O dia começou cinza e frio, contrário a previsão de sol (o que não deve ser raro por aqui), e lá fomos nós explorar a cidade. Julia devidamente embrulhadinha no bundleme do carrinho, a gente fica com até com inveja dela 😉
Atravessamos a ponte de Westminster (agora tiramos umas fotos de dia do Parlamento, Big Ben, o hotel e a London Eye) e fomos até a estação do metrô de mesmo nome para comprar o nosso Travelcard de 7 dias. Foi super simples, escolhemos as zonas 1-2 que são as zonas principais e onde ficam a maioria das atrações e pegamos os nossos Oyster cards (que é o cartão magnético carregado com o Travelcard).
Pegamos o metrô, o destino era Trafalgar Square, a praça famosa na frente da National Gallery. Demos uma volta na praça, Julia ensaiou andar um pouquinho mas com o vento frio que estava soprando ela resolveu voltar pro carrinho num instante. O vento era tão forte que espirrava a água dos chafarizes longe. Um malabarista solitário lutava contra o vento, coitado.
Entramos na National Gallery, que é o museu que eu queria mais ver em Londres. Desde que eu era uma adolescente estudando desenho e pintura que encontrava com frequência o nome desse museu em diversos livros de arte – junto com o Louvre, o Musée D’Orsay e o Metropolitan em NY. Então a minha cabeça estava lá nas minhas aulas de desenho quando visitei a National Gallery, foi fantástico ver Van Eyck, Da Vinci, Michelangelo, Caravaggio, Velázquez, Turner, Monet, Renoir, Van Gogh e muitos outros ao vivo. Morri de inveja dos estudantes de arte desenhando sentados pelos corredores, deve ser demais estudar arte com esses museus assim pertinho. Vários grupos de crianças com uniformes escolares visitavam a galeria, as professoras explicando os quadros mais importantes e contando um pouco da história do país através de alguns deles. Dei uma voltinha mostrando pra Julia alguns estilo diferentes de pintura e ela até que gostou, principalmente dos quadros que tinham crianças e bichinhos, hah 😉 Infelizmente fotografia não é permitida dentro do museu, nem mesmo pra tirar fotos dos corredores. Quando Julia já estava ficando muito inquieta fomos procurar um lugar pra comer.
Almoçamos no Pret-a-Manger, que é uma lanchonete com sanduíches e sopas que começou em Londres e hoje em dia tem lojas espalhadas pela Europa e EUA. Gabe pediu um sanduíche de frango que estava gostoso e eu e Julia fomos de sopas pra espantar o frio (cenoura com cominho pra mim, missô pra ela). Não gostei da minha sopa, estava com cominho demais pro meu gosto, e acabei trocando de almoço com o Gabe, que gostou. Compramos umas frutas e uma mousse de sobremesa, mas achei a mousse bem fraquinha. O legal do Pret é que eles não jogam a comida fora no final do dia, eles doam pra abrigos que cuidam de moradores de rua.
Fomos andando por Piccadilly Circus, que não tem nada demais, e Leicester Square (pegadinha britânica, eles pronunciam Lester Square), que estava com os jardins fechados, e é a praça rodeada por cinemas onde acontecem as premières dos filmes famosos por aqui (inclusive a do mais novo Harry Potter foi semana passada). Fomos curtindo as ruas, a arquitetura, a paisagem de outono com a maioria das árvores já quase completamente sem folhas. Passei na frente de uma loja chamada Cass Art e não resisti, tive que entrar. Materiais de desenho e pintura baratíssimos, fiquei chocada. Ai se tivesse uma loja dessas no Brasil, com esses preços ridículos, na minha época de faculdade…
Continuamos andando até chegar a Oxford Street, Julia nem viu, dormindo no carrinho, a famosa rua com uma quantidade absurda de lojas já estava decorada para o Natal. Andando por ali comecei a ver um monte de plaquinhas “Unlock your Phone” (Desbloqueie seu telefone) e fui saber se dava pra desbloquear o meu iPhone (eu não tinha feito as últimas atualizações de propósito, pra isso mesmo). Resposta positiva, negociei o preço pra 10 libras das 20 que o carinha com jeito de paquistanês tinha pedido inicialmente e saí de lá direto pra loja da Three na esquina pra comprar um SIM card (2 libras!) e um plano (10 libras!) de 100 minutos, 500 MB e 3 mil mensagens de texto. Uau! Nós somos muito explorados nos EUA e no Brasil pelas operadoras mesmo (claro que no Brasil é pior em preços, mas os EUA não fica muito longe)…
Andamos até a Selfridges, que é a super loja de departamentos com marcas de designers famosos e que estava toda decorada para o Natal, as vitrines eram lindas, do jeito que as lojas grandes de NY fazem. Demos uma voltinha por lá, Gabe experimentou umas botas que as dele estavam machucando o pé mas quando viu o preço das mesmas botas nos EUA pela internet resolveu não comprar (acho que o pé dele não estava doendo tanto assim). Na loja Louis Vuitton que tinha lá dentro uma fila de turistas japoneses dava voltas de tão grande, vai entender…
Mal saímos da Selfridges e a Julia acordou, pegamos o ônibus então pra Regent Street, outra meca de lojas famosas, rumo a loja de brinquedos mais conhecida da cidade, a Hamleys, que está fazendo nada menos que 250 anos! A loja paraíso das crianças tem 5 andares de brinquedos de todos os tipos. Julia assim que entrou pulou do carrinho e foi direto num bichinho de pelúcia pequenininho, e não largou mais. Ainda bem que era um bichinho baratinho, hah! Compramos o tal bichinho e ela saiu feliz da vida. A parte da loja que ela mais gostou foi um cercadinho cheio de cachorros e gatos de pelúcia que andam, sentam, se mexem, etc. Não queria sair mais dali! As vitrines de Natal também estavam bem bonitas, e luzes em forma de estrelas cobriam a Regent Street toda.
Já cansados de andar muito e com fome, resolvemos ir ao Nando’s, um restaurante parte de uma rede sul-africana fundada por portugueses com vários pontos na cidade (e tem Nando’s em vários países). A especialidade da casa é o frango com molho de pimenta piri-piri (malagueta pra nós no Brasil) que eu tinha provado em Portugal há anos e gostado. Eu queria que o Gabe, que adora frango e pratos apimentados, experimentasse. O menu é bem simples: você escolhe a quantidade de frango, se quer mais ou menos picante, e os acompanhamentos. Pedimos um hummus de entrada com pão pita quentinho que estava ótimo, comemos o frango que também estava muito bom e Julia gostou da versão infantil, que é preparada igual só que com peito fatiado (e quase nada de pimenta). Tomei um vinho português rosé seco gostoso chamado Pink Elephant, saímos de lá satisfeitos com a comida simples e gostosa, o atendimento ótimo e os preços camaradas (os pratos ficam em menos de 10 libras).
Saindo do restaurante e andando pro metrô esbarramos na loja Liberty, também bem famosa que fica num prédio Tudor muito bacana e tem vitrines fantásticas. Já estava fechada, claro, então só tirei umas fotos por fora e seguimos pro hotel. Saldo do dia: pés doloridos e uma boa volta pela cidade, já gostamos. E a Julia foi dormir com o bichinho novo, que ela colocou o nome de Pretty. Boa noite!
Roteiro de viagem a Londres:
1o dia: Chegando em Londres
2o dia: Explorando Londres
3o dia: Covent Garden e Somerset House
4o dia: Here Comes the Sun
5o dia: Os guardas que não eram vermelhos
6o dia: Curtindo o Outono em Londres
7o dia: Greenwich com velhos (e novos) amigos
Londres: resumo de viagem
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