(este post é a legenda das fotos do post anterior!)
Ontem a noite fomos para Holland, cidadezinha que fica a duas horas e meia daqui, a oeste, na beira do Lago Michigan. Como antecipei aqui no ano passado, em maio acontece o Festival de Tulipas, o Tuliptime, e fomos lá conferir. Chegamos lá por volta de onze horas, então fomos direto pro hotel e não vimos nada da cidade. Também nem dava pra sair, porque aquela região estava toda em alerta de tempestades, com risco de tornados.
Hoje que foi o dia mesmo de explorar essa simpática cidadezinha de holandeses, que ainda mantém muitas tradições: da comida aos tamancos de madeira, passando claro pelas milhares de tulipas, Holland tem até mesmo um moinho que foi trazido da Holanda, remontado e continua funcionando! Apesar do tempo cinzento, que melhorou no meio do dia, e de estar super lotada com turistas (nem imaginei que ia ter tanto estrangeiro, mas tinham grupos enormes, até de Amish!), as tulipas valem qualquer viagem.
São várias ruas, as tulip lanes, que tem as flores nas mais diversas cores e tipos plantadas no meio-fio. Nunca imaginei que existissem tantas variedades, já tinha visto algumas bicolores por aqui mas tem até tulipa com franjinha nas pétalas. Um espetáculo! Ah, e vendem-se os bulbos de todas as variedades de tulipa que tem na cidade. Não comprei porque só pode plantar no outono, então quando estivermos em outubro volto lá para comprar algumas super tulipas.
Voltando a falar do moinho, ele tem 241 anos de idade, e uma passagem importante pela Segunda Guerra Mundial – está lá exposta uma das pás toda furadinha por balas, de quando os nazistas atiraram no moinho. A razão da agressividade: o moleiro tinha uma sinalização combinada com a comunidade local que avisava quando as tropas estavam chegando prendendo pedaços de pano de cores específicas nas pás. Fica dentro de um parque fechado chamado Windmill Island, que tem jardins de tulipas, claro, e artesanato holandês: velas, sapatos de madeira, cerâmicas, biscoitos e chocolates. Tudo que turista gosta e quer comprar…
De lá fomos para a 8th Street, que é a rua principal de downtown e cheia de lojinhas de decoração e presentes, uma mais linda que a outra, e restaurantes. Fomos lá para almoçar e estava completamente entupida de gente, porque estava tendo o desfile que encerra o festival. Nunca vi um desfile tão idiota na vida, de holandês não tinha absolutamente nada: bandas das escolas da região, militares, policiais, cães e todas as misses, princesas e rainhas de beleza das cidades de Michigan. Durou horas, entre uma banda e outra não tinha música, nem assisti. Entrei no restaurante e quando saímos fiquei passeando olhando as lojas – não sem ter me surpreendido com o sol, céu azul, e o calor repentino.
Como esquentou, resolvemos dar um pulinho no Holland State Park, que fica às margens do Lago Michigan. O parque em si é a praia do lago e mais nada, tem um pier e três faróis, sendo que um é super antigo e um cartão postal da cidade. Ficamos lá no sol, aproveitando o calorzinho com o ventinho gelado do lago, uma delícia. E ainda rimos muito com as crianças que não resistiram e entraram no lago de roupa e tudo, na maior empolgação, e antes da água chegar na cintura já estavam gritando de frio. Teve até aposta, “duvido que você vai na água até o pescoço” e desafios do tipo.
De lá resolvemos ir embora e pegamos uma das estradas antigas, para viajar passando por dentro das cidadezinhas do sul do estado. É uma zona rural e tem muitas plantações e celeiros enormes, pintados de vermelho. Paramos em um pequeno parque no caminho que tinha cerejeiras lindas na entrada, uma gracinha, perto de Battle Creek, cidadezinha que é sede da gigante de cereais Kellog’s. Só chegamos aqui as 10 da noite, cansados, mas valeu! Tirei centenas de fotos, incluindo essa seqüência acima para o projeto May Day, e vou fazer um álbum separado só das tulipas senão vai ficar impossível de colocar tudo aqui. Ah, e claro, tem mais fotos lá no fotolog.
Marcia says
Oi Lu,
Amei as fotos, parece a Holanda mesmo! Os holandeses onde vao parecem querer sempre recriar um pedacinho do pais deles!
Beijos,
Marcia