Começamos o dia tomando o café-da-manhã no Crockett Hotel, que está incluído na diária. Tipicamente americano com um toque mexicano: tortillas, salsa mexicana, pra fazer um breakfast taco com os ovos mexidos. Ficamos nos pães, frutas, bolos e waffle mesmo, estava tudo gostosinho (tinha um bolo mármore muito bom).
Saímos do hotel e fomos para o Álamo, que começou a ser construído em 1744. O Álamo era uma das missões de San Antonio, se chamava Missão San Antonio de Valero. Ficou famoso como o palco da batalha entre os soldados que defendiam o Texas contra os soldados mexicanos – todos os texanos morreram na batalha de março de 1836, e a força revolucionária texana passou a usar “Remember the Alamo” (lembre-se do Álamo) como motivação para continuar sua luta para preservar a independência da nova República do Texas. Lá dentro não tem muita coisa pra ver – uma maquete de como era o Álamo nos seus tempos de missão, uma imagem de San Antonio de Valero, algumas armas, em um instante você vê tudo. O jardim é enorme e muito bonito no verão, mas no inverno não tem muita graça (as árvores são centenárias e lindas). Como já tínhamos visitado o Álamo muitas vezes, não ficamos muito tempo. Foi mais pra Julia ver novamente, já que ela estudou sobre o Álamo na escola e estava toda interessada em ver como era lá dentro (não pode fotografar dentro).
Resolvemos experimentar o Alamo Trolley, que sai bem ao lado do Álamo, com o ticket que dá direito a subir e descer do trolley onde você quiser. O itinerário desse trolley era: Institute of Texas Cultures e Tower of the Americas (que é besteira parar ali porque dá pra ir andando do Álamo até a Torre), Mission San Jose, Mission Concepcion, King Williams Historic District, Market Square (El Mercado), San Fernando Cathedral e La Villita. Pra quem está hospedado em downtown e sem carro vale a pena parar nas missões e no King Williams Historic District, que são mais afastados. As demais atrações você consegue visitar a pé (dependendo da localização do hotel, claro, mas de um modo geral downtown San Antonio não é muito grande e você consegue fazer tudo a pé).
Começamos descendo na Mission San Jose, que é a mais importante das 4 missões que fazem parte do San Antonio Missions National Park. Nesta missão tem um visitor center onde você pode assistir um filme gratuito sobre as missões (dura uns 20 minutos). Achei o filme interessante, serviu pra entender melhor como as missões funcionavam e o seu papel naquela época. Aproveitamos para pedir o livreto do programa Junior Ranger para a Julia. Para quem viaja com crianças e não conhece este programa eu expliquei quando fomos ao Grand Canyon com as crianças: você pega o livreto com atividades no centro de visitantes, seu filho preenche um número de atividades mínimo (e você ajuda, claro, o funcionário do parque vai dizer quantos tem que fazer) e quando o seu filho completar as atividades, você mostra o livro pro funcionário que ele vai conferir e entregar um distintivo de “Park Ranger” pra criança com o nome do Parque Nacional. Dá pra fazer uma coleção, as crianças adoram. Julia já tem de vários parques que visitamos.
Entramos na área murada da missão San Jose e demos sorte de pegar um tour gratuito com um Park Ranger naquela hora (no site do parque nacional tem os horários dos tours em cada missão). Ele foi explicando tudo: sobre a função defensiva das missões (contra ataques de índios principalmente), entramos em uma das casas onde as pessoas que moravam na missão viviam (embutidas nas paredes do muro), vimos os fornos onde eles cozinhavam, entramos na área onde os freis comiam e viviam e depois na igreja, que ainda funciona (as igrejas das missões tem missas aos domingos, quem quiser participar da missa pode – já me falaram que tem mariachis tocando na missa, deve ser interessante). Quando saímos da igreja o nosso guia foi falando da fachada, como era (super colorida, uma pena que o tempo acabou com os desenhos), as estátuas, muito interessante. Aí entra o problema do trolley: como tem horários definidos (o trolley passa a cada 45 minutos), se você não quer ficar 90 minutos em um lugar, tem que finalizar a visita em 40 minutos. Pra quem quer ver o filme e fazer a visita guiada, 40 minutos é pouco tempo, fica corrido. Mas também não acho que precisa ficar 90 minutos. Complicado! Acabamos fazendo correndo em 40 minutos, não vi o final da visita guiada, o ideal teria sido ir de carro (por exemplo, alugar um carro por um dia só pra ir em todas as missões).
Pegamos o trolley, passamos em frente a Mission Concepcion, mas não entramos. Passamos pelo King William Historic District, que é bem bonito com as mansões do século 19, muito bem preservadas. Não descemos na Guenther House, que é um restaurante e a casa histórica da família de mesmo nome que tinha um moinho super antigo (construído logo depois da batalha do Álamo). O brunch na Guenther House é famoso em San Antonio.
Descemos na parada seguinte, Market Square, El Mercado. O antigo mercado que vende produtos do México tem dois restaurantes conhecidos, o Mi Tierra e o Las Margaritas. A gente almoçou no Mi Tierra, comida mexicana razoável e barata. Julia amou o restaurante, todo enfeitado e coloridíssimo, com as garçonetes de trajes típicos. As lojas do mercado em si achei bem caidinhas, souvenirs massificados, tem uma coisa bonita ou outra também mas achei um lugar muito “pega turista”. Não recomendo.
Como levamos mais de 45 minutos pra almoçar tivemos que esperar mais 45 minutos pelo próximo trolley. Não descemos na San Fernando Cathedral, que era a parada seguinte, e descemos em La Villita, que é uma área histórica com lojinhas e galerias de arte. Seguimos para o Hemisfair Park pra subir até o topo da Tower of the Americas, já que o dia estava lindo com o céu azul.
A Tower of the Americas tem um jardim bonito ao redor, com umas fontes formando cachoeiras, bem gostoso o lugar. Fomos até o topo, o observatório a 176m de altura (a torre tem 228m). A vista lá de cima é OK, infelizmente mal dá para ver o rio e não dá para ver a Riverwalk, você só vê os prédios de downtown que ficam as margens do rio. Como a paisagem é toda plana, não achei que tem muita graça. Tem um restaurante giratório lá em cima, que uma amiga que mora em San Antonio falou que o happy hour é bom, então pode valer a pena comer lá e você tem a vista como bônus, ao invés de comprar só o ingresso para o observatório. Não assistimos ao filme 3D Skies over Texas, porque as crianças não são muito fãs de 3D, e a gente não queria perder a hora do último trolley.
Fui até La Villita dar uma olhada nas lojas enquanto o Gabe ficou com as crianças no playground do Hemisfair Park que a gente tinha ido no primeiro dia. La Villita estava bem mortinha em um dia de semana, ninguém circulando por lá. Também não achei nada demais nas lojinhas por ali, souvenirs variados e obras de arte caras, fomos para o ponto do trolley antes do horário marcado.
Aí aconteceu um negócio chato – o Gabe falou que quando estava a caminho do ponto, ele viu um trolley passar, mas não achou que seria o nosso porque estava 7 minutos adiantado (tem outro trolley na cidade, com outro nome). Acabou que a gente ficou lá mofando no ponto e o trolley não apareceu mesmo, então provavelmente o trolley que ele viu era o nosso. Como aquele era o último do dia, ficamos a pé. Liguei pra empresa de trolley pra confirmar mas eles já tinham fechado para o dia e só uma secretária eletrônica estava atendendo. Enfim, não dá para confiar no trolley, fiquem sabendo. Por sorte a gente estava hospedado bem perto dali, mas podia não ser o caso. Dada a nossa experiência prefiro recomendar alugar um carro pro dia que você quiser fazer os passeios mais afastados da cidade, no seu tempo, e fazer o resto em downtown a pé.
Voltamos para o hotel para encontrar uma amiga virtual que mora em San Antonio que finalmente tivemos a oportunidade de conhecer (foi rapidinho mas foi ótimo!), e depois de um bate-papo pegamos o carro pra ir até a Pearl Brewery jantar.
A gente queria jantar no Il Sogno, italiano, e nem imaginei que preciaria de uma reserva pra uma terça-feira a noite. Adivinhem se não estava lotado…tivemos que ir pro Sandbar, restaurante de frutos do mar do mesmo dono, que fica ali pertinho e tinha vaga (a própria pessoa do restaurante ligou pra lá pra perguntar). O Sandbar é muito bonitinho, o menu é de peixes e frutos do mar mas tem alguns pratos pra quem não come nada disso também. Eu pedi o prato do dia que era um peixe com molho suave de curry, que estava delicioso. O Gabe pediu um prato de carne (ele até come peixe hoje em dia, mas não é fã) que falou que estava muito bom e pedimos um prato de frango que vem com purê de batatas e vagem macarrão pras crianças dividirem (o Eric ama peixe, a Julia nem sempre come, não quisemos arriscar até porque o restaurante não é barato e não tem menu infantil). Pedimos também um creme de milho que as crianças amam, pra acompanhar. Eles servem uns pães deliciosos com pimenta preta, mas a casca do paõzinho é dura de quase quebrar os dentes. De sobremesa pedi um soufflé de pomegranate (um tipo de romã maior do que o que tem no Brasil), eles tiveram um problema e demorou muuuito, trouxeram uma sobremesa de graça pra gente esperar (escolhi a Key Lime Pie deles que tinha lido que era ótima). As duas sobremesas estavam muito boas – mas o soufflé de pomegranate foi surpreendente! Muito bom o restaurante, mais um recomendado no Pearl.
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Se tiver alguma pergunta, é só entrar em contato comigo. Muito obrigada!
Nosso roteiro dia-a-dia em San Antonio:
1o dia: Chegando a San Antonio: passeando pela Riverwalk e Hemisfair Park
2o dia: San Antonio dos cowboys e das crianças
3o dia: San Antonio além de downtown: museus, restaurantes e a extensão da Riverwalk
4o dia: San Antonio de trolley: Álamo, Missões, El Mercado e Tower of the Americas
5o dia: San Antonio com crianças: último dia no Briscoe Western Art Museum, Missões e casas históricas
Agradecemos ao Visit San Antonio pelos ingressos para as atrações e ao Crockett Hotel pela hospedagem cortesia.
Carolina says
Realmente o Alamo é bem fraquinho mesmo… Quando fui tive que enfrentar uma fila! E quando enfim entramos não tinha nada de tão bom… Consegui tirar uma foto lá dentro rsrs… O que compensou foi o jardim que estava maravilhoso pois ainda era primavera…
Luciana Misura says
Pois é, quando tem fila não vale a pena entrar mesmo! Eu adoro os jardins, a gente foi algumas vezes no verão e estava lindo! Mas agora no inverno não tinha graça…