Hoje mais uma vez tive que levar a Julia ao médico (ela está com o joelho esquerdo super inchado e vermelho), que acabou pedindo pra gente ir ao hospital, e nessas horas a vontade é pular no primeiro avião pro Brasil. Mas por que eu não gosto do sistema de saúde americano, me perguntaram quando reclamei no Twitter. Tem vários motivos, senta aí que lá vem história.
1) O sistema de saúde americano não trabalha em favor do paciente, e sim dos planos de saúde (health insurance). Os médicos pedem ou não pedem exames de acordo com as orientações dos planos, se eles acham que o plano vai ou não vai pagar, e não de acordo com o que o paciente precisa. Tem médico que ganha até bônus por não pedir certos exames. Quando eu estava tendo o problema dos abortos espontâneos de repetição a minha maior briga e sofrimento foi por causa dessa imposição. Os médicos se recusavam a pedir os exames, porque eles seguiam as orientações dos planos de saúde. Mesmo eu dizendo que ia pagar do meu próprio bolso os médicos se recusavam a fazer o pedido. Os planos também pressionam os médicos a ver um número altíssimo de pacientes por dia. Quando você vai ao médico aqui, quem te atende primeiro é um(a) enfermeiro(a) que vai bater um papo contigo pra saber o que você tem, tirar sua pressão, temperatura, pesar, medir, e anotar isso tudo pro médico não “perder tempo” com você. Aí o médico chega, dá uma olhada no que o enfermeiro anotou e faz um exame rápido, diz o que vai te receitar, e vai embora. O enfermeiro volta depois pra trazer a receita pra você. Tudo rapidinho, nem pense que o médico vai investigar nada a fundo. O que me leva ao ponto seguinte…
2) A medicina aqui é extremamente reativa, nunca preventiva. Como ninguém tem tempo de conversar com você e querer saber mais qual é o problema, eles estão sempre receitando um remédio pra resolver o “aqui e agora”, mas raramente vão atrás das causas pra alguma coisa. Você como paciente tem que insistir muito mesmo se quiser uma investigação, exames, pra determinar as causas de qualquer coisa. Exemplo: o meu marido tem uma tosse que vai e volta, já há um tempão. Nenhum médico pesquisa as causas da tosse, só receitam um remédio pra ele parar de tossir, que acaba nem adiantando muito. Quando ele começa a perguntar sobre exames pra investigar a causa, a resposta é sempre rápida – deve ser alergia, tome um anti-alérgico todos os dias que resolve. Pronto. E aqui o que mais tem é mesmo gente que toma anti-alérgico todos os dias. Mas pergunta se algum desses médicos sequer pediu um teste de alergia? Não.
Outro exemplo: meu marido tem a pressão meio alta, desde 21 anos de idade. Nenhum médico nunca mandou que ele mudasse a alimentação ou fizesse exercício, simplesmente mandaram ele tomar remédio diariamente. E não, a pressão dele não é alta de verdade, é apenas um pouco mais alta do que o ideal, qualquer médico no Brasil primeiro ia falar pra ele mudar a dieta e fazer exercício (ainda mais aos 20 anos!) antes de passar um remédio diário. Levei muitos anos pra convencê-lo a testar uma mudança de hábitos, e só quando ele entrou num programa de mudança de estilo de vida há 6 anos que ele viu com os próprios olhos como ele parou de precisar do remédio de pressão. Detalhe: o próprio médico falou pra ele antes dele começar o programa que “não ia adiantar nada”. Eu queria ir lá bater nesse médico, que fala uma coisa dessas pra um paciente disposto a tentar melhorar a sua saúde levando uma vida mais saudável. Mas o melhor tapa na cara foi quando o meu marido repetiu os exames no final do programa e estava tudo lindo com a saúde dele, o médico ficou de olhos arregalados e falou que não “estava acreditando”. Também já falei aqui sobre as infecções de ouvido recorrentes que o Eric tinha e os médicos queriam logo partir pra cirurgia, a gente que insistiu em tentar outros tratamentos menos invasivos primeiro e ele se deu muito bem com a quiropraxia. Depois que começou com a quiropraxia ele só teve uma infecção, quando diminuímos a frequência das sessões, isso já tem 5 meses.
3) Você raramente consegue falar com o médico fora do consultório. Se o seu filho está se sentindo mal, tem uma febre, e você precisa falar com o médico. Se for durante o horário que o consultório está aberto, você pode ligar e tentar encaixar uma consulta, geralmente a gente até consegue pro mesmo dia, nem que seja com outro médico da clínica na pior das hipóteses. Se não tiver vaga no dia, você vai falar com a enfermeira, que vai levar o assunto pro médico, e depois a enfermeira vai te ligar de volta com a resposta e uma possível prescrição de remédio. Se for depois do horário que o consultório está fechado, você vai cair numa enfermeira de plantão, e poderá ser cobrado pela ligação. Novamente a enfermeira vai falar com você pra avaliar a situação, e se for o caso, falar com o médico e te ligar de volta depois. Se for qualquer coisinha que a enfermeira fique com “medo de se comprometer” (leia: eles morrem de medo de processo), ela vai mandar você levar o seu filho pro pronto-socorro (Emergency Room, ER). A gente aqui em casa nem liga mais depois da hora, porque eles sempre mandam pro pronto-socorro mesmo, então não faz a menor diferença. Claro que existem exceções, tem um ou outro médico que te liga de volta mesmo, mas está longe de ser a maioria (o meu obstetra daqui de Austin ou os obstetras de plantão dessa clínica ligavam de volta). Ah, e pra piorar a situação, certos médicos terceirizam esse serviço de atendimento depois que o consultório fechou, então você liga e cai numa central de triagem e fala com alguém que está ali apenas pra repassar a mensagem. Médico que te dá o celular, como no Brasil, eu nunca encontrei por aqui (já me falaram que existe, mas deve ser o melhor exemplo de agulha no palheiro do mundo).
4) Eles tratam as crianças da mesma forma que os adultos – sem compaixão. Essa é a minha maior reclamação a respeito dos hospitais e pronto-socorros por aqui, nas vezes que tive que levar meus filhos. Eles não tem a menor paciência com as crianças, e adotam a linha de que “a criança não vai lembrar”. Tudo é feito na marra, não tem papinho nem brincadeira, muitas vezes procedimentos que no Brasil as crianças são sedadas aqui elas tem que assistir tudo apenas com anestesia local, seguradas por pais e enfermeiros. É como se as crianças fossem objetos, que não tem sentimentos, você manuseia da forma que precisa pra resolver o problema e pronto. Tivemos uma experiência horrível com a Julia quando ela tinha 3 anos na emergência do hospital infantil aqui e ela até hoje tem trauma de hospital, e já entra no carro chorando pra ir a qualquer médico, quase 3 anos depois (ela já tinha medo de médico antes disso, depois o negócio piorou 1000 vezes).
Hoje por exemplo tivemos que levá-la porque está com o joelho vermelho e muito inchado, mas sem dor ou febre. A Pediatra viu e ficou preocupada, mandou levar no hospital pra eles verem e fazerem exames. Chegamos lá e eles foram logo dizendo que era uma infecção superficial (não era na articulação ou no osso) e que era melhor abrir e drenar. Pergunta se eles fazem sedação? Claro que não. Eles queriam abrir apenas com uma anestesia local. Quando perguntei se poderiam sedá-la para o procedimento, eles me disseram que não, só se fosse via intravenosa e no centro cirúrgico. Fiquei falando com a Celinha no Twitter, que é pediatra e sempre uma querida pronta a ajudar, e ela foi sugerindo algumas coisas menos invasivas (uma ultrasonografia pra ver se tem pus, um exame de sangue pra ver como está a infecção), mas os médicos não toparam nada, falaram que era muito melhor drenar. Acabei dizendo que não ia fazer a drenagem antes de testar um antibiótico pra ver se ela melhora sem precisar abrir o joelho. É isso que eles não entendem por aqui, eu como adulta até toparia fazer a drenagem e resolver de vez o problema (e ia ter que tomar antibiótico também do mesmo jeito), mas não dá pra esperar que uma criança de 5 anos (ainda mais uma que já morre de medo de hospital) vá ficar sentadinha ou deitadinha na boa cooperando com um negócio desses. Falta sensibilidade.
Tem outras coisas que não vou lembrar agora (se eu for mais a fundo no assunto planos de saúde e a reforma que o presidente Obama passou então, esse assunto rende muito). Pra quem se espantou e se pergunta “mas não é pros EUA que vai muita gente se tratar porque eles tem as melhores opções?” sim, eles realmente tem tecnologia e pesquisa de ponta – pra quem tem dinheiro, claro, porque os melhores hospitais do país com esses super tratamentos são caríssimos. E o que costuma acontecer é que quem vem de fora já vem com um diagnóstico, então não precisou passar pela frustração de investigar uma doença aqui, dependendo desse sistema de saúde americano que não gosta de investigar nada. E o atendimento, esse vai ser normalmente muito frio e apressado (frio porque é apressado ou apressado porque não há interesse?) – eles se preocupam muito pouco com o emocional, o foco é sempre na saúde física apenas. Consertam o corpo e deixam a cabeça explodir…
Enfim, em quase 11 anos morando nos EUA, tendo morado em 3 estados muito diferentes entre si, tivemos inúmeros médicos, passei por vários hospitais e cirurgias, tivemos vários pediatras pras crianças. Conto nos dedos de uma mão os médicos que além de competentes davam alguma indicação de interesse pelos pacientes, a maioria sempre nos tratou mais num esquema “oi, tudo bem e tchau” mesmo. E olha que já tive planos de saúde excelentes, que cobriam 100% de tudo, nos melhores hospitais. Morro de pena da maioria da população que não tem essa sorte, e paga muito caro por um serviço que deixa muito a desejar. Não foi a toa que o cineasta Michael Moore fez o filme Sicko, em 2007, criticando duramente o sistema de saúde americano.
Veja também o post: Quanto custa a saúde nos EUA e Planos de saúde nos EUA: entenda como funcionam.
Silvia Fontana says
Olá Luciana! Tudo bem?
Ótimo texto! Concordo com você, é uma pena! Mas é a mais pura realidade.
Moramos em Palo Alto, California e passamos por isso também.
Só demos sorte com a equipe de pediatria. Quando precisamos fomos atendidos por médicos bem atenciosos.
Mas o que mais nos incomodou foi o fato deles não se preocuparem com tratamentos preventivos.
Pré natal então, nem dá pra comparar. Brinco que foi num estilo “vintage”.
Eu tive diabetes gestacional na minha primeira gravidez e quando descobri que estava grávida novamente foi a primeira coisa que falei para a médica. Eles nunca me pediram um exame de glicemia!
Disseram que iriam controlar pelo peso, afinal, “pra que exigir tanto do seguro”.
E ainda se espantam com a quantidade de exames e ultrasonografias que são feitos no Brasil. Uma vergonha, afinal se sabe que hoje algumas doenças encontradas no feto podem ser resolvidas até mesmo antes do bebê nascer.
Beijos!
Claudia Montoia says
Olá Silvia e Luciana…
Gostaria de dizer que por aqui não anda muito diferente não… Realmente são realzados muitos exames… mas isso para quem tem planos de saúde mais caros… meu pai ouviu um absurdo de uma oftalmologista (do Plano de Saude, não foi do SUS) que ela o atenderia rápido pq ainda não tinha almoçado… ele com quase 70 anos só teve a pressão ocular medida após perguntar para ela, ouvindo mais um absurso que faria o exame para ele não ficar incucado… Outro caso foi de uma amiga que não só bastasse ter um plano de sáude “carérrimo”, e ninguem achava e nem pedia exames por um problema com o filho de 6 anos, pagou um médico particular (R$ 800.00 a consulta) para o médico dizer que o que ele sentia era prório da idade e com o crescimento ia ser amenizado. Depois da insistencia 1 ano de médico em médico, foi constatado um pequeno tumor na cabeça… GRAÇAS A DEUS o menino está otimo, pq se dependesse de nosso médicos poderia ter ocorrido o pior… acho que medicina deixou de ser profissão por amor… agora é simples negócio… Bjs e boa sorte a todos que precisarem de atendimento
Luciana Misura says
Claudia, já ouvi mesmo que o atendimento no Brasil está caindo, mesmo com um bom plano de saúde. Mas pelo menos no Brasil ainda se faz medicina preventiva e na maior parte das vezes os exames são pedidos sem ser regidos por regras arbitrárias dos planos de saúde como acontece aqui. Existem médicos bons e ruins em todo lugar, claro, mas aqui eles seguem muito mais as estatísticas, se preocupam menos em conhecer os pacientes.
Gina says
Olha, acredito ser uma ingenuidade sua em pensar que no Brasil está bom ao ponto de pegar um avião e vir para cá.
Ai, nos EUA, pelo menos você é atendida, já aqui no Brasil as pessoas morrem na fila de espera nos Hospitais por não conseguirem falar com um “semideus”– médico. É um absurdo você ter que recorrer ao judiciário, sem a menor necessidade, para conseguir algo que é seu por direito- A DIGNIDADE E O RESPEITO COMO SER HUMANO.
E detalhe, importantíssimo , quando você finalmente consegue falar com um médico (clínico-geral qualquer), ele nem olha nem se quer na sua cara, já vai logo passando um remédio qualquer, sem pedir exames, e diagnosticando, com toda certeza do mundo, o que você tem. Vale ressaltar que os médicos Brasileiros têm problemas seríssimos em diferenciar gripe de dengue e outras demais doenças.
Quer um conselho, fica nos EUA que está melhor…
Antes que eu me esqueça: a medicina brasileira não é preventiva, mas sim remediadora; a categoria médica não é socialista e sim elitista, isto é, tá pouco se lixando pra população. Quem possui essa visão preventiva são os médicos cubanos e vieram recentemente ao brasil.
Esse foi o meu desabafo.
Luciana Misura says
Gina, em que hospital particular brasileiro tem gente morrendo em fila de espera e não consegue falar com médico? Que eu saiba, nenhum. Eu comparo o serviço nos EUA (que é todo pago e caríssimo) ao serviço particular no Brasil, não com a rede pública. Eu obviamente quando falo que dá vontade de pegar um avião pro Brasil é pra ser atendida na rede particular brasileira, não na pública. A diferença que aí eu sempre fui muito bem atendida na rede particular, enquanto aqui eles pecam demais no atendimento de rotina. Podem ser os tops do mundo em tratamentos de ponta, mas não sabem lidar com o feijão-com-arroz. E os médicos brasileiros todos com quem me consultei na vida faziam medicina preventiva, falavam de alimentação, exercício, stress, pediam checkups regulares; aqui os médicos não falam nem sugerem nada disso – se você não correr atrás e pedir, ninguém pede.
Helenna says
Oi eu cheguei nesse blog atrás de mais informações sobre o sistema de saúde americano e como vi esse comentário, achei oportuno postar uma informação própria. Bom, infelizmente, como tudo no Brasil que se populariza, (e com os planos de saúde não foi diferente) o atendimento ficou ruim. O problema é que a rede hospitalar particular não acompanhou o crescimento da demanda e pelo visto não pretende acompanhar porque sabe que somos todos refens do serviço. Não temos pra onde correr. Então oferecer um serviço 8 ou 80 não faz a menor diferença pros donos dos hospitais particulares, eles sabem que sempre vamos precisar do serviço. Enfim, o motivo do meu comentário é por um caso muito específico: no último ano em Brasília, um conhecido deu entrada em um hospital público. Um senhor de quase 70 anos. O caso era muito sério e precisava de uma UTI. Não tinha. No desespero, a família recorreu ao Ministério Público atrás de uma liminar obrigando o governo do DF a encontrar uma disponível já que se tratava de caso de vida. Nesse caso, o que deveria acontecer? O paciente seria encaminhado para uma UTI em um hospital particular e o governo do DF assumiria os custos. Mas naquela noite, com a liminar em mãos, o próprio defensor público alertou à família que seria dificílimo conseguir uma UTI particular, pois eles estavam acompanhando outros casos semelhantes e outras famílias estavam passando pelo mesmo drama, não havia UTIs disponíveis nem mesmo nos hospitais particulares! Em resumo, eles peregrinaram por mais de 6 hospitais particulares da capital do país, não conseguiram uma UTI sequer e o senhor morreu na manhã seguinte sem conseguir atendimento no hospital particular. A história, apesar de triste, não me surpreendeu. Hoje em dia, apesar de conseguirmos atendimento em um pronto socorro, não saímos do hospital particular em menos de 5 horas (e isso só pra consultar, se for fazer raio-x, exame etc, pode contar aí umas boas 8h). Hoje em dia, quando você chega em um hospital particular, você já não sabe mais se está em um um hospital particular, em um hospital público, ou na fila do INSS. É triste.
ana says
Acredito que mesmo com as deficiências encontradas no SUS ,ele ainda se constitui como um sistema de saúde que supera outros países. Pois hoje temos muitas formas de prevenção de doenças e o sisteme está precário por culpa das próprias pessoas que não se mobilizam em busca de melhorias.
Percebo que a população reclama de “boca”,mas na hora de comparecer às conferências de saúde e às reuniões dos conselhos municipais de saúde ,onde as decisões são tomadas se acomodam e não vão. Afinal são tão desinformadas que nem sabem que são nesses locais que as decisões são tomadas.
Agradeço à Deus pois todas as vezes que precisei do SUS fui bem atendida.
Jorge Marques de Oliveira says
Olá, tenho plano de saúde pelo trabalho. E nunca tive problema com pedidos de exame. Acredito que acontece casos como o relatado. Mas devemos pensar que, como diarista, padeiro, vendedor, existem os bons e os maus. Então, antes de marcar uma consulta, ideal busca entre amigos, indicações de médicos. Grande abraço!
Thainara Rogério says
Deus é bem piadista então, não é Claudia Montoia? Dizer “graças a deus” numa situação grave como essas é muita falta de respeito com o médico que enfim atendeu bem a criança e descobriu o tumor. Depois de muito tempo estudando para se tornar um médico e atender a pacientes como esses para dar-lhes o atendimento necessário creio ser deveras insuportável ouvir um “graças a deus ele está bem, porque se dependesse de médicos(…)”. Respeite o médico que atendeu a criança.
Luciana Misura says
Silvia, com certeza, me incomoda muito eles não fazerem medicina preventiva…também não me conformo com o pré-natal. Na gravidez do Eric dei sorte de achar um obstetra mais no “estilo do Brasil”, que me deixou bem mais tranquila, mas também acho uma vergonha. A Pediatra das crianças a gente acha OK, atenciosa ela é sim, o problema é o tratamento das crianças em hospitais e pronto socorro…Beijos!
Franciele Lopes says
Oi Luciama tudo bem? Quando vc estava gravida do Eric vc morava aonde? Estou me mudando para Orlando mês que vem. Tenho green card e estou de 14 semanas e apliquei para meu plano de saude que ja foi aprovado. Eu estou meio preocupada em como achar um
Medico ai… O meu aqui no Brasil é maravilhoso!! Vc tem alguma dica p me dar? Muito obrigada. Bjus
Luciana Misura says
Eu morava no Texas, Franciele, nunca morei em Orlando não. O melhor jeito de achar um médico bom é perguntando bastante, principalmente pra outras brasileiras que tem filhos nascidos no local!
Anathalia says
Ai, Lu, nem fala. Eu sou adulta e tenho uma certo pavorzinho de médico que só tem piorado aqui nos EUA. Imagina a Julia! Tadinha. Quero só ver quando for a minha vez de levar filhos ao médico. Das duas uma: ou meu pavorzinho cura de uma vez ou eu fico doida. Tomara que só o antibiótico resolva o problema do joelho da Julia!
Luciana Misura says
Pois é, não é fácil não! Acho que só vai complicar, não vai curar…o joelho da Julia felizmente está de volta ao normal só com o antibiótico, ufa 🙂
Heloisa says
Oi Lu. Que triste hein? Sei que o nosso sisitema de saúde não é muito bom mas pelo menos a maioria dos médicos trata os pacientes com carinho. A pediatra da minha neta baixou um aplicativo infantil (clips da Galinha Pintadinha, não sei se vc conhece) no celular para distrair as crianças enquanto ela examina. Minha neta que tem dois anos adora. Melhoras para Júlia e dê notícias.
Luciana Misura says
Heloisa, a pediatra nem é o maior problema, o problema é o atendimento das crianças em hospitais e pronto socorro, aí sim a coisa fica feia! Julia está melhor, felizmente 🙂
Marcela says
Oi Lu!!!
Esse seu post me levou ao outro, da sua história dos seus abortos de repetição… Gente, eu nunca imaginei que você tivesse passado por tudo isso… Fiquei emocionada, especialmente por saber que a história teve um final tão feliz!!! Tá aí a Julia e o Eric, lindos e saudáveis! Nossa, não posso nem imaginar tudo que você passou… E num país que não é o seu, com esse sistema médico… Eu não imaginava que eles fossem assim aí… mas lembro de você reclamando algumas vezes, que eles passam antibiótico sem pensar duas vezes, que queria operar o Eric depois de 3 infecções do ouvido, não foi isso?
Melhoras pra Julia!
Beijos
Luciana Misura says
Marcela, ah, você não sabia da história! Obrigada, foi mesmo bem difícil. O pior foi saber que se eu estivesse no Brasil teria resolvido tudo depois do primeiro. E sim, você lembrou certo, eu estava reclamando do tratamento com as infecções de ouvido do Eric. Felizmente ele respondeu muito bem ao tratamento com o quiropraxista e não tivemos mais problemas! Beijos e a Julia felizmente melhorou!
Ana says
Achou que vc fez certíssimo em aguardar com antibiótico. No fundo o melhor medico as vezes é a gente mesmo. Em dezembro na Flórida fiquei muito mal com uma gripe 3 dias e tive que passar consulta numa clinica. Veio um enfermeiro enfiou um cotonete no meu nariz bruscamente, sem muitos sorrisos, foi tão rápido que nem o vi direito, saiu da sala e voltou depois de meia hora com a receita na mão cheia. Os antibióticos prescritos não achava nas farmácias e as que tinham estavam fechadas ou eram longe demais de onde estávamos. Moral da historia, acabei tomando meus próprios antibióticos que trouxe na bagagem do Brasil.
Luciana Misura says
Ana, o problema é que a gente não deveria ter que ser o nosso próprio médico né. Eu não estudei medicina e não tenho todos os dados pra fazer isso. Os médicos do hospital basicamente acharam ridículo a gente não querer que eles fizessem a punção no joelho da Julia, porque pra eles isso “não é nada, é super simples”. Mas pra ela seria sim um problemão, ainda mais desnecessariamente – como teria sido, já que o joelho dela realmente voltou ao normal com o antibiótico. Se a Celia não tivesse me dado um apoio via twitter enquanto a gente estava no hospital, eu provavelmente teria cedido a pressão e feito o que eles queriam. Mas ela como pediatra no Brasil está sempre preocupada em preservar a criança emocionalmente, que não é o caso aqui. Que bom que você conseguiu resolver o seu problema com o remédio do Brasil!
Luciane Mezzari says
Gostei muito do post. Meu marido trabalha para a AT&T no Brasil, com time americano, no horário americano, em casa como todo o time dele nos EUA. Gosto muito do País, mas confesso que o ponto negativo que sempre se destaca é essa questão da saúde. O Plano de saúde da empresa aqui é espetacular. Tive pré-eclâmpsia na gravidez e no sexto mês tivemos que fazer o parto. A Giulia nasceu pesando 900 gr, Fique na UTI 5 dias com risco de vida e ela permaneceu 2 meses na incubadora, tudo isso numas das melhores maternidades do Brasil, referência em Neo natal, tudo por conta do Plano de saúde que paga inclusive o médico que não for do plano se assim eu escolher. tudo deu perfeitamente certo, minha filha está com 2 anos e meio e vende saúde. Fico pensando no que poderia ter acontecido se não estivesse em mãos de profissionais tão humanos. Quando a questão é a saúde dos nosso filhos a preocupação é triplicada mesmo. Que bom que a sua Julia ficou bem 🙂
Tania Pereyra says
Oi Luciana,
A escolha do pediatra é bem complicada. Eu tive muita sorte de encontrar uma pediatra brasileira super carinhosa e que aceita meu plano. Minha preferência não é sempre por médicos brasileiros, mas o que pesou foi o fato de não ser uma clínica pediátrica e que o telefone do consultório é conectado ao celular dela depois do horário comercial e tb ela se coloca à disposição 7 dias por semana até as 9 da noite. Além de ter experiência de 20 anos aqui e ter se formado em uma ótima faculdade no Brasil.
Depois do horário comercial ela tem um telefone de emergência de uma empresa. Como meu bebê ainda é novinho e graças a Deus ainda não tive nenhuma emergência não tenho como avaliá-la.
Minha obstetra tb é brasileira e na hora da cesárea ela foi muito cuidadosa e até segurou a minha mão na hora que o anestesista aplicou a injeção.
Mas mesmo elas sendo brasileiras elas seguem o procedimento da enfermeira recolher os seus dados antes da consulta. Durante a gestação minhas consultas foram bem rápidas(15-20 minutos).
Quando eu conto para as pessoas como foi o parto aqui em NY as pessoas acham que estou exagerando. Tive uma experiência positiva, mas o serviço do hospital deixou a desejar principalmente das enfermeiras. Eu não quiz reclamar pq sei que elas trabalham muito e com certeza tinham muitas pacientes para cuidar, mas até esquecer de dar remédio elas esqueceram – eu que tive que lembra-lás. Ainda bem que não era nada muito grave, só um motrim para tirar a dor no pós operatório.
Sem falar na comida. No primeiro dia que puder comer me serviram no café da manhã hash brown(fritas – igual ao McDonald’s). Eu não como assim nem qd estou bem, imagina depois de uma cesárea. Eu quase surtei e ainda perguntei se o hospital não tinha nutricionista. Obviamente não tinha. Então minha mãe mandava comida pra mim-principalmente frutas, salada e canja.Isso que eu estava no Mount Sinai que é considerado um hospital de ponta por aqui.
Agora que tenho filho fico mais preocupada com esse tratamento em que o seguro manda, pq o paciente parece que sempre fica em segundo plano.
Abraços e melhoras para a Julia.
Luciana Misura says
Que bom ter encontrado duas médicas brasileiras legais assim, Tania! Sua experiência com o hospital no parto foi igual a minha, mesmíssima história. Mas elas não “esqueceram” de te dar o remédio não, aqui elas esperam você pedir mesmo. Eu reclamei exatamente da mesma coisa quando tive a Julia e a supervisora do hospital com quem eu falei me disse que a política é essa, a paciente tem que pedir pois ela que vai “controlar a própria dor”. Quando fui pro hospital aqui em Austin pra ter o Eric fui logo perguntando se era assim, e ao ter confirmação, avisei que eu não queria ter que pedir, queria que elas trouxessem o remédio nos horários marcados sem eu ter que falar nada, e eles fizeram do jeito que pedi. A comida foi a mesma coisa, nos dois hospitais, não tinha nutricionista também, mas pelo menos tinham algumas opções mais saudáveis. Mas infelizmente é isso aí, a gente fica preocupada mesmo, por nós e pelas crianças. Beijão e espero que você não precise testar nada tão cedo!
carolinewe@gmail.com says
Oi Tania, vc poderia dizer qual o nome da médica que fez o seu parto em NY? Estou em Ny a procura de indicações de obstetra. Abs carolinewe@gmail.com
Lidia says
Oi Luciana,
Moro aqui ha algum tempo, meu primeiro filho nasceu aqui e estou esperando o segundo, mas felizmente nao tenho o que reclamar dos medicos tanto os obstetras, pediatras , e os de emergencia.
Meu filho ja foi para a emergencia e foi bem atendido por profissionais super cuidadosos. E tbm consigo falar com os medicos (pediatra, obstetras etc) fora do expediente normal.
Sei la, talvez seja sorte minha, mas nao compartilho da mesma opiniao.
bjs
Luciana Misura says
Que sorte Lidia, você pode ver pelos comentários quanta gente que mora aqui e teve as mesmas experiências que eu. Mantenha esses médicos!
Claudia Beatriz says
Ai Lu, assunto complicado aqui.
Eu evito ao máximo ir ao médico, mas com criança não tem jeito. O Dylan tinha uma pediatra, que eu dizia que era atendimento Mc Donalds. Tinham 7 salas, entravam as crianças nas salas, vinha enferemeira e a médica vinha com seu laptop moderninho, mas na hora de conversar, era aquela coisa rápida de 5 minutos, e receitar remédio sem investigar.
Mudamos de consultório e são tres pediatras. Duas a gente adora, mas tem uma terceira, a dona do consultorio, q é uma Cavala, sem termo melhor. E lá não tem como escolher, é quem estiver atendendo no dia. No dia dessa, eu já vou preparada de paciência e pra tem vezes, que quase rasgar a receita de tão inútil que ela é. Ela é exatamente o que vc descreveu, quer tratar o Dylan como se fosse adulto e ele tb agora tem pavor dela.
O meu marido é um chato, faz mil perguntas toda vez, mas porque é muita gente incompetente. A mãe dele quase morreu da última operação que fizeram no nela, deram dosagem errada de remédio e esqueceram de dar um outro remédio pra controlar a espessura do sangue depois da operação, mandaram ela pra casa(algumas horas depois da operação, pq aqui não se fica no hospital!) sem testar e depois ninguem queria se responsabilizar, nem essa de “volta aqui pra gente te dar o remédio, ou receitar”. Foi assim: A enfermeira fala: o médico não receitou. A médica q mandou pra casa: o especialista q tinha que estar aqui pra receitar. E ficou nesse vai e volta e ela acabou tendo que voltar pra emergencia, de ambulancia e ninguem nem mencionou o fato.
Essa de responder depois do horário também é um problema, já vou direto pra emergencia agora. E exames nem se fala, a minha sogra que tem montes de problemas, vive sofrendo com isso, pq ela precisa demais e os planos acabam cortando.
Quanto ao parto, minha médica era competente e eficiente, mas só. Dei sorte dela estar no dia no hospital, pq o parto podia ser por qualquer um. Minha sorte mesmo foi a enfermeira, uma senhorinha super carinhosa e cheia de cuidados que fez toda a diferença. Mas aí, acho que entra personalidade da pessoa te atendendo, as “boas” experiências que tive foi porque algum dos médicos ou enfermeiros fez mais do que deveria, porque no geral é mesmo um sistema capitalista selvagem que não está nem aí pro paciente.
Luciana Misura says
Hahaha atendimento McDonald’s foi uma ótima definição Claudia! É isso mesmo. Rapidinho, médico fast-food, resolve o problema na hora mas causa problemas futuros…
Eu fico sempre chocada com as histórias da sua sogra…cada uma pior que a outra, minha nossa.
E nos meus dois partos foi a mesma coisa, a diferença quem fez foram uma ou duas enfermeiras cuidadosas, porque o resto, ai ai.
Valéria Vieira Beirouth says
Nossa, que horror! Não sabia que era assim por aí… Melhoras para sua filhinha!
Luciana Misura says
Obrigada Valéria! A coisa por aqui não é nada boa…
Maryanne says
concordo com tudo, ja tive experiencias muito ruins tb. Nao gosto nem de pensar o que seria se tivesse filhos. Normalmente eu tb ligo pro meu medico no Brasil, e depois vou atras de um aqui. Tive que ser internada uma vez, com pneumonia, e tenho que dizer que foi melhor do que eu esperava. Os medico aqui sao muito ruins de diagnostico e so querem tirar os sintomas mesmo. Muita saudade do Brasil nessa hora!
Luciana Misura says
Já fiz isso também Maryanne, ligar pra médico no Brasil…é dose! Que bom que a sua internação foi melhor que o esperado!
Léo says
Bizarro mesmo, Lu. Claro que no Brasil o sistema não é perfeito e nem funciona às mil maravilhas, mas a medicina como um todo é mais humanizada. Desde antes do Miguel nascer que estávamos à procura de um(a) pediatra para ele. Foi bem difícil achar um bom e que aceitasse nosso plano (que, diga-se, é um dos melhores e mais completos possíveis), mas no fim acabamos conseguindo uma pediatra por indicação de uma amiga de minha esposa. Na primeira consulta ela passou celular e email pra Simone. Logo no primeiro mês minha esposa já tinha trocado vários emails com ela tirando dúvidas e ela sempre responde rápido e com muita atenção, acho que isso não aconteceria aí, pelo menos depois de ler o que você escreveu. A obstetra de Simone é uma médica que já fez uns cinco partos de irmãs e cunhada dela e, neste caso, já tínhamos muito contato, mas a pediatra foi bem bacana. Aqui, geralmente a gente consegue se relacionar superbem com os médicos, mas não sei se isso vai durar. Os planos de saúde tem sido ferozes e alguns médicos, por isso, até deixam de atender por planos (o que sai caro pra gente), mas a grande maioria se submete a eles. Então acho que pode ser questão de tempo até a coisa ficar mais impessoal por aqui também. Espero que eu esteja errado.
Boa sorte aí e melhoras pra Julia.
Beijos
Luciana Misura says
Médico aqui conversar por email acho que não pode por causa da lei de privacidade dos pacientes, incluída na HIPAA, que rege essa parte de confidencialidade, quem é dono da informação, etc. Nunca vi nenhum médico aqui atendendo por email, no máximo vem um email confirmando consulta ou então enviando recibo, mas ainda não vi troca de informações médicas via email não. E sim, de um modo geral é uma relação muito mais impessoal do que no Brasil. Não seria de todo ruim se fosse apenas impessoal mas rolasse medicina preventiva e os médicos soubessem realmente o que acontece com você, fossem atrás de investigar os problemas, mas não é isso que acontece. Aqui a gente tem que insistir muito pra que alguma coisa seja feita.
Alverson de Souza says
É uma decepção mesmo! Meu colesterol estava alto há uns anos atras e foi a mesma coisa, o medico não investigou minha alimentação muito menos meu regime de exercícios. Simplesmente olhou o exame e decretou que eu precisava de remédio. Eu falei pra ele que não tomaria o remédio até que tentasse a mudança na alimentação. Ele não gostou e deu a receita assim mesmo. Acho que foi até bom porque fiquei tão aborrecido com ele que mudei a alimentação e comecei a exercitar mais. O colesterol abaixou sem a necessidade de remédios. Eu tenho tristeza de ir ao médico. Melhoras para a Júlia.
Luciana Misura says
Dá tristeza de ir ao médico mesmo, Alverson. Que bom que você conseguiu mudar esse quadro sozinho! A Julia melhorou, obrigada! 🙂
Dani says
Lu,
Chato mesmo lidar com médico intransigente. Como você bem sabe, já penei por aqui, mas hoje tenho excelente relacionamento com os trocentos médicos que tratam de mim e da minha família. Aprendi que neste país a gente tem mesmo é que colocar a boca no trombone e exigir certas coisas, com muita educação, mas com muita insistência também.
Como paciente profissional, tenho o telefone/email de todos os médicos que nos atendem no Brasil e nos EUA. Não abuso, mas uso quando necessário e eles sempre são muito bacanas comigo.
O bom é ver que as coisas podem mudar, basta lembrar da minha primeira consulta em Johns Hopkins. O mais legal é que semana passada, recebi a ligação de uma amiga desesperada porque o câncer do marido tinha voltado e eles precisavam de uma segunda opinião com urgência — o caso infelizmente é seríssimo. Acredite se quiser, mas mandei um email para o meu médico, que estava fora do país, e em duas horas, ele não só me respondeu, como copiou seu colega cirurgião. Em 24 horas meus amigos conseguiram um horário e na mesma semana vieram a Baltimore para a consulta. Tudo graças ao meu médico, que hoje além de amigo é meu anjo da guarda, assim como o Dr. Joaquim Ribeiro, no Rio.
Ao contrário do que a gente pensa, médico americano tem coração sim. Só é mais difícil de encontrar…
Bjs e melhoras pra Julia
Luciana Misura says
Dani, nem fala, a sua história com o Hopkins foi horrível! Mas só mudou porque o seu médico é bacana, porque a equipe lá continua a mesma né. E não é todo mundo que reclama, então tem muita gente ainda que continua sendo tratada da mesma forma que você foi. Que bom que o seu médico é super interessado!
Achei que você ia comentar da experiência do Joaquim na emergência, que você falou que foi como a da Julia (que felizmente melhorou!).
Lilix40 says
Que medo! Vi um documentário sobre o sistema de saúde dos EUA (não em lembro o nome… tenho a impressão que era aquele do Michael Morre, Sicko, acho) há um tempo atrás e tive vontade de CHORAR com algumas histórias!
Tinha uma senhora cujo marido faleceu por conta de burrocracias do sistema de saúde. Ele tinha câncer, não tinha plano. Ficou num vai não vai pra conseguir o tratamento que ele precisava. Não conseguiram, claro.
Lembro que o diretor fez um negócio inacreditável: levou uma galera de lancha pra Cuba pra se tratar! Juro! Não sei como ele conseguiu.
O pessoal ficou emocionadíssimo, uma senhora ficou se perguntando porque nos EUA não conseguiam se tratar em em Cuba, um lugar “tão terrível”, de acordo com o governo e a mídia, eles resolveram os problemas de graça e rápido.
Bizarro, pra dizer o mínimo.
Luciana Misura says
Isso Lilix, o documentário é Sicko, do Michael Moore mesmo http://sickothemovie.com/ Claro que ele exagera (levar o pessoal pra Cuba não precisava né) mas enfim, como os americanos acham mesmo que tudo aqui é melhor que no resto do mundo sem nem conhecer, ele fez isso pra chocar. Mas é por aí, eu trabalhei 4 anos na Leukemia & Lymphoma Society (Associação Americana de Leucemia e Linfoma) que é uma ONG enorme que ajuda pacientes dessas doenças, e ouvia cada história ABSURDA. Era mesmo revoltante o tanto de gente que perdia tudo pra poder lutar pela sua vida, porque os planos não cobriam, perdiam o emprego, cada barbaridade que era chocante. Ainda bem que muitas dessas coisas o Obama já conseguiu mudar com as mudanças que ele conseguiu aprovar, mas nem tudo. E ainda assim, na primeira oportunidade que a oposição tiver, vai tudo por água abaixo, então é uma situação ainda muito delicada. Mas pra ficar bom mesmo ainda tem muito chão.
Manu Tessinari says
Lu,
Ja assumi toda sua indignação. To morrendo de raiva dos EUA!!!! Aqui em Lima, me surpreendi positivamente com o sistema de saúde, mas sei bem o que é, em alguns momentos, querer pegar o primeiro avião pro Brasil. Força pra vc e pra Júlia!
Bjs
Luciana Misura says
Que bom que Lima foi uma bela surpresa Manu! Obrigada, a Julia está melhor, felizmente!
Theodora Marques says
Aqui em Portugal tenho esta mesma vontade, Luciana Misura…realmente o Brasil pode ter todos os defeitos, mesmo assim ainda é o lugar mais humano e solidário que todos por onde passei…beijos boa sorte
Monica says
Oi Lu,
Espero que a Julia fique boa logo.
Realmente o sistema de saude dos EUA deixa a desejar. Tive sorte com a pediatra dos meninos em Seattle, ela sempre foi super-atenciosa. E o pediatra atual e’ legalzinho mas bem tipico, do jeito que vc descreveu.
Eu sou fa de quiropraxia, tanto que levei os meus filhos com poucos dias de vida para a primeira sessao deles. Mas nao tinha idea de que ajudasse com a infeccao nos ouvidos, bom saber.
Beijos.
Luciana Misura says
Monica, pois é, quiropraxia ajudou muito no caso do Eric, se não fosse isso ele já teria operado! Beijos!
Tereza (Bruxelas) says
Puxa, fiquei admirada lendo tudo isso. Não pensava que as coisas aí fossem assim. Boa sorte com o joelhinho da Júlia. Depois vc diz se ela está melhor. Bjs
Luciana Misura says
Obrigada Tereza, felizmente ela está melhor! Beijos!
Natalia Itabayana says
Lu,
sou solidaria ao Eric, e hoje tenho uma consulta com quiropratico por causa das otites – porque na idade dele é “normal”, na minha não é mais.
Por aqui o sistema funciona de maneira diferente: temos que escolher um médico generalista, e sempre que ficamos doentes é com ele que devemos consultar primeiro. Mas eu so descobri como funciona o sistema quando precisei usar depois de um acidente. Fui atendida em urgência, e nesse atendimento o médico da montanha disse que eu teria de consultar um ortopedista dentro de 10 dias, o que fiz. Mas foi quando o ortopedista me perguntou quem era meu médico generalista que comecei a me dar conta de que o sistema não funciona como no Brasil. Eu disse que era a unica médica que eu tinha consultado até então – para um atestado de pratica esportiva – e ele escreveu uma carta pra ela. Os médicos se comunicam por cartas por aqui, fiquei surpresa.
Pois bem, voltei na médica em questão, preenchi o formulario de escolha do médico generalista e comecei meu tratamento de fisioterapia. E descobri o funcionamento do sistema de saude francês:
Aqui o sistema de saude paga grande parte dos atendimentos e remédios, e os planos de saude privados geralmente custeiam o resto ou parte do que não é coberto pelo governo. Em alguns casos devemos efetuar o pagamento na hora, mas receberemos em até uma semana o reembolso do valor (integral ou tarifas em vigor). Temos de escolher o médico generalista e preencher um formulario que é enviado ao seguro de saude publico. A partir de então, sempre que temos algum problema médico, devemos primeiro consultar nosso generalista e, se ele considerar que o caso tem complicações que vão além de sua competência clinica, ele faz uma carta encaminhando pra um especialista. Sem essa carta você pode consultar o especialista do mesmo jeito, mas a consulta não sera reembolsada dentro das tarifas em vigor. O governo instituiu esse sistema porque uma consulta com especialista custa 65 euros, enquanto a consulta com o generalista custa 23 euros. Ou seja, tava custando caro demais bancar as consultas, muitas vezes desnecessarias, com os especialistas.
Ja precisamos ir ao pronto socorro duas vezes, em nenhuma delas pagamos, so apresentamos nossos cartões. No dia que cheguei com a mão cortada, ja cheguei entregando a carta da minha médica, porque passei primeiro nela, que me disse não poder fazer a sutura por não ter equipamento necessario. Melhor coisa que fiz, porque o corte era pequeno, e a primeira coisa que me perguntaram na recepção era por que eu achava que deveria ter ido pro hospital.
Nem tudo são flores, certeza, e infelizmente a tendência mundial é adotar a medicina americana, pelo menos nos grandes hospitais (por aqui começou a chegar) mais por uma obrigação imposta pelos administradores hospitalares, grandes burocratas, que so enxergam numeros e querem transformar tudo em atendimento cronometrado.
Luciana Misura says
Natalia, aqui o sistema funciona parecido, dependendo do plano que você tem. Muitos planos exigem que você vá ao generalista primeiro, e só então ele pode mandar o pedido pro especialista, senão o plano não aprova a visita. Infelizmente a tendência é essa mesmo, primeiro os negócios, depois os pacientes 🙁 Boa sorte com o tratamento quiroprático, espero que resolva as suas otites!
Lorna says
Luciana, lamento muito pela sua filha. Eu sei muito bem o que significa dor no joelho, imagina para uma criança?
Bom, sou casada com um médico que fez a faculdade de medicina no Brasil e está terminando a residência aqui nos EUA. Eu acabo conhecendo o sistema por dentro e por fora. Acho o atendimento péssimo, os médicos nem olham para você! Uma coisa que eu fiz e que foi ótimo para mim é ser atendida no hospital universitário. Aqui, eles têm muito mais cuidado, paciência e vontade de investigar. Eu mudei o meu clínico para uma residente. Minha consulta leva pelo menos 1hora!! Quanto ao exame, aqui no Alabama eu acho o contrário: eles pedem muitos exames mesmo explicando que a chance de ser algo é quase zero, mas é melhor fazer o exame para ter certeza. Medicação é igual, acharam melhor não me dar remédio e me passaram umas mudanças para ver se eu melhoro. Outra coisa que tento fazer é marcar médico latino. Até hoje eu fui muito melhor atendida por eles. Sabe aquela troca boa médico-paciente? Com os médicos latinos eu sinto isso. No entanto, vale lembrar que eu sou casada com médico e que isso pode fazer o tratamento ser diferenciado. Sobre prevenção, os EUA são um desastre, sério! Eu ganhei bastante peso no meu primeiro ano aqui e nenhum médico sinalizou isso para mim. E obesidade, especialmente nessa parte do país, é coisa séria!
Algo que gosto de chamar atenção sobre o sistema de saúde aqui nos EUA é que se a doença é séria, o tratamento é excelente. Meu marido foi diagnosticado faz pouco tempo com uma doença auto-imune bem séria e ele já saiu do consultório com a medicação. Em 3 meses fez 3 tratamentos diferentes e hoje usa o que há de melhor. Claro que temos plano de saúde. Eu sinceramente não sei como é a vida do pessoal sem plano de saúde aqui 🙁
Luciana Misura says
Lorna, obrigada pelo seu comentário, bom saber que alguém que conhece os dois lados está vendo praticamente a mesma realidade. A vida sem plano de saúde por aqui é muito triste: as pessoas não vão ao médico. Trabalham doentes, tentam fazer tudo sozinhas, e quando vão, é em último caso, depois de sabe-se lá que sofrimento. E quando a coisa é séria, ou vão a falência pra se salvar, ou morrem porque não tem dinheiro pra pagar. É o puro capitalismo selvagem. Triste demais. Felizmente a Julia não estava com dor, apenas com o joelho muito inchado e vermelho-arroxeado. Agora já está praticamente de volta ao normal, pro nosso alívio! Infelizmente ainda não achei um médico legal pra mim, a pediatra das crianças atual é OK, mas hospitais por aqui que tratem bem as crianças ainda estou pra ver.
Brunno says
Olá,
Li muitos comentários de pessoas reclamando sobre o atendimento padronizado ou pouco empático dos médicos estadunidenses. Muitos podem considerar como causa motivos culturais ou burocráticos (diretrizes, normas, procedimentos) a serem seguidos pelos médicos. A questão é que o modelo americano de saúde predomina a medicina baseada em evidências de eficácia comparativa e soluções de mercado. Essas ideias fazem parte do Institute for Healthcare Improvement – IHI (Instituto para Melhoria do Sistema de Saúde), que têm como chefe-executivo Donald Berwick, nomeado pelo presidente Obama em 2010 como administrador dos Centers for Medicare and Medicaid Services (Centros de Serviços Medicare e Medicaid, sistemas de saúde dos EUA). O foco desse modelo é no quantitativo e não no qualitativo ou o individualismo de cada paciente ou situação… É como dissessem você é mais um dos muitos que passam aqui todos os dias e lembre-se segundo os dados estatísticos que nós temos mais da metade resolveu seu problema.
E por incrível que pareça neste ano esse modelo será exportado para a Europa, começando pelo Reio Unido que passa por uma crise no NHS – National Health System (NHS) – o sistema público de saúde inglês, depois de milhares de mortes de pacientes principalmente por negligência de gestores e profissionais da área da saúde o primeiro-ministro David Cameron pretende aplicar a “cultura de dano zero”, aproveitando ideias bem sucedidas do modelo americano.
Sobre o que aprendi dessa forma de atendimento é que preciso ir preparado com informações sobre meu estado de saúde ou receberei um atendimento padronizado. Costumo comparar uma consulta médica a um atendimento bancário com o meu gerente, se eu for despreparado logo após explicar minha situação ele vai oferecer um produto financeiro padronizado que talvez não atenda à minha necessidade e sim a dele (de vender ou de não ter dor de cabeça caso de errado), mas se eu mostrar conhecimento sobre o assunto buscando chamar a sua atenção para o meu caso, provavelmente não serei padronizado.
Luciana Misura says
Brunno, o sistema é assim muito antes do Obama apontar esse chefe-executivo. Eu moro aqui há quase 11 anos e sempre foi desse jeito. Nesse ponto, nada mudou com a mudança de governo (e nem vai mudar). E sim, quanto mais preparado você vai pra consulta, melhor a sua chance – mas você pode ir preparadíssimo (como eu ia) e ainda assim ter os seus pedidos de exame e investigação negados pelo médico por causa das estatísticas e das diretrizes dos planos de saúde, que eles seguem antes de tudo. As estatísticas aqui falam muito mais alto do que qualquer paciente, bem preparado ou não.
Fla says
Oi Lu,
Espero que a Julia melhore logo!!!
Nossa, aqui no AZ eh o oposto (falando de pediatra agora) o da Victoria foi o maximo. Sentou, conversou com a Victoria primeiro, passou uns 10min falando com ela, perguntando como ela se sentia, etc, etc. Depois ele conversou um tempao comigo, e qdo finalmente fomos falar do problema, eu falava o que estava acontecendo e ele sempre confirmava com a Victoria, achei super legal. Era problema de pele, entao ele recomendou uma pomada e foi suer detalhado em como usar, excelente.
Eu tive que ir ao medico uns 2 meses atras fazer exame normal, o medico pegou a ficha que eu tinha preenchido, leu linha por linha perguntando detalhes de todo o meu historico medico de pai, mae, etc, etc. Ateh estranhei acostumada com o sistema medico da Inglaterra que eh pessimo.
Sim, se vc nao tiver seguro aqui vc danca, eh um sistema muito ruim pela dependencia de seguro medico.
Bjs
Luciana Misura says
Fla, a Pediatra da Julia é OK, fala direitinho com ela, o atendimento as crianças em hospitais e emergências é que é na marra (obviamente na marra quando eles precisam fazer um procedimento, se o médico só tiver que examinar a criança e não precisar fazer nada não tem o que ser na marra). Quando a Julia foi na emergência por causa de uma reação alérgica a um remédio foi tranquilo, porque bastou o médico olhar pra ela e dizer que ela precisava tomar um anti-alérgico que eles deram ali mesmo e pronto, não tinha mais nada pra fazer. Moleza. A primeira consulta costuma ser assim mesmo, os médicos gastam um pouco mais de tempo perguntando o histórico, depois é que entra no esquema fast-food geral da nação. Mesmo assim, se os médicos foram atenciosos, que bom, espero que continuem sendo assim nas próximas consultas. Beijos.
Naiara Goncalves says
Nossa estoou muito chocada coom o estado de saude dos EUA.
Estou no primeiro ano de Farmacia e agora vim estudar o sistema de saude.
Nunca fui muito fã do SUS do Brasil, sempre definir como “Seu Ultimo Suspiro!”
Agora que tenho a chance de me aprofundar, vejo que o sistema aqui no Brasil se for comparar é um “Céu”!
É impressionante como as pessoas põe o dinheiro em primeiro lugar.
Sinto muito, fiquei muito revoltada, mas espero que um dia haja igualdade!
E boa sorte pra você e sua Familia!
Luciana Misura says
É revoltante mesmo. Não vou dizer que o SUS é o céu, mas considerando que aqui a gente paga uma nota preta pra ter esse atendimento fraquíssimo, com certeza seria vantagem ter uma rede pública.
Simone says
Na minha experiencia, na Italia, é exatamente o contràrio. O sistema (publico) funciona muito bem para diagnostico. Nao tem a doçura e o ninini do sistema brasileiro, mas isso é uma questao de costume. Tratamento, muito bom (e sempre publico) para as questoes agudas. Jà os problemas cronicos sao quase considerados que vc deu azar (eles sao muito supersticiosos) e isso é um problema teu.
By the way, eu adoro as séries médicas americanas e fiquei bem decepcionada com o que vc contou … 😉
Mariana says
Olá Luciana. Já ouvi um americano dizer que cirurgias emergenciais, como por exemplo as decorrentes de um atropelamento, são feitas sem custo mesmo que o paciente não tenha seguro. Essa informação procede? Se for verdade, isso vale também para estrangeiros? Estou indo passar um mês nos us, vou fazer seguro, mas vendo grey’s anatomy (hehehe) e comparando o preço de uma cirurgia (80, 100 mil dólares) com a cobertura por evento (6 mil dólares) fiquei apavorada…
Luciana Misura says
Não é verdade. O atendimento de emergência será feito mesmo que o paciente não tenha seguro, mas depois eles vão te mostrar a conta pra pagar. E isso vale pra estrangeiros também. Um atendimento simples de asma numa emergência de hospital por aqui sai uns 3-4 mil dólares. Tem que ter um bom seguro pra viajar pelos EUA.
Mariana says
Muito obrigada por responder, Luciana! Com certeza vou rever a cobertura do seguro. Espero que sua pequena já esteja melhor. Bjos
Paulo says
Tenho muita pena de você morar num país tào subdesenvolvido em matéria de assistência médica. Moro aqui no Brasil e fico feliz da vida quando tenho que ir à rede pública que é sustentada pelos nossos pesados impostos e encontrar médicos sonolentos e resmungando sobre seu péssimos salários. Pelo menos aqui não preciso ter um plano de saúde, não é mesmo? Abraço solidário!
Luciana Misura says
Pois é, pelo menos aí você não tem que pagar um dinheirão pra isso…!
Tecnorando says
Bem eu não posso dar minha opinião porque não conheço o sistema americano! Mas é preocupante!
Lucilene says
Oi, Luciana.
Estou morando há 7 meses nos EUA, em Orlando, e estou indignada com o sistema de saúde. Então pesquisando na internet encontrei o video do Michael Moore, que me deixou chooooocada, e depois encontrei o seu blog que confirmou tudo que vinha pensando e vivenciando.
Eu sou super neurótica com doença. Eu tive Tromboembolismo Pulmonar depois da cesária da minha filha e quase bati as botas. Fiquei internada no Brasil, meus médicos foram maravilhosos, minha ginecologista ia tooodo dia me visitar no hospital, mesmo o problema não sendo mais da alçada dela. Meu plano de saúde do Brasil sempre cobriu tudo. Minha filha fez uma cirurgia de adenóide no ano passado e foi tudo perfeito e não precisamos pagar um centavo, graças a Deus.
Eu ia aos meus médicos frequentemente, faço um check up geraaaal pelo ao menos 1 vez ao ano.
E chegando nos EUA, a primeira coisa que tentei entender foi o sistema de saúde e buscar bons médicos. Mas sinceramente, estou suuuuper decepcionada com o que venho encontrando.
Com o plano de saúde, nem me fale. Eu tenho o Aetna, que dizem que é muito bom, mas até agora eles só pagaram um exame que fiz no otorrino. Tive um problema de estômago e o plano não pagou as consultas que precisei fazer, nem a ecografia do abdomem e o exame de sangue que o médico pediu. Semana passada recebi a fatura de um simples exame de sangue pela bagatela de $340 (ou seja, mais de R$ 700). Achei caríssimo, se comparado com o valor de um exame de sangue no Brasil.
Resultado, como ainda não consegui encontrar o que está causando esse meu problema de estômago, aproveitei as minhas férias e da minha filha, pegamos um avião e viemos para o Brasil. Estou aqui correndo tudo quanto é médico e fazendo um check up geral com medo de precisar de médico quando voltar para aí.
Meu marido agora está com um problema no braço, carpal tunnel syndrome, e talvez tenha que fazer cirurgia. Não pensaremos duas vezes em fazer a cirurgia no Brasil. Mooorro de medo de precisar de um hospital americano.
Enfim… como fomos para os EUA para estudar, já estamos repensando e querendo ir para o Canadá. Os EUA tem coisas maravilhosas, mas saúde prá mim e minha família é prioridade número 1. Então prá mim não dá para ficar em um lugar onde o dinheiro é mais importante do que a vida.
E parabéns, seu blog é ótimo. Já tinha visto seus artigos no site “Aprendiz de Viajante” e peguei várias dicas sobre o Texas, tenho muita vontade de conhecer.
Obrigada.
Beijos.
Luciana Misura says
Obrigada Lucilene, é realmente muito complicado o estado da saúde aqui nos EUA…os americanos não tem nem noção do quanto é ruim porque eles não conhecem nada melhor que isso…então acham que o que eles tem é bom. Se o Canadá não fosse tão frio eu já teria me mudado pra lá há muito tempo 😉 Quando for ao Texas me avise, é um estado muito interessante!
Karen says
Boa noite. Estava pesquisando sobre seguro de saúde e afins nos eua e cheguei ao seu blog. Estou apavorada com o que li. Daqui 5 dias estou indo a passeio e ficarei 19 dias na california. Estou so com o seguro saude do cartão de crédito. Quer dizer então que se eu tiver uma gripe forte, pneunomia, cistite, inchaço no olho, sei la, não vou conseguir ser atendida adequadamente? Mais uma preocupação pra minha cabeça…
Luciana Misura says
Karen, tem que ver qual é a cobertura oferecida pelo seguro do seu cartão, e se for o caso comprar adicional. Uma crise alérgica na emergência pode custar até 5 mil dólares…
ana santos says
Voce tem que ver o que este seguro do cartão cobre, nos Estados Unidos se ano voce esta ferrada.
ana santos says
Moro na Inglaterra a medicina e dirigida pelo governo, automaticamente ja e descontado do seu salario todo mes os custos medicos e igual para todo mundo. O medico de familia voce tem que esperar 1 semana para ser atendido a consulta nao pode durar mais que 15 min. voce nao pode falar de 2 problema de saúde e tudo muito rápido e com computer também, os médicos nem te olham no rosto e parecem estar sempre com presa e um pouco impacientes se voce demora a relatar o que esta acontecendo. Você e que tem que insistir para um exame de sangue, eles nunca te mandam para um especialista so se a pessoa estiver morrendo mesmo, você nao pode chegar no hospital de emergência so se estiver morrendo mesmo eles te mandam para casa e ir ao teu medico de família. Os hospitais aqui na Inglaterra o lema e economizar o máximo possível depois e que vem o doente. Para certos exames a pessoa espera 3 a 6 meses, porque nao tem maquinas suficiente. Se você quiser um atendimento melhor e mais rápido terar que ter um plano de saúde particular e ainda pagar aquele do governo.
Luciana Misura says
Pois é Ana, o problema é que aqui a gente paga caro pra receber um serviço parecido com o que vocês tem de graça…se essa fosse a nossa opção gratuita, e quem quisesse pagar por fora pudesse escolher, não seria ideal mas já seria melhor do que o que temos atualmente.
ana santos says
E na Inglaterra se a pessoa fuma ou bebe, o tratamento sera o mais econômico possível. Porque esta pessoa para o sistema ja e um potencial de morrer mais rápido. Crianças na emergência sao tratadas com atenção. Mais se e uma doença grave com poucas chances de sobrevivência nao sera tratada, porque o sistema nao joga dinheiro fora.
ana santos says
Eu tenho uma amiga que mora nos Estados Unidos ela tem um bom plano de saúde, entao ela e muito bem atendida ótimos médicos, medico de família muito paciente e examina muito bem se precisa fazer algum exame ela faz e tudo por conta do plano de saúde. Quando ela ganhou o bebe a gestação toda acompanhada do começo ao fim com todo o conforto e excelentes médicos.
Luciana Misura says
Que bom, ela provavelmente nunca teve um problema de saúde grave e a gravidez deve ter sido muito tranquila, pergunta pra ela quantas ultrasonografias ela fez…talvez você se surpreenda com a resposta…eu sempre tive planos de saúde excelentes, inclusive um plano que cobria 100% de tudo, o que é raríssimo por aqui. E isso não impediu que o atendimento sempre fosse fraco e que o pré-natal fosse pior do que no Brasil. E “bom” é um conceito muito relativo, a maioria das americanas que eu conheci acha que o pré-natal com duas ultrasonografias a gravidez inteira sendo a segunda e última com 20 semanas é “bom”. Ah, e na Inglaterra o sistema público oferece a mesma coisa que o sistema particular aqui (no pré-natal). Ou seja, a gente está pagando caro pra ter o que vocês tem de graça.
carolinewe@gmail.com says
Olha eu estou em Ny a procura de um obstetra para parto e estou assustadíssima com os relatos. Eu francamente nem sei o que é pior. Pois no Brasil eu tinha Unimed e a médica pedia exames e nunca tinha vaga para NENHUMA ultrassom no Rio de Janeiro. Se não fosse por encaixe que consegui através da mãe de uma amiga (chato dizer que conseguir através de jeitinho brasileiro mas era isso ou nada), todos os lugares, nem pagando particular, tinham vagas para ultrassom. Eu descobri minha gravidez com quase 3 meses e minha médica pediu uma ultra que seria para fazer até 3 meses e não tinha vaga em NENHUM lugar no Rio, somente para 4 ou 5 meses depois quando tinha. Antes de vir para NY minha médica pediu para fazer a ultrassom morfológica e os lugares só tinham vaga para 2015 (só para lembrar novamente: EU TENHO UNIMED E PAGARIA QUANTO FOSSE PARTICULAR SE FOSSE O CASO). No mais, eu morava no Flamengo e passei mal. Meu noivo me levou para o hospital mais perto de casa que atende Unimed na Laranjeiras e tive atendimento negado dizendo que lá não tinha obstetra e para que eu fosse atendida deveria ir para Campo Grande ou Duque de caxias. Quem não conhece o lugar pode ver no google maps que fica MTO LONGE da minha casa, isso significa quase 2hrs e meia de distancia com sorte por causa do trânsito. Ligamos para outros da Unimed próximo minha residencia e para própria unimed e todos disseram o mesmo que não há obstetra que deveria ir para Campo Grande ou caxias, um absurdo na minha opinião. Em Petrópolis, minha sogra tem Unimed (o mais caro!!) e ela precisa fazer vários tratamentos devido ao cancer que ela teve e está pagando TUDO particular (inclusive está tendo que processar o plano) pois não tem médicos ou vagas para ela. SUS então nem pensar!! Minha sobrinha teve virose, tbm em Petrópolis /RJ a fila absurdo e atendimento “HUMANITÁRIO??”, ela desmaiou após uma medicação e se minha irmã não visse e chamasse os médicos/enfermeiros os mesmo não veriam pois estavam ocupados no facebook enquanto pessoas esperavam para ser atendidos. Eu começo a chegar a conclusão que saúde está ruim em todo lugar e é questão de sorte. Como tive que me mudar com 6 meses de gravidez por conta do meu noivo para NY não me resta nada a não ser pesquisar médicos, pedir indicações e contar com a sorte pois vejo que aqui as coisas não estão boas tbm. Quem tiver indicações comenta abaixo. Abs
monica silva says
pelo jeito a medicina esta em crise mundial,aqui no Brasil já está acontecendo esse processo de consultas à jato,tanto no SUS como no particular.No Rio o médico do Municipio tem que atender pelo “menos” 36(!) pacientes de Endocrinologia,por exemplo,em um periodo curto de 6 a 12horas!é complicado,pois trata-se de uma especialidade em que tem de orientar ao paciente sobre cuidados com doenças como o Diabetes,por exemplo e a maioria dos pacientes têm dificuldade de compreensãoÈ um desgaste muito grande pro médico que não sabe o que fazer para conciliar o dever de cuidar com a produtividade pedida.No particular além da falta de tempo pra consulta ,ainda tem o salário baixo,como no SUS.È,pelo jeito tá feia a coisa no mundo todo!
Ligia says
Foi de grande utilidade, essas informações. Não sabia que era assim! Agradeço muito!
graca says
Boa tarde!
Estou a procura de material sobre o sistema americano de saude pois tentarei realizar o exame nacional de fisioterapia aqui nos EUA. Voce acha que poderia me ajudar? Algum livro, apostila, em fim , estou orocurando tambem. Penso que se for em portugues me ajudaria melhor a entender . Te agradeco desde ja .
Sou fisioterapeuta e ja possuo minhas credenciais aceitas nos EUA.
Obrigada
Graca
Luciana Misura says
Não, não conheço nenhum material didático dessa área de saúde, nem ninguém que tenha feito essa prova. Boa sorte!
graca says
muito obrigada de qualquer maneira!
Mas se voce tiver oportunidade de conhecer algum (a) fisioterapeuta brasileiro te agradeco se eu puder manter um contato ! Sabe aquele ditado : bata a porta que ela se abrira?! Tambem tenho feito a minha parte! Sucesso pra vc e sua familia!
MARISTELA says
Consertam o corpo e deixam a cabeça explodir… kkkkk essa observação me fez chorar de rir …..Bom na verdade, estava procurando a verdade sobre o Obamacare e achei voce kkk tenho seguro saude pela Empresa , mas preciso entender o que é esse tal malhado pela mídia “”Obamacare” moro nos USA há 10 anos. tudo que relatou é verdade !!!! eles não fazem um trabalho preventivo, só dão remédios pra voce ir tocando a vida. Tive um probleminha com uma medica, que só sabia me receitar o famoso Ibiprofen…aí na terceira vez, falei pra ela que nao precisava mais dela, porque o Ibiprofen !!! podia ir na farmácia e comprá-lo sem precisar pagar ela kkkk aí mudei de médica. aiaiai. Fico preocupada , porque vejo o que ele sofre com os médicos, nao resolvendo o problema e só manda ele tomar remedios, causando outros problemas. Isso porque ele é americano !!!! eu fico imaginando EU imigrante aiaiai help please entender esse Obamacare. obrigada.
Luciana Misura says
O Obamacare não muda nada disso que a gente já conhece pra quem já tinha plano de saúde, a única diferença é que agora tem mais coisas que são cobertas pelos planos (que eles são obrigados a pagar com a nova lei) e eles não podem negar cobertura pra ninguém por doenças pré-existentes (exemplo, se alguém tem uma doença de coração hoje e perde o plano de saúde e vai procurar um novo, eles podiam negar plano pra pessoa, e agora não podem mais). Pra quem não tinha plano a coisa muda, porque agora todo mundo tem que ter, e essas pessoas podem comprar um plano através do site do governo com as opções de planos independentes (mais baratos) do que o que tinha por aí. Enfim, pra quem tinha plano, as mudanças não são muitas (a cobertura aumentou, e alguns planos resolveram aumentar o custo também, pra “compensar”), vai mudar mais pra quem não tinha nada.
Sidra says
boa noite Luciana,
Puxa, eu imoagimo como tenha se sentido em relação a Julia, ficamos com o coração partido qdo vemos nossos filhos precisando de ajuda profissional e nao sendo tao bem cuidados. Vc pode me ajudar por favor? Estou indo para os Eua estudar durante 1 ano com meu marido e meus filhos de 5 e 4 anos e estou pesquisando sobre seguros. Tenho uma opç
Sidra says
desculpa Luciana acho q enviei s/terminar. Tenho uma opçao de apolice de ate $ 1 milhao porem o preço ta bem salgadinho e uma outro que é de $ 50 mil por evento o que achei interessante e estar um preço bem mais acessivel. Estamos indo agora em Dezembro, todos fizemos check-up e deixamos tudo em ordem , logico q eventualidades acontecem, vc acha muito arriscado pegar este de $ 50mil? obrigada pela ajuda das postagens e dicas!!!
Luciana Misura says
Se você puder pagar a mais cara, pague. Porque 50 mil aqui vai rapidinho em caso de internação (obviamente pra coisas simples do dia-a-dia, atendimento numa emergência e tal, é suficiente – mas pra uma semana de hospital pode não ser muito). Exemplo: pessoa que eu conheço estava passeando em Miami com o filho, que quebrou o braço e teve que operar e colocar três pinos. Custo total desse atendimento, com a cirurgia pra colocar os pinos e a estadia rápida (um dia) no hospital: 18.800 dólares.
Valeria Christina says
Luciana , quanto ao atendimento das clinicas que frequento , todos eles são excelentes , com médicos competentes e que se preocupam em fazer perguntas para definir o que vão pedir de exames ou diagnosticar o problema . Aqui no Brasil , realmente nós que temos o privilégio de ter um plano de saúde pago, somos bem atendidos. Se bem que mesmo quem não pode, e usa os públicos, depende de sorte, pois na esquina da minha casa tem uma Clinica da Família ( Um novo sistema de saúde pública , que trabalha encima da prevenção ) , que só ouço elogios de quem a frequenta. pelo que vejo, eles prestam um excelente atendimento, vão até na casa das pessoas de tempo em tempo, ver se estão se cuidando direitinho. Estive ai por 3 meses e realmente vi que em termos de atendimento médico , o Brasil esta muito a frente.
Juliana says
Concordo em gênero, número e grau!
Excelente texto!
Perfeitas suas colocações.
E frustrante. Realmente não há prevenção.
edineia passos says
Oi Luciana, provavelmente você tem custo somente com a saude nos EUA. Escolas, segurança, impostos são gratuitos ou bem mais em conta que no Brasil. Gostaria de saber se não vale a pena investir em um plano de saude melhor ou pagar particular?
Luciana Misura says
O atendimento ruim e sem prevenção independe do plano, como falei no texto, já tive dos melhores planos que cobriam tudo, e ainda assim era ruim (na minha gravidez da Julia por exemplo, que o meu plano era top e cobria 100% de tudo, e mesmo assim a médica só aceitou fazer 2 ultrasonografias a gravidez inteira…isso é o “normal” aqui…). Pagar mais ou pagar outro plano não melhora o atendimento, nem particular. A mentalidade é a mesma.
Renata Sanches Godoy says
Oi Luciana BoaNoite, estava lendo suas mensagens, obrigada pelas dicas, só estou um pouco assustada qto aos atendimentos hospitalares , pois tenho uma menina de 2 anos e estamos indo para Austin ainda este ano e pretendemos ficar mais ou menos 2 anos , se puder passe seu e-mail .obrigada .Renata
Luciana Misura says
É complicado mesmo! Vou te mandar um email.
Marina says
Luciana, bom dia!
Meu marido foi aprovado num programa da PhD na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign. Ele está morando lá desde agosto do ano passado e eu estou indo agora dia 06/02. Estamos com uma dificuldade imensa em organizar nosso raciocínio para a contratação de um plano de saúde pra mim. Vou tentar lhe explicar o que temos em mãos:
1) eu posso entrar como dependente no health insurance dele, que é feito pela universidade. Neste caso, pagaríamos 1500 dólares, aproximadamente, por semestre e eu teria acesso a um atendimento bem básico. Casos de procedimentos ou exames não seriam totalmente cobertos e eu teria que desembolsar o valor que já sabemos não ser barato.
2) eu contrataria uma assistência de viagem no Brasil e tentaria viver assim. Caso necessite, faço aquela ligação, aguardo me encaminharem ao hospital mais próximo etc. No entanto, o que mais vejo são reclamações de pessoas que não foram devidamente atendida pelo pessoal da assistência.
3) me disseram que talvez eu pudesse fazer um plano aí mesmo. Mas eu não terei Social Security Number, pelo que entendi, então não sei se seria possível.
A verdade é que estamos desamparados. Perguntamos para outros brasileiros que lá vivem e ninguém parece conseguir explicar pra gente o que fazer. Alguns tem plano, mas não passam os contatos, nem mesmo os nomes. Quase todos dizem pra fugir do da universidade, porque dizem ser caro. Eu sou super preocupada com saúde e tenho infecções de garganta constantemente. Não sei o que fazer… Então achei seu post e fiquei maravilhada. Eu consigo fazer um plano de saúde aí, mesmo sem o Social Security Number?
Muito obrigada desde já e um abraço!
Luciana Misura says
Marina,
O plano que ele tem me parece bem ruim, mas não sei que tipo de plano vocês conseguiriam, então é sempre uma questão de comparar as opções.
Você não disse quanto tempo vai ficar aqui, o que é uma informação bem importante a ser levada em consideração quando você fala em comprar um plano no Brasil. Mas sim, é possível comprar um plano no Brasil, meus pais tem um, pelo Banco do Brasil, que eles pagam mensalmente, já que vem aqui me visitar duas vezes por ano e ficam vários meses no total. O plano é bem razoável, eles já usaram algumas vezes e cobriu atendimento em clínia de emergência e na emergência do hospital, alguns exames e medicação. Existem diversos planos conhecidos como o WorldNomadas, Mondial, GTA Assist, tem que fazer orçamentos e comparar preços e coberturas.
Pelo que eu sei do Affordable Care Act (Obamacare) você pode sim comprar um plano de saúde pelo Marketplace. De acordo com essa página https://www.healthcare.gov/what-do-immigrant-families-need-to-know/ do site oficial, imigrantes legais podem comprar planos de saúde no marketplace, mesmo que não tenham social security. Essa parece ser a teoria, na prática mesmo não sei como funciona, é tudo ainda muito novo e com vários problemas sendo resolvidos, mas te aconselho a passar no site https://www.healthcare.gov e fazer a simulação para ver o que tem disponível, coberturas e preços.
Boa sorte, espero ter ajudado!
veronica says
queridas colegas. faço uso do sus com muito orgulho,desde já tenho 40 anos,tudo que precisei no meu pré-natal sem custear nada,pq já pago nos impostos. perdir as contas de exames que realizei ,no entanto sou consciente que o sus deixa muita coisa ainda a desejar.mas como profissional saúde aqui em pernambuco tem melhorado muito.minha filha é atendida mensalmente na pediatria e não estar doente,meu esposo foi socorrido c/dor abdominal foi atendido rápido , minha cunhada também c/ os mesmo sinais e sintomas foi diagnosticado tumor ,fez cirurgia rápido e hoje estar dando continuidade ao tratamento tudo pelo sus. existe o atendimento em casa para pessoas debilitas e outras coisa mas.se for fazer uma comparação do que vir do filme sicko ,prefiro meu BRASIL!
Lidia says
Já morei nos EUA, e fora duas gripes fortíssimas, que me deixaram de cama, não precisei de atendimento médico.
Porém, em outra ocasião, como turista, tive uma febre de mais de 40 gráus e, mesmo com seguro saúde, fui atendida por uma enfermeira, fria como um iceberg, que me administrou 2 aspirinas e me deixou em uma maca, até a febre baixar, e só.
Durante os 13 dias que fiquei lá, eu tomava as tais aspirinas e esperava a febre de 40 gráus baixar.
Na volta ao Brasil, o médico disse que estava com uma virose das brabas e que se ficasse mais tempo sem o antiviral, poderia ter consequências sérias.
No Brasil, eu uso o SUS e não tenho queixas. Todos os anos faço check-ups completos, com todos os exames necessários e nenhum médico nunca negou qualquer exame, muito pelo contrário, pedem exames até demais.
Já tive convênio médico e era atendida em todas as especialidades, sem problemas, inclusive, fiz uma cirurgia com sucesso total.
Clínicos gerais, ginecologistas e pediatras, tem aos montes no SUS. O que demora é o atendimento de médicos especialistas.
O povão reclama do atendimento, mas qualquer dor de barriga, que poderia resolver em casa, correm para os postos de saúde e os que realmente precisam de atendimento, ficam prejudicados (falta bom senso).
O atendimento pelo SUS não é perfeito, mas é de GRAÇA, e o paciente não paga nem os remédios. Além do mais, existe o tratamento de AIDS, totalmente gratuíto, e as campanhas de vacinação, que imunizam contra várias doenças, inclusive a gripe.
Ninguém aqui no Brasil (nem mesmo os estrangeiros), tem o atendimento à saúde negado.
Kelly says
O atendimento médico americano é frio e irresponsável. Após preencher um longo questionário com um assistente, o médico entra e mal olha pra você! Não fala quase nada e muito menos te toca. Sequer fazem o exame de toque nas mamas! O doente precisa dizer o quais problemas ou doenças acha que tem e quais exames quer fazer!! E mesmo assim, eles dificultam para fazer o pedido médico. Até um simples exame de vermes, rotineiro, é complicado! Sem contar que, mesmo com plano de saúde, paga-se uma taxa de 10% em cada consulta, num valor em torno de $20,00 a $30,00!!! Após passar por 5 médicos ginecologistas durante minha gravidez, 4 deles no mesmo consultório, onde atendia o que estivesse no consultório no dia que marcaram sua consulta, independente de sua preferência, nenhum queria fazer meu parto porque a minha cirurgia de cesárea anterior, realizada no Brasil, estava quase imperceptível! E ainda conseguiram me grampear toda e deixar uma cicatriz horrorosa!! E como se não bastasse, nosso plano não quis cobrir os custos do parto, e chegou uma conta de $7.000,00!!! Ainda bem que ninguém pode ir preso nos EUA por dívidas médicas e hospitalares!
Marilia says
Oi Luciana,
adorei seu post. Estamos nos mudando pros EUA e o que mais me preocupa, de tudo que li, é realmente o sistema de saúde daí… Aqui está bem complicado também, preciso de uma consulta pro meu filho e só pra daqui 3 semanas… com um belo plano de saúde. Mas uma coisa que não li no seu post foi a respeito da cobrança por certas consultas e exames, ou cirurgias… como funciona isso? É realmente muito caro?
Obrigada!
Luciana Misura says
Marilia, vai depender do seu plano de saúde. Tem planos ótimos que cobrem tudo (raríssimos) e a maioria tem co-participação. Você paga um valor nas consultas (tipo 25, 35 dólares de “co-pay”) e tem planos que tem porcentagens (tipo 10%, 20%, até 40% do valor). E sim, é realmente muito caro. Eu e o Eric fomos a um ENT (otorrino) na sexta-feira, e as nossas consultas + os dois exames que fizemos no consultório mesmo (um raio-X e não sei o nome do outro, uma câmera pra checar as minhas cordas vocais) deram um total de 800 dólares. Tem plano que cobre tudo, tem plano que cobre parte, o nosso cobre 80%…
Flávio Santos says
Oi Luciana, moro em Lisboa, Portugal.
Aqui há saúde pública como no Brasil mas paga-se 5 € por consulta. Um bom plano de saúdo ronda os 40 € por pessoa. Há mais baratos mas não cobrem tudo.
Na saude publica de Portugal voce e a sua familia tem um unico médico, todas as consultas passam por ele, é um clínico geral, ele depois direciona para um especialista, isto as vezes atrapalha porque já sabe que o médico não percebe daquilo e que é tempo perdido ir nele mas tem que ir na mesma, o atendimento também deixa a desejar na maioria das vezes, é raro conseguir um bom médico, eles tb fazem muita indifirença.
Quanto aos planos de saúde privados não tenho que reclamar.
De modo geral acho que todos os paises tem problemas com saude, o Brasil tem um bom sistema publico nas pequenas cidades, em São Paulo por exemplo é o pior que há e um bom plano de saude pode custar R$ 500 por mes…
Fernanda says
Luciana, tudo bem? Pode me passar seu email? preciso muito da sua ajuda.
Luciana Misura says
Fernanda, é só me mandar mensagem pelo Contato que eu respondo: http://luciana.misura.org/contato/
Luciana says
Oi Lu, nossa fiquei chocada de saber que o sistema de saúde aí é assim. Trabalho no judiciário e morro de dó de quem tem plano de saúde no Brasil, afinal 99% é uma enganação. E aí sobra tudo para a justiça resolver, leva meses até anos para se ter uma solução e nem sempre é animadora. A maioria dos planos de saúde estão cortando médicos que pedem muitos exames. No ano passado levei minha filha ao médico com dores abdominais, no pronto socorro do hospital, o médico que estava de plantão medicou, deixou ela de observação e depois de 5 horas e de muita medicação a dor ainda não havia passado, o soro terminou e o médico simplesmente disse que não era nada, mandou ela para casa. Você acha que eu fui? Fiquei ali parada e disse a ele que só saia dali com um pedido de ultrassom em mãos com urgência ou que ele chamasse a policia para me tirar dali. Foi uma briga e tanto, mas no final eu venci. E quando ela fez o ultrassom descobriu que estava com uma pedra bem pequenina nos rins. E tem essas e outras coisas que a gente passa que nem vale a pena falar, eu rezo para ninguém ficar doente, porque é triste, vergonhoso. Fui fazer uma histeroscopia recentemente para retirar um pequeno cisto, a médica ao invés de me atender ficou no celular digitando, que agora aqui virou mania whatsapp, ninguém merece, depois que a assistente dela me cutucou muito e não conseguiu fazer o procedimento, então ela veio ver o que podia fazer, também não conseguiu e ainda ficou com raiva quando eu falei que agora só fazia o procedimento no centro cirúrgico com anestesia e com outro médico. Então médico de convênio às vezes consegue ser pior que enfrentar a fila do SUS. Só para finalizar quando minha filha tinha 4 anos ela começou a sentir dores, na época estava desempregada e sem plano de saúde, então não existia outra solução a não ser o SUS, e por incrível que possa parecer os médicos da Santa Casa de São Paulo deram o melhor atendimento que já vi na minha vida, minha filha chegou lá com sintomas de gripe e foi internada na UTI com pneumonia. Foram cinco dias de internação, mas até hoje lembro da minha filha agarrando no pescoço da médica chorando porque não queria deixar ela. A médica ficou tão emocionada que chorou, foi comovente. O tratamento que eles dão as crianças é tão especial que ficou gravado na minha memória. Então, eu acredito que a medicina é um dom para poucos. Espero ter contribuído um pouquinho, agora eu e minha filha estamos nos mudando para Liverpool, UK. O sonho dela é ser médica e estamos correndo atrás disso, hoje ela tem 16 anos. Espero que ela realize o sonho dela e possa ser uma médica muito especial. Abraços e espero que encontre médicos mais humanos.
Michelle Grossi says
Bom dia, Luciana. Estou juntando dinheiro há algum tempo, para sair do Brasil com minha a família. Confesso, que meu pé atrás com os EUA existe exclusivamente pelo sistema de saúde americano. Aqui no Brasil, conseguimos ter um plano por nossa empresa, com quarto particular para os 4 membros da família, por pouco mais de R$ 900,00 por mês. Gostaria de saber se por aí os valores são semelhantes, ou se ter um seguro com cobertura 100% é só para os ricos?
Jessica Adriana barg says
Nossa não imaginava que a saúde aí era assim,penso muito em morar em Miami,mas após esse post fiquei preocupada! Uma pena ser assim!
Nadia says
Morei dos 23 aos 35 na Espanha e sempre gostei muito do sistema de saude. Ao principio so utilizava publico e nunca tive problemas, vc normalmente tem q passar por um clinico geral antes de conseguir hora com um especialista e dependendo do especialista demora mais ou menos conseguir hora. As poucas vezes q tive q ir ao pronto socorro tb achei o servico prestado muito bom. Pediam todos os exames q pareciam necessarios tinha q esperar na fila logico p ser atendido pero p ser publico me parecia excelente. Quando pensei em ter um filho comecei a pagar um plano de saude e tb sempre me pareceu bom, vc pode gostar mais ou menos da cara do medico das enfermeiras mas o q eu gostava e q na minha opiniao sempre usavam bastante etica e bom senso pediam o q era necessario me parecia o criterio bastante similar aos medicos q utilizei no Brasil.
Ha 3 anos moro aqui nos EUA e senti muuuita diferenca. A sensacao e q os medicos so vao pedir o q sabem q os planos pagam e sinceramente muitas vezes aqui sao muito superficiais. Nao sou p nada o tipo de paciente chato q fica buscando motivo p ir ao medico e fazer mil exames mas aqui e tudo muito por cima, sao muito educados e sempre querem dar um otimo ‘customer service’ mas investigar o seu problema muito nao vao, a menos q vc esteja muito mal. Quando cheguei aqui busquei um ginecologista p fazer o check up anual. Busquei opinioes na internet (aqui todo o mundo poe opinao na internet p tudo e tb buscam os medicos assim) e fiquei espantada muita gente reclamando do ginecologista q apos o parto vai direto ao marido e aborda de mal jeito pedindo o cartao pq esta tendo problemas com o seguro!! imagina q stress!! Parece q os seguros de saude sao um laberinto de clausulas e vc nunca sabe bem o q vai pagar ou nao. Nao e como no Brasil e na Espanha q vc paga a mensalidade e tudo bem.
Meu marido trabalha p uma grande multinacional americana e quando decidimos vir p ca concordamos em pagar o plano de saude mais caro (a empresa oferecia 3) normalmente as pessoas escolhem o plano intermedio q te obriga a utilizar um quadro fechado de medicos e passar por um clinico geral antes de ir ao especialista. Como ja pensavamos ter outro filho pegamos o plano mais caro q no final do ano saia uns 1.000usd a mais e achamos q valeria a pena e assim poder ir sempre ao especialista quando quizessemos. So q cada vez q vamos ao medico temos q pagar mais uma porcentagem e se vou de urgencias tb. acaba saindo bem caro. Bom e entre os espantos q eu tive aqui foi q no medico q fui p o check up anual nao me fizeram nenhuma ecografia, so mesmo Papa Nicolau. Vi q nao me mandavam os resultados por correio (tinha pedido a medica, ela hesitou depois disse q sim) e quando liguei so me disseram por telefone ‘results normal’!! Depois de pouco tempo fiquei gravida e entao comecei a procurar um medico e meu marido tb achou melhor tentar ir a um medico q atenda num hospital assim ja fariamos as ecos la mesmo. Minha surpresa ninguem te da hora antes das 8 semanas!!! Liguei p varios hospistais e assim mesmo. Dai na semana 8 te atende uma enfermeira e so depois te dam hora com o ginceco!! Ou seja so la pela semana 10 e q vc vai ser o medico!!! Eu estava com muito enjoo e fraqueza, nas farmacias aqui nao podem vender nada p enjoo sem receita medica (nao rola um dramim ou plazil como no Brasil e Espanha q todo o mundo sabe q nao tem problema tomar). Outro absurdo e q depois da eco das 20 semanas ja nao fazem outra no terceiro trimestre se vc tem menos de 35anos! No meu caso minha medica me ‘tranquilizou’ e disse q como eu era mais velha sim q teria. Bom e cheguei la era uma visita com uma tecnica de ultrassom com um ultrassom super velho q a mulher tinha q ficar sofrendo p conseguir ver quanto liquido tinha dentro da placenta! Isso num hospital super bom, Scripps La Jolla, em S. Diego. Morro de medo de ficar velha aqui com este sistema de saude superficial e caro. Por isso voltaremos a Espanha apesar de toda crise!
Luciana says
Você está certíssima Luciana.
William says
Discordo veementemente deste artigo, na íntegra. Morei em Massachusetts, onde existe um “plano freecare” que se consegue baseado na renda da família. Em 2007 minha mãe ficou grávida lá e o acompanhamento pré natal era impecável, até mesmo os remédios/vitaminas eram fornecidos. Com 5 meses de gravidez, minha mãe passou mal em casa, teve convulsão e desmaiou. Liguei para o 911 e em menos de 5 minutos estavam na porta da nossa casa, pegaram ela e disseram que levariam para o hospital mais próximo. Quando chegamos lá ela já estava completamente entubada e diagnosticada, só nos disseram que teria que ser transferida para o Mass General Hospital em Boston, porque se tratava de um coágulo de sangue na cabeça, uma espécie de aneurisma. Ela foi transferida no mesmo dia e passou 12 horas em cirurgia, onde constataram se tratar de um Arterious Venous Malformation no cerebelo, e falavam a todo momento que fariam o possível para salvar a mãe e o bebê, mas que o foco obviamente seria a mãe. Passado a cirurgia, ficou mais 1 mês em coma induzido se alimentando por um tubo no estômago e respirando por aparelhos. Médicos e enfermeiros completamente simpáticos e atenciosos, preocupados com a situacao a todo momento, mesmo com nós sendo imigrantes ilegais e somente eu fluente na língua. Um Obstetra acompanhava o tempo inteiro o caso e pedia exames semanalmente praticamente. Depois do coma ela ainda ficou 3 meses fazendo terapia ocupacional e fisioterapia antes da cesareana. A cesárea então foi mais que perfeita, nem o obstetra acreditava que a criança iria nascer tão saudável depois de tanto tempo sofrendo radiações e contrastes fortes na veia, falta de alimentação e etc. Ainda ficamos recebendo cestas de alimentação r fazendo acompanhamento durante um bom tempo depois, e só não continuamos porque tivemos que voltar para o Brasil, onde provavelmente minha mãe e bebe teriam morrido esperando ambulância chegar ou no corredor de algum hospital. Então qndo criticam o sistema de saúde americano, eu sempre sou o primeiro a defender com unhas e dentes.
Luciana Misura says
Você deu sorte (que bom), mas a sua experiência não é a da maior parte da população, e esse é o problema. Assim como tem pessoas que dão sorte no SUS. Vale lembrar que a maioria das pessoas não qualifica pro programa gratuito que você teve acesso, e também lembrando que ele existe em Massachusetts e não em todos os estados. Ou seja, é uma situação muito específica e longe de ser a regra nacional. Se você não morasse em Massachusetts a sua história teria sido muito diferente.
Fernanda U. says
Olá, Luciana, tudo bem? Meu marido e eu estamos de mudança para Austin em Janeiro/2016 e estou grávida. Quando chegarmos aí, estarei grávida de quase quatro meses. Poderia nos indicar seu obstetra? Obrigada! Um abraço!
Luciana Misura says
Oi Fernanda, claro, ele é nota 10: http://aaobgyn.com/our-physicians/robert-k-cowan-m-d/ Ele deve estar com uma clientela brasileira imensa, rsrs indiquei pra um monte de gente que foi e já indicou pra mais um monte…
Alan S. says
Uma grande amiga minha estava em férias com o esposo e os pais dela nos EUA, em Las Vegas, em 2014. O pai dela sofreu um grave derrame e precisou ser internado. Infelizmente ele não resistiu e veio a falecer 12 dias depois. A conta da internação ficou em 1,1 milhão de dólares. No segundo dia internado a conta já estava em 130 mil dólares.
Jandira says
existe tambem nos eua muito simulador de doenca acuando medico para pegar atestado e nao trabalhar?
Luciana Misura says
Nunca vi isso aqui!
Juliana says
Estou grávida , moro aqui em Corpus Christi no Texas, tenho um bom plano e “Gold” como dizem, fui fazer o pré natal essa semana , paguei o copay de $20 pelo especialista e no final me contaram que tenho que pagar 1.780 dolares pelo pre natal todo, será deduzido do meu dedutível mas é um cuidado a parte, um tratamento e não uma simples consulta médica…. eu sei que faz 3 dias que estou tentando entender o pq dessa cobraça do prénatal aqui…. tá me deixando maluquinha.
Cristian Pereira says
Oi Luciana. O post é de 2013 e estamos em 2016. Gostei dos detalhes porém não gostei do que li. O sistema de saúde continua o mesmo ou alguma coisa tem mudado de 3 anos para cá? Mas no geral, ainda compensa morar nos EUA? Obrigado
Luciana Misura says
Mesma coisa. Dá uma lida http://luciana.misura.org/2013/09/25/pros-e-contras-de-morar-nos-eua/
Marcia says
Olá Luciana! Só agora li o seu comentário, moro há 1 ano em Miami e, necessitando, consultei profissionais na área de dermatologia. Busquei a dedo, pesquisando comentários online e cheguei a uma clínica em Bal Harbour. Quis evitar hospitais, pois sempre achei o atendimento bem impessoal. Não sou mais criança como a sua filha, mas fiquei traumatizada com o mau atendimento, com a pressa e falta de atenção e de paciência em dar explicações. É bem como você escreveu: Não se preocupam com prevenção e sim em apenas medicar. No meu caso, tive prescrição para consumir esteroides à base de comprimidos e pomadas para um problema crônico que tenho. É claro que não consumi nada! O que me restou foi ligar para a linda da minha dermatologista em São Paulo e pedir que ela me ajudasse a achar um creme aqui com os mesmos componentes do que eu usava e acabou. Em tempo, esse creme não tem nada a ver com esteroides!!!! Sei que muitos americanos nos USA não tem acesso a um plano de saúde, que devo ser grata por ter um excelente plano, mas esse sistema é revoltante, eu me senti usada, manipulada nas duas vezes em que fui ao consultório. Fui atendida da forma que você bem narrou, estiveram 1 ou 2 minutos comigo e cobraram consulta nas 2 vezes em que fui no espaço de 2 semanas.
Foi essa a razão de buscar online opiniões sobre esse assunto, pois em alguns poucos momentos estive em dúvida se estava errada em me sentir da forma que me senti.
Em resumo, os médicos Brasil, salvo raras exceções, batem um bolão!
Um abraço!
Marcia
Rogerio says
É bom saber como funciona nos EUA, mas planos de saúde no Brasil é assim também. O médico boa pode pedir muitos exames pois sabe que pode ter problemas com os convênios. Trabalho na área de saúde e sei como é. O relacionamento dos planos com os hospitais são até mais complicados. Sem contar que uma consulta o médico pode receber depois de 90 dias. Tenho um médico que trabalha comigo que ele vai começar a receber pelas consultas atendidas de 5 meses atras.
Pelo menos de modo geral os médicos brasileiros tratam bem os pacientes, mesmo com todos os problemas para receber dos planos.
Priscilla Teixeira says
Oie, estou por aqui lendo teu post de 10 anos atras. Me mudei para os EUA há 1 ano e meio e a saúde aqui me frustra infinitamente. A rotina ginecológica é muito simplificada 🙁 estou planejando ter filhos, mas é muito difícil encontrar diálogo com uma ginecologista, que só coleta um papanicolau e tchau.
Faço um tratamento de alto custo para doença crônica (esclerose múltipla) e já me mudei com diagnostico fechado e tratamento em andamento. Apenas “transferi” o cuidado pra cá, então já me mudei com insurance ativo e tudo mais. No centro de tratamento, vejo muita gente que foi bem maltratado pela doença, justamente porque os médicos não investigaram aos primeiros sintomas. Na esclerose múltipla, o tempo de diagnóstico é um dos principais fatores de prognóstico.
A questão é: aqui se tem acesso aos remédios e tratamentos mais caros e mais recentes, mas você já chega ao tratamento com sequelas que se acumularam enquanto a pessoa tentava ser ouvida 🙁 – fora que eu já to querendo mudar de neurologista aqui, porque a minha tem uma conduta que me tira dos nervoooo kkkkkk (história para outro relato/textão).
Não pretendemos voltar, mas tenho pensado em manter um convênio médico no Brasil, para sair correndo quando precisar :/
Enfim, deixando meu relato/desabafo, porque caí aqui ao jogar no google “por que ginecologista nos eua nao pedem exames?” hahaha
Abraços ♥