaram q era para deixar chorar. Imagina a situacao!
Eles entao chamaram as familias e falaram q a situacao estava indo de encontro com a filosfia deles. Uma das familias resolveu q tudo bem… q no day care as professoras poderiam fazer cmo faziam com as outras criancas. Ja a outra familia, resolveu que nao e tirou o filho da escola.
Michelle D. says
Lu, eu acompanhei em tempo real pelo twitter e fiquei chocada com o seu depoimento. A gente sempre espera que profissionais que trabalham nesse tipo de local tenham mais paciencia que o normal para lidar com essas situacoes. Nao tem como tentar amenizar o que aconteceu.. voce foi ate bem educada e contida pra resolver o problema. Fico feliz em saber que o Eric esta bem na nova creche e com um amiguinho.
Luciana Misura says
Brigada Michelle, nessas horas a gente nunca sabe como vai reagir né, mas deu tudo certo no final 🙂
Raquel Cunha says
Lu…que absurdo!!! Onde já se viu vc em casa deixar seu filho dormir de cansado depois de tanto chorar berrar??? e ainda colocando berços como “paredes”!!! eu ia a loucura!! Meu filho jamais foi tratado desse jeito em casa, fora dela é que não vai ser!
Você fez certinho!!! Se fosse comigo não sei qual seria minha reação, não sei o que teria feito!
Com o tempo ele vai se acostumar com a escolinha e é capaz de dormir sozinho daqui a um tempo! Mas logo no primeiro dia ser tratado desse jeito não me convence mesmo!
Só espero que essa imbecil ai que escreveu asneira JAMAIS tenha filhos, pq já sabemos como o bebê vai ser tratado! Uma loucura achar isso normal! Uma loucura ver seu filho sendo maltratado por aí, num lugar que deveria cuidar e achar que “está tudo bem”!!
quem em sã consciência poderia achar isso??????
Luciana Misura says
Brigada Raquel. Tem louco pra tudo né…mas acho que a pessoa aí não é mãe…
kelly says
Ola eh minha primeira vez no seu blog e achei q devia comentar. Estou com o coração na mão aki lendo esse post, essa creche ai eh particular ou publica? Deve ser particular neh. Fiquei mto assustada, pq aki no Brasil estou tentando colocar meu filho na creche, so q na publica pq nossas condições ainda não permitem uma particular. Agora se nos EUA foi assim (e provavelmente numa creche particular), imagina aki no Brasil numa creche publica?!
O q faço agora, to mto preocupada, queria colocar ele na creche a partir do ano q vem (ele faz 2 anos em dezembro), pra começar no inicio do ano letivo e tb pq pra esse ano não tem mais vagas, mas agora estou com medo!!
Acho q vou dar uma peskisada nas creches particulares e ver a q melhor encaixa no orçamento, pq na publica eu vou ficar apreensiva!
Mas q bom q seu filho se adaptou na outra creche neh. Bjss fica com Deus.
Tati says
Oi Kelly, não sei onde vc mora no Brasil, mas em Recife incrivelmente as creches municipais são muito boas (tem até fila de espera enorme) infelizmente depois das creches devemos colocar as crianças em colégios particulares, pois os colégios públicos não são bons.
A gestora de onde minha sobrinha estuda esta sempre pronta para tirar dúvidas e algumas professoras tem mestrado e doutorado. Ás vezes temos problemas com as cuidadoras de nível técnico, mas com conversa tudo é resolvido. E depois de alguns casos em escolas caríssimas de crianças de 5 anos sairem e só se darem conta depois q os pais chegaram e violências gratuitas, estamos bem satisfeitos com a creche municipal perto de casa.
Luciana Misura says
Kelly, a cultura americana é muito diferente da brasileira, não tem nem como comparar uma creche aqui com uma creche aí simplesmente porque o jeito de criar os filhos é completamente diferente. Não existe creche pública aqui nos EUA. E as pessoas aqui querem que as crianças sejam independentes desde bebezinhas, é muito diferente.
Lu Francesa says
Coitadinho, ainda bem que vc chegou e viu a cena. Entendemos que tem muitas crianças e etc e tal, mas não e desculpa para fazer o que foi feito, e vc avisou que ele teria dificuldade para dormir, então…. Fez bem em avisar as autoridades, assim não acontecerá com outras crianças, assim esperamos.
Que bom que ele está feliz e bem na outra creche 🙂
Ele está cada dia mais lindo, parabéns!!
beijocas,Lu.
Luciana Misura says
Assim esperamos Lu! Só não vou pagar pra ver né!
Ele está ótimo na outra creche, e ele é um bebê muito tranquilo, não precisa de muito. Só mesmo um pouco de paciência na hora de dormir, que a outra creche não teve…Beijos!
Flavia Peixoto says
Lu, eu fiquei feliz que no fim do post vc comentou que isso não é comum aí, embora eu saiba que o estilo “Nana nene” impera nos EUA, saber que existem creches que não o utilizam é um alívio. Quando ganhei o livro, no começo da gravidez, eu fiquei chocada com o método.. o choro nessa idade é a única forma de comunicação, ignorar ele é tirar todo o poder de se comunicar de um bebê. E fico feliz que o governo tenha comprado a briga.. e se existem esses mecanismos precisamos utilizar sim. Beijos
Luciana Misura says
Flavia, também fiquei aliviada. Mas o governo não comprou a briga com o método, não se iluda. O governo só acredita que o método não pode ser aplicado nas creches, porque ficaria difícil separar o que é negligência e o que é parte do método. Afinal, seria muito fácil pra uma creche deixar os bebês dentro dos berços chorando e dizer que está praticando o método, por pura negligência, e eles não teriam como fazer nada. Em casa os pais fazem o que quiserem e o governo não está nem aí, mas nas creches eles não permitem. Beijos!
Tatiana says
Oi Lu, eu vi pelo twitter e achei ABSURDO. Só mesmo quem é mãe entende… Estou na fase de procurar uma creche para minha filha que vai entrar com apenas 5 meses. É muito difícil achar alguma que a gente goste e, mesmo assim, vou acompanhar bem de perto. Fui em creches que as crianças estavam assistindo TV, acredita? Uma coisa é assistir um documentário quando for mais velha, até mesmo um DVD, mas deixar os bebês assistindo desenho?? Melhor deixar em casa então, né? E não são creches baratas não… Acho que a principal idéia de ir para a creche é justamente para que o bebê seja estimulado e fique mais independente, conviva com mais gente, mas com muito carinho, afeto, segurança. Deixar chorar pra mim está fora de cogitação. Faria o mesmo que você! E que bom que você tem algum lugar para denunciar! bjs Tati
Luciana Misura says
Brigada Tatiana! Ai ai, bebê assistindo desenho…sem comentários! Assim é fácil ter uma creche né, bota lá as crianças pra ver televisão e não precisa fazer nada…boa sorte com a sua busca!
Renata Inforzato says
Nossa, Lu. Não tenho filhos mas fiquei chocada com isso! No Brasil, já trabalhei em escolinha, onde tinha bebês também. As professoras eram amorosas, mas não muito limpinhas. Uma vez vi uma limpar a boca da criança com pano de chão. Denunciei a escolinha tb.
Luciana Misura says
Brigada Renata. Afe! Pano de chão! Claro que tinha que denunciar…
Luma says
Teria agido do mesmo jeito no seu lugar e olha que eu nem tenho filhos. Absurdo. Quem bom que ele está bem agora na nova creche.
Já pensou em entrar numa agência de au pair, Luciana?
Luciana Misura says
Brigada Luma! Não tenho vontade de ter uma au-pair em casa não, não quero uma pessoa estranha morando na minha casa, acho que tira muito a privacidade.
Ana Paula says
Nossa, eu senti vontade de chorar lendo isso q vc escreveu. E olha q eu ainda nem sou mae. Vc tomou a atitude certa. Confie sempre na sua intuicao. Ela nunca falha. Deus nao ia permitir que ele passasse mais um so dia naquele lugar. Que bom q esta tudo resolvido.
Luciana Misura says
Brigada Ana Paula, acho que foi intuição de mãe mesmo!
Kiryan says
Luciana que horror, não sou mãe mas ou apaixonada por crianças, um absurdo isso ainda bem que você tomou a atitude de não deixar isso pra lá apenas tirando ele desse lugar, e parabéns pelo controle que teve nessa hora..
Luciana Misura says
Brigada Kiryan, acho que eu fiquei tão chocada que levou um tempo pro sangue ferver viu! 😉
Helo Perobelli says
Nossa Lu que terror!!!! Teria feito o mesmo!!! Super apoiada!Gracas a Deus o jardim que vai a Lau é super cuidadoso. Ela entrou com 4 meses lá e se adaptou facil. No comeco tinha problema para dormir porque nao estava acostumada a rotina do jardim e tambem porque nunca dormiu mto em casa. Tampouco é de dormir sozinha (agora estamos de a pouco implemetando o metodo do nana nene). Mas fico super tranquilo qdo a deixou porque sorri o tempo todo para as professoras e para seus amiguinhos. Que pena que voce teve que passar por isso… Mas pensemos positivo, com isso o Eric mudou para o jardim do amiguinho. 🙂 Bjos Helo
Luciana Misura says
Brigada Helo! Com certeza foi uma mudança para melhor, e ele não ficou lá um tempão passando por isso!
Ângela says
Concordo com sua atitude, eu faria o mesmo! Em muitas situações que vivi com meus filhos – tenho 3 -, conclui que geralmente as mães tem uma intuição mais aguçada que os pais para a proteção dos filhos. Eu e meu marido concluimos que isto realmente ocorre. Talvez a forte ligação dos filhos com as mães, não sei. Sua relutância em ir para a casa, o retorno rápido e a “cena” que presenciou, para mim é a intuição materna agindo.
Abraços,
Ângela
Luciana Misura says
Ângela, acho que teve muito de intuição de mãe mesmo viu…eu realmente estava me sentindo desconfortável de ter que sair de lá e vir em casa! Beijos!
Glaucia says
Luciana, veio lagrima nos meus olhos, so de imaginar o que seu bebe passou, sou mae e avo portanto NAO concordo com certos metodos em algumas escolinhas,Minha filha esta fazendo uma verdadeira via sacra por nossa cidade atraz de berçarios.Ela se decepcionou muito,chegando a cogitar em parar de trabalhar p ficar com o bebe,Justamente por ver certas coisa tais como:Crianças dormindo toda torta no carrinho de passeio, areia suja,cozinha onde se via “coisas”nao normais p estarem ali…olha e dificil confiar, Vc fez CERTO!fARIA O MESMO! E xingaria muito, para elas nunca mais esquecerem,
Luciana Misura says
Obrigada Glaucia! Não é fácil mesmo, tem muita gente que está nesse trabalho que não deveria estar! Boa sorte pra sua filha, que ela encontre um lugar legal!
Elaine says
Luciana,
Voce esta certisima… quase nao consegui terminar de ler o seu post de tao chateada que fui ficando. Meus dois filhos sao autistas, os dois falam e estao muito bem mesmo, um deles ja grande pode ser facilmente instigado a dizer o que os outros querem, eu preciso ter 100% de confianca na pessoa e no orgao que eu o “entrego” por isto o que vc fez desta vez foi “dizer” ao seu filho que ele estara amparado… Para quem pensa que o que fizeram com o Eric nao e nada demais, sinto em dizer esta pessoa esta COMPLETAMENTE errada e nehuma mae pode estar ocupada demais pra ignorar o bem estar do filho. Pode acreditar que a sua atitude com certeza trara beneficios tambem para o futuro.
Eu sou amiga da Bianca que acabou de se mudar pra Austin, leio seu blog ha muito tempo e comento vez ou outra.
BJS
Luciana Misura says
Brigada Elaine! Nossa, com certeza, temos mesmo que confiar muito nas pessoas que cuidam dos nossos filhos! Principalmente quando eles não podem se comunicar 100% e nos contar o que acontece.
Legal que você é amiga da Bianca, de repente um dia você aparece por Austin? 😉 Beijos!
Cris says
Oi Luciana
Moro nos EUA tbm (tinha um blog antes), temos um bebê de quase um ano (irá completar dia 08/set) e qdo vc disse que iria colocar o Eric na creche fiquei acompanhando seu blog mais de perto, pois eu tentei colocar o Lucas com 9 meses. Consegui deixar por 2 dias (2h cada), acompanhando ele de longe, mas infelizmente nao deu, pois ele ficava chorando muito assim que percebia que eu nao estava por perto, nao davam atençao (tinha bebê de semanas junto, entao esses é quem recebiam colo)… a mesma pergunta me fizeram “é seu primeiro filho?” e com aquela sutil fala de que eu o estava mimando, que nao precisava fazer adaptaçao (mas estava livre para). Pra ela (diretora inclusive) eu deveria chegar, deixar ele na sala, sair e voltar horas depois, pois seria a melhor forma de adaptaçao (à força nao é?!).
Nao consegui confiar na professora que ficava a maior parte do tempo com eles (a outra vinha depois conforme aos bebês iam chegando – 6 na sala com 2 prof.).
Sei que foi a pior experiencia da minha vida (sim, ele é meu primeiro filho, mas nem por isso vou deixa-lo em um lugar que eu nao sinta que ele está 100% bem).
Vou fazer uma nova tentativa daqui alguns meses e espero que seja melhor, pois será em outra sala, com outras prof. e com bebês maiores (na que ele estava ea de 6 semanas a 12 meses). Trabalho de casa e preciso muito de um tempo pro trabalho (no momento faço tudo de pouquinho em pouquinho).
Queria muito encontrar uma creche que tivesse câmeras na sala, mas nao vi nenhuma aqui na regiao (Orlando), acho que eu ficaria mais tranquila.
Bom, fiquei feliz em saber que o Eric se adaptou super bem na outra creche e apoio sua iniciativa em denunciar o lugar que fez isso com ele logo no primeiro dia (mesmo em qualquer outro momento nao seria o correto e fico pensando nos pais que ocorreu isso com os filhos e nao presenciaram p/ poder fazer o mesmo).
Bjs
Cris
Luciana Misura says
Obrigada Cris! Entendo perfeitamente, tem muita gente que acha que “adaptação” é deixar chorar, isso não é adaptação…espero que você tenha mais sorte agora que o seu bebê já é maior, mas acho que faz diferença a idade dos demais bebês da sala. Na turminha do Eric o mais novo tem 8 meses e a maioria deles tem entre 10-11 meses, então estão todos em fases parecidas e tem necessidades parecidas, facilita muito pras professoras. Se tivesse um bebê recém-nascido certamente ia complicar a rotina. Boa sorte!
Mamãe do Otávio says
Nossa, fiquei chocada e magoada com a histria da primeira creche! Eu teria feito o mesmo, tirado ele dali e denunciado, vc fez muito bem!
Luciana Misura says
Brigada Mamãe do Otávio! 🙂
Soraya says
Luciana, eu teria feito EXATAMENTE o que você fez!! Parabéns! Bjs
Luciana Misura says
Brigada Soraya! 🙂
Carolina says
Que absurdo, eu também teria feito o mesmo.Que sorte que você chegou na hora certa. Também acho que o pior nao foi “so” deixar chorar, mas a forma como foi feito pareceu realmente uma “puniçao”! que horror. Eu fiquei revoltada! Eu confesso que nao sou muito fa de creche, ainda bem que na França existem “assistantes maternelles”, que sao uma espécie de “babas com diploma”, elas podem cuidar de no maximo 4 crianças! Infelizmente esse método de “deixar chorar até cansar” é muito comum aqui, nao posso falar das creches pois nao conheco, nunca deixei meus filhos em creche na França, falo da mentalidade, aqui isso é normal, e com certeza eu sou considerada mae histérica que mima os seus filhos! Triste! O mais importante é que o Eric esta bem agora em outra creche, super mamae o salvou!! 😉
Luciana Misura says
Brigada Carolina. Aqui a lei do Texas determina que são 4 crianças pra 1 professora no máximo, se tiver mais que isso eles multam, fecham a creche, etc. Já ouvi falar que esse método é comum na França mesmo, aliás tem um livro famoso aqui nos EUA de uma americana que mora na França enaltecendo as qualidades da forma francesa de criar os filhos…achei as “dicas” bem estranhas pra dizer o mínimo…
Barbara says
Lu, nao queria ter lido o post porque sabia que ia me irritar… Gente que deixa bebe chorando de maldade me tira do serio, eh irracional mesmo. Que bom que ficou tudo bem, e que agora essa escola vai ter uma bela queixa no relatorio.
Beijos!
Luciana Misura says
Brigada Barbara, sei como é, também não gosto de ler nada que fale de alguma coisa ruim que fizeram com uma criança! Mas você vê, tem gente que acha tudo normal, afe…Beijos!
Luciana says
Tadinho… E tardinhas de todas as criancas criadas assim, tendo que aprender a dormir engolindo o choro. Nunca vou entender isso.
Parabéns pela atitude de denunciar! Eu também nao levaria meu filho outra vez nessa creche!
Beijos!
Luciana Misura says
Brigada Lu! Não é fácil essa vida de mãe 🙂
Lilian says
Lu, você está certissimatem mais é que denunciar. É crueldade fazer isso aum bebezinho, inocente de tudo, uma mãe de verdade não faz uma coisa dessa nem que tenha dez filhos…
Agora para você Jessica, com certeza não tem filhos, vai te-los e depois me fale.
Beijo Lu.
Lílian
Luciana Misura says
Brigada Lilian! Tem gente que acha que sabe tudo antes de ter filhos né, a coisa muda de figura depois…
KK says
É revoltante. Ainda bem que você tirou ele de lá.
Luciana Misura says
Brigada KK! Revoltante mesmo! Tive sorte de pegar no flagra!
Monica says
Puxa, o que a professora fez foi abusivo mesmo.
Pior ainda sendo o primeiro dia do Eric na creche, imagina o desespero dele. Fez muitissimo bem em tira-lo de la’.
E que otimo que ele se adaptou bem na outra creche.
Luciana Misura says
Brigada Monica, foi absurdo mesmo, ainda bem que eu cheguei na hora certa, imagina se eu não vejo e ele fica lá, não gosto nem de pensar!
Livi says
Nossa! Fui lendo e sentindo sua angústia, imagino seu autocontrole para não voar no pescoço da professora. 🙂 Que bom que vc chegou na hora certa.
Luciana Misura says
Brigada Livi, acho que foi porque eu estava em choque viu!
Barbarella says
Uma história de horror!!!! Eu não sei se teria me controlado tão bem quanto você… Mas acho que é o que vc disse, estava em estado de choque ainda perplexa com o que viu. E esse tipo de restraint é considerado child abuse e por isso mesmo o DFPS levou a sério. Ora bolas, o negócio é sério mesmo!! Que bom que o Érico está em uma creche melhor agora! 🙂
Barbarella says
* A correção automática mudou o nome do Eric, sorry!
Mi says
nossa Lu, to com o sangue fervendo so de ler o seu post. que revolta! ainda bem que ele achou uma creche decente agora. mas aqui na alemanha muitas maes sao adeptas do metodo de chorar ate dormir =/ ja escutei de outra brasileira aqui que trabalha numa creche que tenho o “coracao mole demais” e assim a Milena nao iria aprender a dormir sozinha nunca. Disse que eu tinha era raciocinio lógico para saber que dormir de cansaco e desespero nao é algo saudavel pra ninguem, principalmente bebes, e que me sentiria uma fracassada se tivesse que fazer minha filha dormir assim. Nao precisei deixar minha filha abandonada chorando pra ela aprender a dormir direitinho. claro que cada um tem seus metodos, mas uma creche deveria no minimo tentar respeitar o jeito de criacao de cada familia. bjs!
Thays says
Olha Luciana, estou chocada como essas pessoas acham que nossos filhos não são nada, hoje mandei uma carta batizada de ” Pero Vaz de Caminha” de tão grande…sou professora tb e sei como é difícil lidar com várias crianças ao mesmo tempo…mas largar uma criança suja e descabelada….hoje foi a gota d’água…ela chegou em casa suja…calcinha com areia…e descabelada..nariz sujo…(bem sujo)..as outras meninas da sala sempre estão limpas e arrumadas… pois já presenciei professoras sentadas com outras crianças no colo arrumando o cabelo….e minha filha vive suja e descabelada……… ..fora as diversas vezes q ela chegou com a calcinha suja de coco….então..elas acham q estão fazendo um favor pra nós…nunca fui uma mãe chata….sempre relevei muita coisa…mas agora não vou relevar mais ….quero que minha filha seja tratada com dignidade e respeito…e se for preciso vou recorrer aos órgãos competentes…vou aguardar a reposta e a conversa….
Lydi San says
OMG!
Carla says
Oi Lu. Sou professora de bebês no Brasil e vou te falar que estamos em 2 na sala para 15 bebês. Nao é muito fácil, por vezes alguns ficam chorando…no começo do ano quando estávamos na fase da adaptação, metade da turma vinha pela manha, outra metade pela tarde. Íamos ampliando os tempos de permanência conforme as crianças iam sentindo-se mais seguras (os pais/mães permaneciam na sala). Mas sempre era chegado o momento de eu falar: pai/mãe, agora eu vou pedir que vocês se ausentem por x horas e voltem depois. Se o bebê ficar chorando desesperadamente eu telefono, se conseguirmos entretê-lo ficaremos aguardando o retorno de vocês. É claro que havia choro. Normal. Eles estavam em um ambiente novo, com pessoas desconhecidas e nao havia colo para todos. A estratégia que utilizamos era a do “colo alternativo”, sentando eles no bebê conforto para se acalmar. Hoje, já mais crescidos (em torno de 1 ano), quando choram já vao sozinhos até o bebê conforto se acalmar e depois voltam a brincar. Acho um pouco difícil que as professoras tenham feito por maldade, talvez elas estavam ocupadas terminando alguma tarefa com as outras crianças e deixaram ele ali “dando um tempo” até conseguirem ficar livres pra estar totalmente disponível para ele. Mas você chegou bem nesse meio tempo. É uma das possibilidades. Nao pense que seu filho foi vítima de uma violência, ou que ele ficará traumatizado. Talvez se vc tivesse aguardado para ver o que elas fariam em seguida, vc conseguiria se acalmar e confiar na creche. Mas é claro, nessa hora o sangue ferve e o instinto fala mais alto. Sempre falo para as famílias que o mais importante de tudo é eles estarem seguros e confiarem em mim e no trabalho das profes. Se você não se sentiu segura, fez bem em trocar de escola 🙂
Eu estou indo morar nos EUA por 2 anos e pensamos em engravidar lá. Como funciona o sistema educacional nos EUA? Aí nao existem creches públicas, certo? Qual é a média de valores cobrados? Vc tem algum site de creche que eu possa ver?
Muito obrigada 😀
Luciana Misura says
Carla, no Brasil o método de deixar um bebê chorar para dormir não é comum que nem aqui. Eu sei que era isso que elas estavam fazendo com o meu filho. Ele estava posicionado para isso. Se as professoras estivessem apenas ocupadas elas nao teriam “preparado” aquele canto e colocado ele enrolado na manta de frente pra parede e bloqueado pelos berços. Uma professora que está sem tempo vai deixar o bebê num lugar onde ele a veja e que seja fácil de pegar quando ela terminar o que está fazendo. E aqui são 2 professoras para 8 bebês, não 15.
Péssima ideia vir pros EUA pra engravidar, aqui não tem licença maternidade igual no Brasil, são apenas 12 semanas não remuneradas caso você esteja 1 ano no emprego, e nem todos os empregos qualificam. Leia o meu post sobre licença maternidade…
Já falei de creches aqui no blog, veja o meu post sobre diferenças de escolinhas no Brasil e nos EUA.
Pollyanna says
Essa Jéssica realmente me irritou! Com certeza ela não nem noção científica nenhuma do que está falando. Se você cria uma criança prendendo-a para fazê-la dormir é que cria uma criança insegura. Agora, se você da carinho e está sempre lá pra da suporte quando ela precisa (sem exagero é claro) aí sim a criança cresce segura, porque ela passa a confiar nos pais e na hora de começar a fazer as coisas sozinhas terá mais segurança também. A neurociência explica, baby!
aline fernanda says
Nossa imaginei meu filho la que horror!!!
eu tenho o Caua que esta com um ano e meio e esta indo pra segunda semana de adaptação ele chora muito e de partir o coração a gente ja fica insegura imagine então nao ter certeza se ele esta sendo bem tratado. E uma fase tao importante que nao podia ser tratada como se nao fosse nada ainda bem que voce os denunciou. Parabens pelo filho lindo..
eliene monteiro says
Olá gostaria de saber se é obrigatório a criança entrar na escolinha antes de completar cinco anos para assim engressar na escola publica? Isso é critério nosso? Ele pode ficar sem estudar até cinco anos?
Luciana Misura says
Pode ficar em casa sem estudar até entrar na escola sim. Mas você vai ter que ensinar as coisas básicas como números, contar, cores, formas, letras, porque espera-se que todas as crianças entrando no jardim de infância aos 5 anos já saibam isso tudo. Aqui tem a lista do que eles esperam de uma criança entrando no Kinder aos 5 anos: http://www.getreadytoread.org/images/content/downloads/Kindergarten_Readiness_Toolkit/03_kindergarten_readiness_checklist.pdf
eliene monteiro says
Ah… muito obrigada! Me ajudou bastante!
Giih says
Oi tenho uma filha de 8 meses, estou com muita dó de deixar ela em uma creche pois ela não pode me perder de vista e ainda mama no peito… Não posso ver ela chorando que largo tudo para ver o que esta acontecendo, to com muito medo de não cuidarem dela direito dela… to bem insegura…
karla says
Oi boa noite estou indo para o Japão e tenho um bebê de 10 meses e estava pensando em coloca-lo na creche mais estou com muito medo do método que eles tem. Pois ele é muito carinho. Esse método é normal nas creches japonesas?