Tiramos um dia para voltar ao Jardim Botânico, que é um lugar que eu adoro no Rio e queria muito levar o Eric pra conhecer. A Julia já tinha ido antes, e aproveitamos mais um dia lindo de sol e céu azul do inverno carioca pra ir lá (estão vendo que a gente pegou um tempo maravilhoso né).
Chegando ao Jardim Botânico
Como em todo lugar da Zona Sul do Rio, se puder ir de qualquer jeito que não seja de carro melhor pra você. O estacionamento do Jardim Botânico estava lotado com fila de carros enorme em plena Rua Jardim Botânico. Segundo a pessoa que trabalha no estacionamento, era “por causa da Jornada Mundial da Juventude”. O plano B era estacionar no Shopping da Gávea que não é muito longe, mas meu pai acabou encontrando uma vaga na praça que fica em frente ao Jockey Club, no sistema vaga certa da Prefeitura.
Museu do Meio Ambiente e exposição Gênesis de Sebastião Salgado
Entramos pelo portão que dá acesso ao estacionamento que é bem do lado do Museu do Meio Ambiente, e fomos dar uma olhada na exposição Gênesis. Assinada pelo fotógrafo Sebastião Salgado, é uma coleção incrível de suas fotografias em preto e branco de animais, paisagens e povos indígenas em diversos lugares do planeta. Deslumbrante! Infelizmente a exposição acabou agora no final de agosto, não sei para onde foi. As imagens são incríveis – da Amazônia a África, do Grand Canyon ao Pólo Sul, um espetáculo. Estava superlotado, a gente ia fugindo da multidão em cada sala, mas mesmo assim valeu a pena.
Continuamos caminhando rumo a bilheteria que fica em frente a um laguinho cheio de tartarugas que as crianças amam, Julia e Eric passaram um bom tempo observando as tartarugas enquanto a minha mãe esperava na fila para comprar os ingressos.
Almoçando no Jardim Botânico
Como as crianças já estavam com fome resolvemos almoçar. O “restaurante” (que está mais pra lanchonete do que restaurante) fica pertinho da entrada lateral e da lojinha. Estava super cheio e o atendimento foi simplesmente ridículo. Ficamos mais de 20 minutos sentados na mesa esperando algum garçon ou garçonete resolver falar com a gente – assim como as 5 mesas ao nosso redor. Todo mundo reclamando, a pessoa da mesa ao lado levantou pra tentar pegar uma garçonete pra anotar o pedido dela, que anotou e foi embora ignorando as outras 4 mesas esperando, como se ninguém mais estivesse ali. Um absurdo a falta de preparo dos funcionários pra lidar com um restaurante cheio (vamos lá: imagina na Copa…). Acabamos indo pro balcão e pedimos lá mesmo porque achei que seria mais rápido, e tinha um monte de itens do cardápio faltando…
Pelo menos o sanduíche que eu comi estava bom e a Julia comeu um omelete com salada gostosinhos. Os crepes estavam passáveis, eram teoricamente de frango com requeijão e queijo com tomate e manjericão, mas o de frango praticamente veio de frango sem mais nada. O Eric comeu, mas bom não estava. Perdemos mais de 1 hora nesse almoço, um absurdo. Tenho que pegar as fotos da comida que ficaram no celular da minha mãe pra colocar aqui.
Enquanto esperávamos (e as crianças já estavam sem paciência), demos uma olhada na lojinha, que tem uns souvenirs bonitinhos, livros legais para adultos e crianças, itens de decoração, entre outros. Até que os livros estavam com preços razoáveis, comprei um para as crianças contando sobre a ida de Darwin ao Brasil, simpático.
Passeando pelo Jardim Botânico
O Jardim Botânico é lindo, não me canso de visitar. O lago com as vitórias-régias é um “clássico” do lugar, assim como a alameda com as palmeiras que são o símbolo do Jardim. São tantas árvores que em certos trechos vira quase que um túnel, perfeito pra um dia de calor.
Fomos passeando nesse dia lindo procurando os pássaros, e achamos alguns tucanos como da última vez, bem pertinho do chafariz na rua principal onde ficam as palmeiras. Eram vários, foram voando de árvore em árvore, sempre uma árvore a minha frente. Precisava de um zoom melhor pra minha câmera nesse dia! Coisa linda ver os tucanos voando assim, nesse oásis no meio da cidade grande.
Depois fomos andando rumo ao playground, e no caminho nos deparamos com um bando de macacos, que estavam espalhados entre as bananeiras, uma laranjeira (tinham uns dois comendo laranjas) e umas outras árvores bem altas ao redor. Os macacos que estavam nas bananeiras vieram bem pertinho ver a gente, e nem ligaram pra gritaria do Eric repetindo “macaco! macaco! macaco!” entusiasmadamente, enquanto eu pedia por favor pra ele parar pra não assustar os bichos. Eles muito provavelmente estão super acostumados com as pessoas e imagino que devem ganhar comida dos visitantes (mas é proibido alimentá-los!)…estavam em frente ao orquidário. O difícil foi sair dali, porque as crianças não desgrudavam os olhos dos macacos, e eles estavam muito bem instalados nas árvores sem a menor pretensão de ir embora. Contem mais de 10! Mas consegui com muito custo convencer os dois que um parquinho bacana estava esperando ali pertinho…
O parquinho infantil do Jardim Botânico
Tem um playground muito legal no Jardim Botânico, com ótimos brinquedos para crianças de várias idades, incluindo balanços e escorrega pra crianças bem pequenas como o Eric. Ele adorou, mas não queria sair da caixa de areia pra mais nada. Julia foi logo se enturmando com as outras crianças e ficou brincando de casinha com um grupo de meninas da idade dela. O segurança do parquinho ficava de olho nas crianças fazendo bobagem, e repetia milhares de vezes para as crianças maiores desavisadas que elas não podiam usar os balanços de bebê – perdi as contas de quantas vezes eu ouvi ele repetir a mesma coisa, coitado 😉 Mas achei legal que tem uma pessoa de olho, realmente cuidando pra que não destruam os brinquedos do parque. Eric e Julia se acabaram de brincar, não queriam sair de lá pra nada, nem pra comer ou beber, foi um custo convencê-los a fazer um lanche.
Dentro do parquinho tem banheiros infantis (que não estavam funcionando) e adultos, e um fraldário do mesmo tipo que vimos no Parque dos Patins na Lagoa. Do outro lado do muro tem uma lanchonete, com mesinhas ao ar livre, que vende café, pão de queijo, biscoitinhos e afins, meus pais aproveitaram pra tomar um café no final da tarde por ali.
Saímos com o Jardim Botânico fechando, as 17h, e quase pegamos um super engarrafamento causado pelas manifestações no Leblon – a Zona Sul do Rio parou nesse dia. “Só” levamos duas horas e meia pra chegar em Niterói, e os meus amigos falaram que a gente deu sorte, uia! Realmente é pra evitar ao máximo andar de carro no Rio. Mas o passeio foi delicioso, recomendo muito pra quem vai ao Rio, com ou sem crianças!
Informações úteis:
Jardim Botânico
Endereço: R. Jardim Botânico, 1008 – bairro Jardim Botânico, Rio de Janeiro
Telefone: 21 3874-1214
Horário: 8h-17h, com período de uma hora de prorrogação no horário de verão.
Preço: R$ 6 por pessoa, grátis para crianças até 7 anos e idosos (acima de 60 anos).
Estacionamento: se você conseguir estacionar lá dentro, custa R$ 7 por carro até 5 passageiros.
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Luma says
Moro pertinho do Jardim Botânico, mas nunca tinha ido. Recebi visita recentemente e levei eles lá. Estava nublado e com um vento bem friozinho no dia, mas foi bem legal. Fiquei triste que o orquidário estava fechado pra reformas e que a parte das rosas parecia meio abandonada, mas gostei bastante. Quero ir lá num dia de sol.
Quase não vi bichos, tirando alguns passarinhos, mas vi dois esquilos.
Luciana Misura says
Luma, é incrível quando a gente mora perto desses lugares “turísticos” e nunca visitou né! Que bom que você foi! Não sei se passei pela parte das rosas, acho que não, porque as áreas que eu vi estavam bem cuidadas. Aproveite para ir cedo ou durante a semana um dia, e fique olhando para o topo das árvores, essa foi a segunda vez que eu vi os tucanos!
agda says
olá! sou de Ctba e em janeiro de 2014 conheci o Rio e, claro, fui ao Jardim Botânico. Lugar maravilhoso e cheio de paz! quero voltar com mais calma e poder curtir mais.
Luciana Misura says
Oi Agda, é lindo mesmo né, também quero voltar outras vezes pra curtir mais! E quero conhecer a sua cidade, Curitiba, só passei por aí uma vez a caminho de Santa Catarina. Beijos!