Mais um dia lindo de inverno no Rio e lá fomos nós rumo ao Pão de Açúcar. Chegamos lá e estava absurdamente lotado, não conseguimos vaga para estacionar! A opção era ficar esperando até alguém sair, mas com uma fila de carros enorme atrás de nós, desistimos, seguimos rumo ao Parque Lage, que fica no bairro Jardim Botânico (e pertinho do Jardim Botânico mesmo).
Eu não visitava o Parque Lage desde os meus tempos de faculdade, não vou nem falar quantos anos já tem isso 😉 Depois de muito trânsito e confusão com a péssima sinalização, chegamos quase 2h depois de termos saído de Niterói (como se perde tempo no trânsito do Rio, minha nossa). Estacionamos dentro do Parque Lage mesmo, o estacionamento custa R$ 7 a diária.
O Solar Lage e o Parque
Fomos andando até o solar, que é o palacete romano que Henrique Lage construiu para sua esposa (uma cantora lírica italiana) pelos idos de 1920. Hoje em dia funciona no local a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, a EAV. Dentro do casarão estão galerias de arte administradas pela escola, e nos corredores a gente viu alguns alunos pintando (a Julia adorou, falou que queria pintar também).
Bem no centro fica uma piscina, e ao redor, mesinhas do restaurante D.R.I..
O Parque Lage fica bem na base do morro do Corcovado e você vê o morro com o Cristo Redentor bem atrás do Solar. Os jardins de mata Atlântica do Parque Lage totalizam 52 hectares e fazem parte da reserva da Floresta da Tijuca.
O solar é muito bonito por dentro e por fora, mas andamos pouco lá dentro porque as crianças estavam loucas é pra explorar os jardins. Antes do casarão, funcionou nessa área um engenho de açúcar no século 16, e as terras foram trocando de mãos até passarem a ser propriedade da família Lage.
Almoçando no Parque Lage
Aproveitamos pra almoçar ali mesmo, já tinha experimentado a comida do D.R.I. do Shopping da Gávea, uma pena que eles não tem o menu infantil durante a semana.
Julia e Eric dividiram um macarrão com cogumelos shiitake que estava muito bom, minha mãe pediu igual e eu me arrependi de não ter comido a mesma coisa! Na verdade eu queria escondidinho de batata baroa com camarão, mas eles não tinham nenhum naquele dia, infelizmente. Comi uma omelete de shiitake com alho poró e salada verde, gostosinha.
Eles tinham cadeirões pras crianças, e coisa que vejo pouco nos restaurantes brasileiros: uma folha com atividades e desenhos para colorir, e lápis cera pras crianças desenharem. Julia e Eric adoraram, claro.
O cardápio é bem variado, com opções pra quem quer apenas fazer um lanche ou almoçar, e tem café da manhã concorrido aos finais de semana (mas se você quiser tomar o café-da-manhã durante a semana também tem, das 9h as 12h e custa R$ 25, um pouco mais barato que nos finais de semana, quando custa R$ 27 e vai até as 13h). Se as mesinhas ao redor da piscina estiverem muito cheias, vale a pena comprar um lanche e levar pra comer no jardim, em um dos bancos ou mesinhas ao ar livre.
Explorando os Jardins do Parque Lage
Os jardins no meio da mata Atlântica estão mais para floresta nativa do que jardins cultivados, com a exceção do jardim em frente ao Solar, que é em estilo inglês romântico de 1840 (e que estava em manutenção, cercado). Ruas de paralelepípedo vão passando por dentro da floresta, levando aos pontos principais do Parque: um Aquário pequeno dentro de uma gruta, um playground tradicional pras crianças brincarem, um castelinho (com jeito de torre da Rapunzel), uma gruta, um lago com coreto, as cavalariças, e trilhas que vão subindo o morro do Corcovado.
Começamos pelo Aquário da EAV, as crianças gostaram de ver os peixes de rio nos 12 tanques dentro de uma gruta (que pra mim parecia uma casa de Hobbit do filme O Senhor dos Anéis!). O sol entra por cima dos tanques e estava fazendo alguns arco-íris lá dentro, que a Julia amou. Fica bem escuro nos corredores, que são estreitinhos, a Julia hesitou um pouco pra entrar. Tinha água pingando do teto em um ponto e o Eric escorregou na poça, então é bom levar crianças pequenas no colo. A maiores atrações pros meus filhos foram as piranhas e as carpas japonesas.
Seguimos rumo ao playground, bem tradicional, com balanços, escorrega, trepa-trepa, gangorras e algumas mesinhas e bancos de concreto ao redor. Como os únicos banheiros do Parque ficam no Solar e infelizmente eles não tem fraldário, tive que trocar o Eric em um desses bancos do playground. Poderiam fazer um fraldário ao ar livre do mesmo jeito que vi na Lagoa! A gente tinha levado uma bola e as crianças se divertiram por ali, o Eric correndo atrás da bola e a Julia experimentando todos os brinquedos. O escorrega está precisando de uma manutenção urgente…
Depois da brincadeira continuamos andando pelo jardim. Vimos o Coreto, bem bonitinho, ao lado de um pequeno lago.
Seguimos rumo ao Castelinho, com a sua torre alta que dizem ter uma vista legal, mas o acesso estava bem escuro e molhado pra subir, acabamos desistindo.
Passamos pela Gruta, interessante mas também bem escura, não tem nenhuma iluminação lá dentro e chegamos num ponto onde demos meia volta porque eu ouvi barulho de morcegos e não dava pra enxergar mais. A Julia mal entrou, achou muito escura. Por fora a gruta é bem lindinha, tem um lago e trepadeiras subindo pelas pedras, e uma pontezinha.
Quando chegamos às Cavalariças, elas estavam fechadas (embora o Parque ainda não estivesse fechado). A construção é bonita por fora, mas queria ter visto lá dentro.
Como eu estava com as crianças, nem cogitei subir a trilha, que tem elevação de 600 metros, pelo morro do Corcovado. Dizem que tem uma vista espetacular.
Foi um passeio gostoso, tem um pouquinho de tudo no Parque Lage: história, arte, natureza e diversão para as crianças.
Informações úteis
Parque Lage
Rua Jardim Botânico, 414, Jardim Botânico, Rio de Janeiro
Diariamente das 8h-17h
Estacionamento dentro do Parque, R$ 7 diária
Dicas:
– o Parque Lage tem dois portões, um fica aberto apenas para pedestres e o outro para carros e pedestres.
– tem máquinas vendendo bebidas em lata e salgadinhos e doces industrializados no térreo do solar, na lateral voltada para o Aquário (direita de quem olha para o Solar).
Outros blogs que eu li que falaram sobre o Parque Lage: Viajando com Pimpolhos e Blog Sem Destino.
Debora says
Oi Lu, tudo bem??? Delícia esse passeio. Eu amei, pena que quando fui o dia estava mega cinzento e tinha chovido muito, mas nem isso tirou a beleza desse lugar.
Parabéns pelo post. Ficou lindo!
Um beijo
Debora
Luciana Misura says
Brigada! Mas mesmo com um dia lindo tem tanta árvore alta e sombra que é difícil ver o céu ali no meio!
Marcia Aguiar says
A trilha é super insegura. Já houve pelo menos uns três assaltos a grupos de turistas (que foram divulgados, né?). Os bandidos vêm por dentro da mata e somem levando câmeras, celulares e dinheiro dos turistas (ou cariocas). É um absurdo, mas é o Brasil, né?
Quando eu era criança ia muito ao Parque Lage com minha mãe. Me lembro que uma vez entrei na gruta (quem sempre foi escura e muito úmida) e tinha um cocozão fedorento lá dentro. Nunca mais quis entrar lá! hahaha! Mas adoro o Parque!
Luciana Misura says
Que péssimo!!! Uma pena, porque deve ser uma trilha linda! Putz, essa do cocô eu cheguei a pensar se não ia encontrar algum, ainda bem que não vi nada!
Leila says
Nunca fui nessa tal trilha. Mas brinquei muito lá, até na adolescência inclusive, a gente fazia filmes de aventura em Super 8, rs. Só acho que deviam conservar melhor e reformar o playground.
Luciana Misura says
Hahaha filmes de aventura em Super 8, que demais! Eu fiz filmes com uma câmera imensa VHS, meu pai fazia filme em Super 8 quando a gente era pequeno, hehe
Simone says
Oi Luciana! Adorei as fotos. O Rio e lindo mesmo, e uma pena que seja uma cidade tao cheia de desigualdade e tao baguncada. Sou carioca morando fora do pais fugindo principalmente do caos que e a cidade, nao pro turista que vai conhecer, mas do caos que e pra quem mora e trabalha nela… Mudando um pouco o foco do post, queria te fazer uma pergunta, como voce sentiu a cidade em termos de violencia? Me refiro a violencia nos sinais de transito com pivetes, flanelinhas tentando estorquir dinheiro, assaltos, essas coisas… Um beijo, Si.
Luciana Misura says
Simone, eu achei a cidade com menos moradores de rua e pedintes, e aparentemente mais segura – mas como coincidiu com a JMJ-visita do Papa, eu não sei se o governo deu uma sumida com esse pessoal especialmente para o evento, sabe como é…
Monica says
Oi Luciana, sou leitora já há muito tempo, mas pouco “comentadora” 😉 Meu marido dá aulas de taichi aos sábados no Pq Lage, então estamos sempre por lá. Seu post está bem completo, só faltou subir um pouco (um lance de escadas, que começa atrás do solar) pra ver o lago da carpas. Meus filhos amam jogar pãozinho pras carpas enormes que vem quase na nossa mão. Bjs
Luciana Misura says
Obrigada Monica! Sabe que eu nao vi a placa pra esse lago de carpas? Eu sabia que ele existia, mas não vi mesmo! Que pena!
Barb says
Que saudade do Rio! Vc é de Niterói? Eu morava em Icaraí antes de mudar para cá 😉
Aproveite seus dias aí! Essas memórias das viagens da infância deles serão tão preciosas… E as carinhas mostram o quanto eles estão se divertindo! Eric tá enorme, lindão!
Bjsss
Luciana Misura says
Eu sou do Rio mas morei em Niterói por muitos anos (nos mudamos pra Niterói quando eu tinha 10 anos). Meus pais ainda moram em Nikiti! Brigada!
Vivi says
Amo o Pq Lage, foi um belo presente para sua amanda 🙂
No Pq Lage rola muitas festinhas estilo pic-nic, mas tem um número certo de pessoas.
O café da manhã é sempre uma delícia, vale muito a pena.
Eu amo esse cantinho no RJ 🙂
Luciana Misura says
É lindo mesmo, um dia vou voltar pra provar o café-da-manhã tão comentado!