A Barbara é uma mãe viajante que conheço pelo grupo de Viagens em Família no Facebook. Já conversamos várias vezes a respeito de viagem com crianças, é claro, e quando ela falou que estava indo para a Europa fazendo um roteiro por Paris, Amsterdam e Budapeste, eu pedi logo pra ela escrever um post aqui pro blog. Ela já tinha prometido escrever pra Claudia sobre Paris e Amsterdam então eu fiquei com a parte da viagem sobre Budapeste, que eu morro de vontade de conhecer. E agora vai ficar mais fácil com as dicas e roteiro da Barbara em Budapeste com crianças! Obrigada por compartilhar, Barbara! 🙂
Meu nome é Barbara e eu sou casada com o Raphael. Temos o Matheus, de 1 ano e 2 meses. Viajo desde que me entendo por gente! Meus pais sempre nos colocavam no carro (somos 3 irmãs) e partíamos para cidades e estados vizinhos. E é assim que eu e o Raphael queremos criar nossos filhos, com muito pé na estrada! Nessa viagem a Budapeste meus pais resolveram nos fazer uma surpresa e apareceram no quarto do hotel em Paris.
De Paris a Budapeste: O voo para Budapeste via Paris foi tranquilo, mas o horário…quando eu viajava só com o Raphael não nos importávamos de pegar voos em horários mais ingratos, mas com bebês definitivamente não dá! O voo partia do CDG às 07:15h, e tínhamos até às 06:00h para check-in. Isso significou acordar às 05:00h (pois estávamos hospedados no Novotel Paris CDG Terminal) para dar tempo de pelo menos tomar café sem (muita) pressa. Não faria de novo, só em caso de necessidade. Aliás, para quem precisa dormir ao lado do aeroporto, eu super recomendo! Tem uma área infantil na recepção do hotel, eles colocam berço no quarto e Matheus ganhou vários mimos. O café da manhã é farto, com bastante variedade de pães, queijos e iogurtes, e a equipe atenciosa.
Primeiro dia: Chegando em Budapeste fomos de táxi até o hotel (só achei transfer coletivo, e a diferença pro táxi era menos de 10 €), o que custou 34€. O Nosso hotel era o Millenium Court – Marriot Executive Apartaments. Achei a localização ótima, estávamos a poucos metros da Váci utca, uma rua de pedestres cheia de restaurantes e lojas. O quarto era muito grande, com cozinha, sala e um banheiro, tudo muito amplo (60m2). A equipe do hotel era prestativa, mas o café da manhã, que já estava incluso na diária, era regular. Poucas opções de tudo.
Depois de nos ajeitarmos no hotel fomos ao Mercado Central (que no sábado só funciona até às 15h), que fica no final da Váci utca. O mercado estava bem cheio, e o cheiro da páprica (tempero nacional) dominava o local. No primeiro andar há lojas de souvenirs, frutas e produtos típicos basicamente, e no segundo andar, os restaurantes. A ideia inicial era almoçar no Mercado e provar a Goulash (sopa húngara), mas estava muito cheio, e nas duas tentativas de estacionar o carrinho do Matheus ele foi “arrastado”, então sentamos num restaurante da Váci utca mesmo (não lembro o nome, mas era bom).
Depois, caminhamos até a Basílica de Santo Estevão para ver a mão mumificada do santo, mas estava acontecendo um casamento, então estava fechado.
Demos uma volta pelo cento e fomos jantar (cedo, mas era o único horário que consegui reservar) no Zeller Bistro. A equipe foi 10 conosco! Prepararam um cantinho especial pro Matheus, com talheres e copo de plástico e atividades na mesa, com brinquedos, giz de cera e papeis para desenhar e colorir. Os funcionários todos muito simpáticos, a comida uma delícia e o ambiente agradável! Recomendo, mas tem que fazer reserva com antecedência.
Segundo dia: No dia seguinte, fomos fazer a visita guiada pelo Parlamento Húngaro (que foi comprada pelo site com antecedência). O parlamento é lindo, tanto por dentro quanto por fora! Não é possível fazer a visita com carrinhos de bebê, é preciso deixá-lo na porta de entrada que é feita a inspeção (raio X e abertura de bolsas). Não há tour em português, mas o site disponibiliza os horários de visitação e os idiomas falados durante a visita no site. Dentro do parlamento, além da visita de algumas salas da Assembléia Nacional Húngara há também a coroa de Santo Estevão.
Saindo do parlamento fomos andando (mais ou menos 30 min) para o restaurante Menza, onde tínhamos reserva para almoço. Bem, eu não provei todas as goulashs de Budapeste, mas a deste restaurante estava deliciosa! Me fez trazer páprica e buscar a receita na internet para (tentar) reproduzir em casa! Mais uma vez, tudo muito bom: pratos, atendimento, ambiente e um banheiro com trocador (algo raro na Europa).
A parte da tarde foi dedicada a Buda. Fomos andando até a Ponte das Correntes (passamos pela Basílica, aí entramos pra tirar as fotos no interior e ver a mão mumificada de Santo Estevão) e quando chegamos a Buda tomamos o funicular até o topo (para quem está com carrinho de bebê e a criança estiver dormindo ou não quiser tirá-la de lá é só avisar ao funcionário que recolhe os tickets que eles abrem uma entrada lateral).
Visitamos o Castelo de Buda (mas somente a parte externa), que conta ainda com a Galeria Nacional Húngara e o Museu de História de Budapeste. Saindo de lá fomos até a Igreja de São Matias (precisa comprar ingresso para visitação), que é simplesmente linda! Não só o teto (que é um espetáculo a parte), mas todo o interior da igreja merecem uma atenção especial.
E logo em frente, o Bastião dos Pescadores, de onde se tem uma vista maravilhosa do Parlamento e de toda Pest (precisa do ingresso para entrar na parte coberta), que conta com bar e restaurante (não sei se eles exigem, mas as pessoas estavam bem arrumadas). O fim de tarde estava lindo, um música animada entre a Igreja Matias e o Bastião e de repente chuva! Hora de voltar.
Jantamos na Váci utca mesmo (e apesar da fama de que ruas extremamente turísticas e pedonais tem restaurantes regulares, só comemos em lugares bons), num italiano muito bom (La Cucina).
Terceiro dia: Nosso dia começou na praça Vorosmarty, pegando um metrô (o mais antigo da Europa continental) até a Heroes’ Square (que fica no final da Andrassy utca). A praça é interessante, mas bom mesmo é o que tem atrás dela.
Atravessando uma ponte, chega-se ao Parque da Cidade. Um sonho! Um antigo castelo, o Zoo da cidade, restaurantes, uma área verde enorme e a casa de banho termal Szechenyi. Essa casa de banho merece um tempo considerável, ainda mais se você quiser fazer outras coisas além do banho. Há pacotes completos de massagens e atividades na piscina. Ficamos lá por 1 hora, fomos só para o banho mesmo. Bebês são aceitos desde que usem fraldas apropriadas, mas como estava chovendo e Matheus resfriado, ele ficou com o avô (eba!), enquanto minha mãe aproveitava o spa e eu e o Raphael as piscinas.
O almoço foi um achado! O famoso restaurante Gundel é bem perto do Zoo, mas eu li em diferentes sites que as crianças deveriam se comportar como adultos (sem barulho, sem iPad, sem brinquedos, sem sujeira). Como meu filho ainda é bebê resolvi não arriscar! Fica pra uma próxima visita. Na caminhada, avistamos o Robinson Restaurante. O lugar já chama muito a atenção pela localização na beira de um lago, bem charmoso. E a comida, mais uma vez, uma delícia!
O Zoo da cidade merece pelo menos 2 horas de visita. Matheus ficou encantado com tantos animais. Há shows de acordo com a programação do zoo e uma área para as crianças interagirem com os filhotes de alguns bichos. Se pudesse, teria ficado mais tempo.
Voltamos para a praça Vorosmarty, para experimentar Pogacsa (um pão feito com queijo, muito bom!) na renomada confeitaria Gerbeaud. Não gostei muito dos doces não, apesar da ótima apresentação, mas os sorvetes estavam uma delícia! Os sanduíches e saladas também foram aprovados por nós!
Quarto dia: no último dia fomos até Citadella. O dia estava muito bonito, mas muito frio e ventando demais! Mesmo assim, valeu a subida, para poder ter uma vista sensacional, de um ângulo diferente, da linda cidade de Budapeste.
Impressões sobre Budapeste: Budapeste foi uma agradável surpresa! Andei de metrô uma vez pra fazer o trecho até a Heroes Square e só, o resto foi tudo a pé. O metrô é barato e seguro. Andar de carrinho é tranquilo demais em Pest, e em Buda perto do castelo é um pouco ruim por conta de pedrinhas irregulares, mas só um trecho. A cidade é linda, o povo simpático, ótimos restaurantes, muito kids-friendly e limpa! Recomendaria Budapeste com certeza, e pretendo voltar um dia, mas no verão. Não que a temperatura tenha atrapalhado, mas acho que como a cidade tem muito passeio ao ar livre, deve ficar melhor ainda entre junho e setembro.
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Ana says
Nossa, que lindo! Estive pertinho de lá, mas não fomos na Hungria. Mas de Viena, dava pra pegar um barco até Budapeste. Fica pra próxima! Achei essa catedral super parecida com outra que vi em Viena em março! Essa área da Europa é demais mesmo!
Barbara says
Ana, é a Stephansdom! Também lembrei dela na hora!
Adorei a Hungria! Tomara que quando for tenha a mesma impressão que eu tive!