No vigésimo quinto post da série Como é morar nos EUA, a Sueli conta pra gente como é morar em Detroit, Michigan.
Seu nome, a cidade onde mora e há quanto tempo mora: Sueli Andrade, sou bolsista do CNPq Brasil e moro em Detroit há 2 meses.
Apresente a sua cidade: Detroit é um dos lugares mais cool dos EUA. Também conhecida como Motor City e Rock City, a cidade é berço da famosa gravadora americana Motown e foi a partir de seus arredores que surgiu a techno music. Essas marcas que definem Detroit foram construídas ao longo das últimas décadas. A primeira delas, Motor City, deu-se pela forte e determinante presença das sedes das principais montadoras de carro dos EUA, como por exemplo a Ford, General Motors e Chrysler. Essa ocupação desde meados do século passado, influenciou toda a cultura, hábitos e economia da cidade. Por exemplo, investiu-se muito mais em estradas do que em transporte para suprir a oferta gerada pela indústria automobilística.
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É também a cidade do rock em função do grande número de bandas do estilo que surgiram na cidade durante as décadas de 60 e 70, como por exemplo Alice Cooper e The Stooges. O título de “cidade do rock” se consolidou com o famoso single do grupo Kiss feito em 1978 chamado Detroit Rock City. Fora isso, a cidade sempre produziu e continua produzindo muito jazz, blues, hip hop e gospel. Prova dessa efervescência musical é gravadora Motown que em fins da década de 1950 surge para dar conta de atender a enorme demanda da produção musical afro-americana e assim promover artistas do calibre de Aretha Franklin, Stevie Wonder e Jackson 5. Fechando o breve perfil musical de Detroit, foi nos arredores da cidade e também a partir da cultura afro-americana que surgiu o techno. Este estilo musical eletrônico pode ser considerado uma forma bem legitima de expressão da cultura e atmosfera pós-industrial, explodindo dos clubes de Detroit para o mundo nos idos anos 1980.
Hoje, em um contexto pós-crise e já em vias ascendente de recuperação econômica (ao menos para regiões como Downtown e Midtown que vem recebendo massivos investimentos imobiliários e privados de toda espécie) somos cerca de 700 mil habitantes, ocupando um espaço similar a metade de Nova York. Em função da saída massiva de pessoas no fim da década de 1990 e inicio dos anos 2000, por conta da falta de emprego oriundos da crise que derrubou a cidade, existem muitos espaços vazios e casas abandonadas em todas as regiões da cidade. Hoje, mais de 14% da população é desempregada (dados de abril/2014) e mais de 30% vive abaixo da linha de pobreza.
Olhando de fora parece um quadro exclusivamente preocupante. Mas quando se vive aqui, percebe-se como é resiliente o espírito do Detroiter. Definitivamente essas pessoas amam a cidade e tem buscado através de ações voluntárias, conjuntas e muito criativas, viver neste contexto e ainda encontrar soluções que podem servir de exemplo para qualquer contexto pós-crise no mundo. Por exemplo, é o que vemos em hortas comunitárias que ocupam parques públicos deteriorados pela falta de manutenção e são sustentadas por trabalho voluntário. Muitos artistas tem migrado para cá e trazido um novo significado a experiência do abandono e vazio em obras de arte contemporânea de grande valor estético. Melhor exemplo disso é o Projeto Heidelberg.
Quem mora com você? Moro sozinha.
Porque se mudou para essa cidade? Sou doutoranda em Comunicação e Semiótica / PUC-SP e fui contemplada com uma bolsa de estudos financiada pela CAPES / CNPq Brasil. A opção por Detroit se deu em função de meu orientador estrangeiro residir e dar aulas na Wayne State University. Tão importante quanto isso, o meu tema de pesquisa tem tudo a ver com o imaginário da cidade e atual situação (arte, cultura e estética em uma era pós-industrial).
Casa, apartamento, town home, onde mora e o que é mais comum na sua cidade: Aluguei um studio em Midtown. É muito comum você encontrar estudantes na região (muitos de origem árabe, indianos e asiáticos em geral). Durante a semana, por conta das aulas e do horário comercial, a região fica movimentada, mas nada comparado a grandes centros de cidades como São Paulo. A maioria dos estudantes e pessoas que trabalham em Detroit vivem no subúrbio, o que provoca um certo esvaziamento na cidade aos finais de semana. O que não é grande problema pois há muita vida na cidade, 24h por dia e todos os dias da semana.
Como é o transporte: Feito primordialmente por carros em função da herança cultural da cidade e para interligar Detroit a seus subúrbios. Não existe metro e o transporte público é basicamente feito por ônibus, os quais tem horários espaçados (pode variar de 10 a 40 minutos de espera) mas ainda assim são bem seguros – preferencialmente durante o dia. Taxis não são caros, sempre uma boa e segura opção (chamando por telefone) e a moda atual é baixar aplicativos de carona informal, como Lift e Uber. Para os estudantes estrangeiros que não dirigem, como é o meu caso, a melhor opção é a bicicleta. A cidade é repleta de ciclovias, não há transito pesado e por isso é bastante seguro para o ciclista pedalar por Detroit. Além do que, no verão e outono, há muitos movimentos na cidade pro-bicicleta, nos quais você pode conhecer muitos lugares da cidade participando de passeios em grupo. Destaco o Slow Roll (toda segunda a noite) e o Bikes and Yoga (toda quinta a noite). Você consegue comprar uma bicicleta usada e em bom estado pagando entre 50 e 100 dólares. Outra iniciativa que tem o espírito da cidade é a construção de um trem de superfície (streetcar) na principal via da cidade, a avenida Woodward (que aliás, foi a primeira rua pavimentada dos EUA). Apesar do pouco alcance (cerca de 6 quilômetros), este streetcar representa mais um incremento para a população que reside em Downtown e Midtown (vale a pena conhecer o projeto principalmente por sua concepção ter sido toda desenvolvida em anos por trabalho voluntário de arquitetos, designers e engenheiros).
Como é o clima: Com o aquecimento global, falar sobre o clima de uma cidade transformou-se numa tarefa incerta. De todo modo a cidade é conhecida por ter um inverno rigoroso (temperaturas oscilando entre 9 e -9 graus entre os meses de novembro e fevereiro). Sugiro comprar roupas de frio aqui, especificas para a temperatura local e em lojas especializadas como por exemplo a REI. Sobre o último inverno, todos dizem que foi o pior em décadas, superando todas as expectativas e previsões a respeito. Como cheguei no verão (junho a agosto), tem sido uma estação amena, com clima agradável, bem diferente do forte calor que normalmente marca a época em todo os EUA. Demais meses do ano, clima fresco, mais para friozinho do que calor.
Qual a indústria mais forte da região: Continua a ser a automobilística, mas você pode apoiar a cidade comprando produtos de uma indústria cada vez mais crescente de produtos locais do estado de Michigan (principalmente frutas, verduras, vinho e cerveja). Boa parte das melhores cervejas dos EUA tem sido produzida neste estado e há dias na semana em que bares e pubs oferecem promoções fixas e você pode tomar uma pint pagando apenas 2 dólares.
Aliás, fica a dica para conhecer as promoções especificas de vários restaurantes e pubs no happy hour.
Como é o custo de vida, exemplos de preços de coisas do dia a dia (leite, ovos, pão, gasolina, estacionamento, escolha alguns ou pode falar de outros também): Acredito que Detroit seja uma das metrópoles mais baratas para se morar nos EUA. O custo para alugar um studio aqui em Midtown por um mês é o mesmo para se alugar um quarto em Nova York por uma semana (cerca de 600 dólares). O Eastern Market vende frutas, verduras, carnes, peixes, queijos, vinhos, cerveja e café tudo oriundo da produção do estado de Michigan e com preços ate 20% mais barato que de mercados como da rede Whole Foods e outros da cidade (como o University Foods – próximo ao campus da Wayne). Se precisar comprar móveis ou ir a lojas de departamentos, faca isso online ou vá ate cidades próximas nas quais você encontra Wal Mart, Ikea e uma série de outlets. Detroit não é uma cidade para se consumir e fazer compras como é atividade cliché nas grandes cidades americanas. Detroit é para ser vivida.
O que você faz no final de semana, programas preferidos: Depois da semana de estudos e aulas, no sábado de manhã vou de bike até o Eastern Market e faço a compra da semana. Como é verão, a cidade tem uma série de programações ligadas a arte, esporte e lazer acontecendo todos os dias e priorizo aquelas que refletem o espírito da cidade. Você pode se informar via eventos do Facebook (depois que identificar os locais de seu interesse) e via dhive. São mais de 150 bares, restaurantes, teatros, casas de show e baladas na região de Downtown e Midtown que você pode ir a pé, bike ou de carro. Vá curtir o rock que a cidade oferece e dançar techno pagando entre 5 e 10 dólares em lugares como TV Lounge, Exodos Rooftop e Mix Club com os melhores djs do mundo. Fora isso, há uma intensa vida noturna em subúrbios próximos (como Royal Oak e Ann Arbor) e passeios a lugares lindos na região aqui dos Grandes Lagos, principalmente mais ao norte. Para ambos, indicado ir de carro.
Domingo de manhã, uma boa é ir ao Zenith Café, no Fisher Building, para aproveitar um dos melhores e mais baratos (cerca de 12 dólares) brunch da cidade, na minha opinião. Depois, vale a pena conhecer o Detroit Institute of Arts (DIA). Este museu é considerado um dos 10 melhores dos EUA e também oferece programações específicas como desenho livre para crianças e adultos, shows de jazz e música clássica as sextas a noite. Se você mora próximo ao museu, basta apresentar comprovante de residência para entrar de graça.
Outro destaque é a paixão que os Detroiters tem por esportes, o que reflete o amor que sentem pela cidade. Jogos dos Tigers (time de baseball), Red Wings (hóquei), Detroit Pistons (basquete) são verdadeiros acontecimentos. Tente acompanhar as datas dos jogos e vá!
Como é a comunidade brasileira na cidade? Não tive contato com brasileiros, apenas encontrei uma colega também bolsista da Capes/CNPq como eu.
Prós de morar nessa cidade: Detroit está se reerguendo, então tudo que acontece na cidade, seja a inauguração de um bar ou um grande festival de cultura africana é muito celebrado. É maravilhoso estar em um lugar onde coisas simples que esquecemos de dar valor e são fáceis em cidades com melhor situação financeira são festejadas pela cidade e pelas pessoas que aqui vivem.
Há muita dignidade e vontade de fazer a cidade dar certo por parte das pessoas que vivem aqui. Não importa em que região, sua cor ou classe social. Vejo todo mundo se ajudando, seja em escala individual ou coletiva. Boa parte das ideias aqui são com fins solidários e não particulares. Como já citado, o Slow Roll é um movimento criado há 3 anos por um ativista para estimular as pessoas a visitarem áreas de Detroit abandonadas. Hoje são milhares de pessoas pedalando e entrando em contato com uma realidade que vista de perto pode ser entendida e não apenas mal dita ou mesmo especulada. No meio do vazio, brota vida na figura de milhares de famílias que não abandonaram seus lares e lutam por estimular a vida em comunidade nos seus bairros. Sobra oportunidade para trabalhos voluntários e você pode facilmente se engajar em prol da cidade.
Fora toda cena musical, artística, gastronômica, esportiva e de lazer acontecendo o tempo inteiro, seja em espaços públicos e/ou privados. O fato de ter a estrutura de uma universidade do porte da Wayne para pesquisar, facilita muito meu trabalho enquanto pesquisadora além de estar frequentando disciplinas cuja temáticas não são abordadas em universidades brasileiras.
Contras de morar nessa cidade: O poder público não tem dinheiro suficiente para incrementar serviços fundamentais a cidade, como por exemplo a segurança e transporte urbano. Com a evasão de pessoas, a cidade deixou de arrecadar milhões em impostos. Então existe uma certa precariedade no que normalmente é exemplar em grandes cidades americanas: a eficiência e agilidade da polícia e transporte público eficiente. Você precisa ter aqui os mesmos cuidados que teria se morasse no Brasil no quesito segurança. Apesar de que, as ocorrências mais graves registradas na região onde moro são sempre roubos de celulares e bicicletas. Especificamente em Dowtown e Midtown tem-se uma das taxas mais baixas de criminalidade de todos os EUA, sendo também um dos locais mais seguros para se viver no país. O problema maior da violência aqui está nas regiões não-centrais e metropolitanas, o que incrementa os altos índices a respeito de Detroit.
Quer ficar ou mudar pra outro lugar, e por quê: Ainda tenho o que descobrir sobre e em Detroit, estudar e pesquisar muito nos próximos 10 meses, momento no qual preciso retornar ao Brasil. Mas o fato é cada dia que se passa e tenho uma vivência aqui, mais gosto de estar em Detroit. Existe uma campanha informal para se dizer coisas boas sobre a cidade já que a visão externa que se tem é de um espaço urbano abandonado, falido e sem vida. O que vejo a cada interação ou pedalada pela cidade difere radicalmente desse lugar comum que hoje se tem da cidade. Detroit, mais que uma cidade, é uma experiência única no mundo. Não sei explicar o porquê dessa atratividade gratuita que o lugar exerce sobre mim e que percebo também nos artistas, músicos e poetas que migram aos montes para cá. Diferente de todo o excesso consumista que o American Way of Life acaba por estimular, em Detroit a convocação é outra. Apenas viva a experiência que é estar em um dos lugares mais legais do mundo contemporâneo, topando seus desafios, medos, alegria e regozijo que é estar aqui. Para mim, a hora é agora. E torço para que seja a de Detroit também.
Sueli, eu fico arrepiada quando leio o que você escreveu, porque é o que eu sinto em relação a Detroit e o que tento mostrar aqui no blog. Estou contente de ver uma brasileira curtindo a cidade e vendo quanta coisa legal Detroit tem a oferecer, apesar dos problemas. As pessoas tem uma ideia errada de que com a falência da cidade nada mais funciona e que está tudo largado às traças, o que você está vendo que é longe de ser verdade. Muita cidade brasileira que está longe de ir a falência não tem áreas tão bonitas e bem cuidadas quanto as que a gente vê em downtown Detroit, por exemplo. Enfim, obrigada pelo texto, espero que ajude outros futuros estudantes da Wayne State University a enxergarem que pode sim valer a pena estudar e morar em Detroit. Convido a todos a assistirem o vídeo que a Apple fez sobre o Slow Roll, que eu tinha divulgado no Twitter semana passada. É uma propaganda da Apple, claro, mas mostra muito bem que bacana é essa pedalada pela cidade – e o espírito que move Detroit.
Leia também: Pensando em morar nos EUA? Perguntas e respostas e Prós e contras de morar nos EUA.
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Sueli says
Luciana, que bom que Detroit também de provoca arrepios no bom sentido 🙂
Super obrigada pela oportunidade!
Grande beijo
Alyson Regis Darugna says
Olá Luciana e Sueli.
Muito legal a proposta da série Como é Morar em…
Detroit parece mais um destes incontáveis destinos incríveis que os Estados Unidos têm a nos proporcionar.
Luciana, parabéns pelo ótimo Blog! Continue com o ótimo trabalho, que certamente tem ajudado um número enorme de pessoas!
Um abraço.
Alyson Regis Darugna
Liege Frank says
Que delicia ler esse post! Amo Detroit e tambem me sinto como a Lu. 🙂 Adorei. Ja vou compartilhar no meu Facebook 😉
Eduardo says
Adorei, acho que Detroit ainda vai surpreender o mundo e para isso ela precisa ser mais valorizada pelos americanos. Os habitantes de Detroit amam a cidade e têm força de vontade, ela vai se reerguer.
Marcela says
Muito legal este post, uma visão que não conhecia de cidades americanas. E parabéns pelo seu blog, é diversão e informação com a mesma intensidade!!
Luciana Misura says
Obrigada 🙂
Fernando says
Quando se fala em Detroit, por conta da crise, falência, decadência, Silverdome, temos a impressão que é uma terra de ninguém. Não aparenta uma cidade, mas sim, um amontoado de escombros e ruas desertas. Mas, vejo que existe luz no fim do túnel.
Jennifer Freitas says
Muito interessante gostaria de ter a oportunidade de morar em Detroit também!
antonio says
Gostei muito do texto! Sei que morar em Detroit não e fácil mais sempre respeitei a cidade dos campeões! Adoraria morar ai. .apesar de todos os problemas!
Natália Nogueira says
OLá Luciana! Tenho pesquisado sobre detroit e me deparei com essa matéria!
Gostei muito do que li!
mas gostaria de tirar uma duvida!
Tenho descoberto alguns artigos sobre o governo estar solicitando vistos para imigrantes que queiram ir pra detroit, trabalhar voluntariamente pela cidade!
VocÊ sabe algo a respeito disso?
Existe alguma forma facilitada para imigrar pra detroit?
agradeço resposta!
Luciana Misura says
Não ouvi nada a respeito não, tenho minhas dúvidas se é fverdade (com o presidente que está querendo diminuir imigrantes acho bem difícil).
Viviane Santana says
Olá Luciana e Sueli!
Sou doutoranda da USP-RP e estou tentando uma bolsa CNPq para fazer um sanduiche nos EUA. Há um ótimo professor da minha área de estudo na Wayne University, mas eu estava com muito receio em relação a cidade. Sempre ouvi coisas muito ruins de lá. Esse relato da Sueli me tranquilizou muito!! Também serei uma brasileira morando sozinha em Detroit e ver que não é tão ruim como falam diminuiu muito meu medo. Muito obrigada por esse ótimo texto!!! 🙂
Se possível, gostaria de conversar mais a respeito de lugares para morar, lugares para ir… Quanto mais dicas puderem me dar, mais coragem terei de ir rsrsrs
Podemos conversar por e-mail se preferirem.
Mais uma vez agradeço por esse relato tão bacana! Parabéns pela iniciativa do site, com certeza estão ajudando muitas pessoas 🙂
Hugo Antonio says
Eu sou rapper, moro no interior de são Paulo. Eu e minha namorada queremos morar em Detroit. Cidade do Eminem, um ícone da música. Queremos ir, e estamos nos planejando.
Alef says
Quero muito morar em detroit e estudar