Fechando a nossa viagem ao Rio de Janeiro em julho passado, visitamos o MAR, Museu de Arte do Rio, que fica na Praça Mauá. A área inteira está passando por uma reforma, de revitalização da área do porto. Certamente vai ficar bonito quando acabarem, mas ainda fica a dúvida de como eles vão resolver o problema do trânsito depois que derrubarem o elevado da Perimetral (mas isso já é assunto pra outro post).
Como chegar ao Museu de Arte do Rio
Visitamos o MAR em um sábado pela manhã, e como sempre acontece nos finais de semana, o Centro do Rio é bem mais vazio do que em dias úteis. Mas não estava deserto não, e para minha surpresa até que o MAR estava com bastante movimento. Como estávamos indo de Niterói pra lá, fomos de carro. Não vi nenhum lugar decente pra estacionar, acabamos parando na rua atrás do museu, e um flanelinha prontamente apareceu…se puder ir de táxi ou mesmo de ônibus, com certeza é uma melhor opção.
Almoçando no MAR
Resolvemos almoçar por ali mesmo, no restaurante no térreo do museu, ao lado da loja (bem bonitinha por sinal, com os preços abusivos-normais do Rio de Janeiro). O almoço foi fraquinho: as porções são bem pequenas, e a comida não era lá essas coisas. O meu “aparecido” (o contrário do “escondidinho”) estava ruim, a carne seca dura e salgada a ponto de quase não comer. O Gabe comeu uma torta/quiche e falou que estava bozinha. O cachorro-quente que a Julia resolveu que queria de todo jeito foi a coisa mais bizarra – a salsicha era empanada e frita (!). Pra não falar que não teve nada bom, a minha saladinha estava boa e a do Gabe também. Espero que eles acertem a cozinha o quanto antes. O Eric dormiu durante o nosso almoço e foi poupado da comida ruim. Tirei fotos da comida com o celular mas não estou encontrando as fotos de jeito nenhum, quando achar coloco aqui!
Como é o MAR
Achei a entrada no museu um pouco confusa, são dois prédios interligados: um moderno e um antigo, restaurado. Eles recomendam que você comece pelo prédio novo, que não tem muita coisa (só uma exposição temporária e o terraço, em andares separados) e depois pegar uma ponte que liga ao prédio antigo onde estão a maioria das exposições do museu. Não sei como eles vão balancear isso no futuro, mas achei estranho esse fluxo. A exposição na ocasião não nos interessou, e a vista do terraço eu não achei lá essas coisas, porque é muito obstruída (o terraço deveria ter sido construído no prédio antigo, que fica de frente, do jeito que está o prédio antigo bloqueia parte da vista). E com a obra que estão fazendo em frente, não ajuda. Interessante o vídeo mostrando como vai ficar essa área depois que a obra estiver pronta.
Chegamos então na entrada do prédio antigo, onde ficam quase todas as exposições. Tivemos um problema ridículo: eu estava com o carrinho do Eric e a bolsa de fraldas dele no assento do carrinho, porque ele tinha acordado de uma soneca e resolveu andar. O pessoal que trabalha no museu disse que eu não poderia entrar com a bolsa de fraldas no assento do carrinho ou carregando no ombro, só poderia entrar se a bolsa estivesse pendurada no carrinho (!). Falei que se eu pendurasse a bolsa no carrinho vazio, o peso da bolsa faria o carrinho tombar, por isso ela estava no assento. Não adiantou explicar, falaram que “regras são regras” e que se eu quisesse entrar tinha que ser com a bolsa pendurada ou teria que deixar a bolsa no guarda-volumes (!!). Acabei tendo que colocar o Eric sentado no carrinho pra poder pendurar a bolsa do jeito que eles queriam pra poder entrar (!!!). Ainda bem que o Eric cooperou, mas eu não sei o que esses funcionários tem na cabeça, sinceramente. Eu duvido que tal regra exista da forma como eles estão interpretando e aplicando, é o cúmulo da idiotice. Não poder entrar com a bolsa é uma coisa, mas a bolsa ter que estar pendurada de um jeito X porque do jeito Y não pode é uma piada.
Exposições no Museu de Arte do Rio
Enfim, entramos no museu. Começamos pela exposição chamada Rio de Imagens, uma paisagem em construção, com muitas pinturas, desenhos, fotos, mapas, vídeos e outros objetos mostrando o Rio de Janeiro através dos séculos, é uma bela coleção. Nessas horas a gente queria ter uma máquina do tempo para ver como era linda essa região ainda intocada, com a Baía de Guanabara de águas limpíssimas, devia ser um espetáculo. Eu e a Julia adoramos 🙂 Senti falta de um folhetinho ou algum material impresso falando das exposições.
Descemos um lance de escadas e entramos na exposição O Colecionador – Arte Brasileira e Internacional na Coleção Boghici. Começamos por duas salas grandes com diversas obras posicionadas em círculo, não podia fotografar essa parte. O problema: as obras estavam apenas numeradas, e os títulos, nomes dos artistas, etc, estavam em um folheto que acabou antes da nossa chegada, então ficamos sem saber o que estávamos vendo. Apenas sentamos e apreciamos as obras, escolhemos as nossas favoritas, eu escolhi as minhas, a Julia as dela, falamos do que a gente mais gostou e seguimos adiante.
Passamos para a exposição Vontade Construtiva na Coleção Fadel que tem obras do barroco ao modernismo, incluindo Tarsila do Amaral, Hélio Oiticica, Aleijadinho, entre outros.
Depois disso as crianças já preencheram a sua cota de museu do dia (leia-se a paciência deles acabou) e fomos embora. Gostei do museu, ainda precisa melhorar algumas coisinhas operacionais (um mapinha com informações, ter folhetos suficientes, resolver a “regra” da bolsa no carrinho, melhorar o restaurante) mas as exposições achei bem bacanas (vale lembrar que as exposições mudam, se você for hoje, vai ver exposições diferentes – a única que ainda está acontecendo é a da Coleção Fadel).
Informações úteis:
Museu de Arte do Rio – MAR
Endereço: Praça Mauá, 5, Centro, Rio de Janeiro – RJ Telefone: (21) 3031 2741
Horário: Terça a domingo, 10h às 17h.
Preços: R$8,00 inteira e R$4,00 meia entrada. Grátis as terças-feiras. Criança até 5 anos não paga.
Marcia Aguiar says
Vocês comeram no restaurante Mauá ou no Cristóvão Café e Bistrô? O restaurante me foi tão bem recomendado; meu chefe foi almoçar lá hoje e gostou.
Eu achei o fim da picada ter que deixar minha bolsa no guarda-volumes. O que eles acham? Que vou enfiar um quadro dentro da bolsa? Eles não confiam em mim, mas eu tenho que confiar minha bolsa a estranhos? Tirei a carteira e o celular e levei numa bolsinha que eles fornecem. Gostei do museu – novo e antigo. Realmente a exposição permanente no prédio antigo era muito melhor do que a que estava no prédio novo, que nem me lembro do que era. 🙂 O bom é que fica bem pertinho do meu trabalho, então posso ir sempre lá visitar.
Luciana Misura says
No Cristóvão, Marcia (do lado da loja)! Esse outro restaurante eu nem vi. Qual deles foi bem recomendado? De repente já acertaram a cozinha…