No nosso segundo dia em Toronto, começamos dirigindo por Chinatown, rumo ao bairro Português, que por tabela concentra vários restaurantes e lojas brasileiras. Fomos a um restaurante verde-amarelo e me deliciei com uma boa moqueca de camarão enquanto Gabe e Rafa se esbaldaram com a picanha no espeto. Tentamos tomar um cafezinho na padaria portuguesa Nova Era mas o lugar estava lotado e não apareceu ninguém para atender nos 5 minutos que ficamos na mesa esperando, então fomos embora.
De lá fomos para The Beach, o bairro onde fica a famosa praia local no lago Ontario, e onde os canadenses podem curtir os seus poucos meses de calor (não posso falar nada, é igual aqui em Michigan). Da praia vê-se a cidade, com a torre em destaque. Tinha bastante gente andando por lá, já que está calor (tava uns 10 graus) e o sol resolvia aparecer de vez em quando. Gabe praticou o seu esporte de beira de lago preferido – quicar pedrinhas na água – com direito até a uma aula prática para o Rafa. Não riam, o negócio é sério, tem até campeonato disso em Michigan, com direito a recorde mundial de 24 pulinhos e tudo (eu conheço um cara que faz parte do juri!). Enquanto eles praticavam esse fantástico esporte típico de lugar onde não dá para entrar na água então tem que inventar o que fazer, assistimos ao cachorro louco canadense que chegou saltitante e se jogou na água (!!!), feliz e contente. Nadou, saiu pulando e nem se abalou, enquanto a gente tremia só de olhar.
Fomos então para The Distillery, ou em bom português, a Destilaria. Como o nome já diz, o local era uma destilaria há muitos anos – nem sei quantos, uma placa dizia lá pelos idos de 1800, que foi transformado em um monte de lojinhas bacanas, galerias de arte, bares, restaurantes e cafés. Adorei as lojas, cada coisa linda, mas tudo caríssimo – quadros de 5 mil dólares, lâmpadas de 300 dólares e por aí vai. Mas o lugar é fotogênico, então fiquei brincando com a câmera enquanto o sol brincava de se esconder de mim.
Com o pôr-do-sol começando, resolvemos fazer um programa (quase) de índio: pegar a barca para a Toronto Island, a ilha bonitinha que fica bem de frente para o centro da cidade, para tirarmos fotos do skyline ao final do dia e à noite. A idéia é boa, o problema foi o frio. A temperatura caiu para 5 graus e com o vento eu não quero nem saber qual era a sensação térmica. Só sei que as minhas pernas estavam geladas e eu não tava sentindo nada…Andamos por uns bons 40 minutos pela ilha, em um misto de passar o tempo + não morrer de frio + tentar achar um outro ângulo legal para tirar as fotos. Acabamos não encontrando um bom lugar e voltamos para o cais, mas valeu o passeio. A ilha é bem bonitinha, tem muitas casas por lá, e segundo o Rafa explicou, as casas não podem ser vendidas – são passadas de geração em geração. Foi a forma que o governo encontrou para bloquear a especulação imobiliária e manter o local aberto à população. Durante o verão a ilha fica cheia de gente passeando de bicicleta, crianças brincando, tem parque aquático, restaurantes ao ar livre, deve ficar muito bonito.
Voltamos à terra firme famintos, loucos para jantar, logo depois do jogo do Toronto Maple Leafs, que é o time de hóquei local. Eles ganharam o jogo mas parecia que tinham ganho a final da copa, com o tanto de gente gritando pelas ruas, com bandeiras, buzinando, o maior estardalhaço. Sem contar o monte de gente o dia inteiro com a camisa do time e os carros com bandeirinhas no teto…claro que demorou um pouco para chegarmos ao restaurante, mas valeu a pena. Jantamos maravilhosamente no Sotto Sotto, um italiano ótimo, comida e atendimento perfeitos. Nem preciso dizer que fomos para casa cansadíssimos…
Luciana Svilpa says
Lu,
lindas as fotos, nao conheco Toronto ainda, mas meu marido eh de London, ON e morou muitos anos em Toronto tambem, entao quando ele vir essas fotos ele vai adorar. Alias, metade da familia dele mora em Hamilton (a outra continua em London).
Voce falou em South Park e eu tirei uma foto de uma placa de transito com seta para uma South Park daqui, mas nao faco ideia onde fica, deve ser algum bairro obscuro de Seattle.
Quanto ao jogo dos Leafs, essa gritaria nao eh a menor novidade aqui em casa. Se voce conhecer o meu marido um dia, vai ver que ele poe a jersey (com o nome dele nas costas) e fica grudado na CBC o dia inteiro. Da cada grito quando eles fazem gol! Ate o Thomas ja tem a jesey dos Leafs mandada por um “tio” de London. Eu so me interesso pelos comentarios do Don Cherry nos intervalos. 🙂
To comecando a achar que os fas canadenses dos Leafs sao que nem os fas cariocas do Flamengo. 🙂
Obrigada pelas informacoes e pelas fotos.
Beijocas,
Luciana
lilia says
arrasou nas fotos. belas imagens, mesmo que tenha passado tanto frio brrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr.
eh bom demais viajar ne???? eh TUDO! hahah
beijos
Tereza (Bruxelas) says
Que lindo, Lu ! Eu nao conhecia esse verbo “quicar “, so conhecia em francês porque na minha terra (PE) nunca vi ninguém praticando esse esporte. Eu acho divertido, mas sou um zero à esquerda nisso. Como sempre vocês fazem viagens otimas, né? Adoro ler essas coisas, parece até que quem ta viajando sou eu heheheh. Beijoca, estava com saudade pois fazia tempo que nao passava poraqui. Inté +
Ju says
Luciana,
Eu achei seu blog surpreendente! ô apaixonada por teu espaço, sério! Linkei-te no RETROSPECT, beijos espero sua visita.
Flavia says
Lindas fotos!
Ju says
Lu,
o encontro blogueiro vai rolar mesmo! Entra lá no Retrospect e ajude a divulgar também! Não sei se ficou legal o folder mas tá valendo risos. Eu quero você lá hein! Beijos!!!
Silvia says
Luciana
Virei sua fa e fa do seu site tambem, voce alem de relatar muito bem seus passeios, sem ficar aquela coisa monotona de ler, nos da excelentes dicas de lugares que ja visitou. Seria possivel voce so me responder uma pergunta: Sua camera fotografica eh que marca?? Preciso comprar uma dessa com urgencia…
Beijos
Silvia Charlevoix-MI
solange says
Muito lindas as fotos. Fui a Toronto durante o dia e não tive a chance de ver essas paisagens noturnas. Lindas mesmo.