Acordamos tarde depois de dormir por duas noites, nos arrumamos rapidinho e saímos para andar pelo French Quarter rumo ao Café du Monde, para experimentar o mais famoso beignet de New Orleans. O dia estava nublado mas pelo menos não estava chovendo como a previsão do tempo tinha indicado.
Fomos andando da Canal Street (onde fica o hotel) pela Chartres Street até lá (super pertinho). Estava lotado como sempre, mas a Patrícia tinha comentado que no tour do French Quarter que eles fizeram ontem, o guia avisou que a fila pra pegar uma mesa anda mais rápido que a fila pra comprar os beignets pra viagem, então eu fiquei na fila pra pegar uma mesa e o Gabe na outra – não deu outra, eu sentei rapidinho, e ele saiu da outra fila. Uma banda animada tocava jazz bem na calçada do café, então a espera na fila foi agradável 🙂 Logo depois a Patrícia e o Stefan chegaram pra comer os beignets com a gente. Sinceramente não achei nada demais! Me lembrou um bolinho de chuva brasileiro, só que com uma quantidade absurda de açúcar finíssimo por cima (parece um talco), comi um e já foi mais do que suficiente. Julia que gostou bastante, mas ela é uma formiguinha mesmo…
Fomos passeando pelo French Quarter depois do café, passamos pela Jackson Square que é a praça que fica em frente a Catedral, vimos um pouco do trabalho dos artistas na rua, entramos na Catedral (católica por sinal, e estava rolando uma missa, com direito a coral e órgão, lotada, bem interessante mas não podia fotografar ou filmar, Gabe tirou uma foto com o celular rapidinho) e continuamos andando e parando pra ouvir as bandas tocando na rua. Julia adorou as bandas na rua e também as charretes que levam os turistas em um tour do French Quarter (que aliás a gente devia ter feito com ela, mas bobeamos).
Resolvemos fazer o passeio de streetcar (bondinho) até o Garden District, pegamos o St Charles streetcar (bondinho verde) e demos sorte porque o leitor dos tickets estava quebrado e todo mundo entrou de graça (mas custa só $1.25 por pessoa). O passeio é bem legal, o bonde vai passando pelas mansões históricas do Garden District, Tulane e Loyola Universities, e continua até Carrollton, onde fica o ponto final e todo mundo tem que sair.
Pegamos o bonde de volta e descemos no Garden District pra explorar as ruas à pé. O bairro é bem bonito, cheio de carvalhos enormes e as casas históricas realmente lindas, vale a pena o passeio. Detalhe: muitas árvores cheias de colares de contas pendurados, que eles jogam durante o Mardi Gras. Andamos até o famoso restaurante Commander’s Palace que fica em frente ao Cemitério Lafayette No 1. Demos uma olhada no menu do Commander’s Palace mas achamos meio caro e ninguém ainda estava com tanta fome assim pra justificar, então seguimos em frente. O Cemitério estava fechado (fecham aos domingos!) e tinha um grupo no portão de entrada com um guia explicando tudo sobre os cemitérios locais – pra quem mora no Brasil a aparência desses cemitérios não são fora do comum, mas aqui nos EUA com seus cemitérios gramados, os cemitérios de New Orleans são atração turística. Um detalhe: as tumbas são todas acima do solo, porque a cidade está abaixo do nível do mar e os lençóis d’água são muito perto da superfície, então eles não podem cavar uma cova por aqui.
Pegamos o bondinho de volta, descemos na Canal Street e fomos andando pela famosa Bourbon Street, que é a rua das noitadas, cheia de bares, casas de strip-tease, restaurantes e lojas de souvenirs. Acabamos entrando no Galatoire’s, um dos restaurantes mais antigos da cidade, que ainda exige que os homens vistam um paletó e tem alguns disponíveis pra emprestar (Gabe e Stefan tiveram que vestir, surreal!). O restaurante é bem bonito com seu salão histórico, mas demorou muuuuuuito e achei a comida OK, nada demais. Gabe comeu um Frango Creole e eu comi um Omelete com Caranguejo e Aspargos com a idéia de dividir com a Julia (a maioria dos pratos principais achei que ela não ia qurerer comer) e acabou que nem o omelete ela comeu e eu não experimentei um prato mais autêntico…enfim. Saímos do restaurante, continuamos andando até o Preservation Hall, que é o clube de jazz mais autêntico da cidade e segundo tudo que li, também o melhor lugar pra ir assistir um show com crianças, já que eles não são um bar e não tem idade mínima por causa disso (os bares nos EUA não permitem menores de 21 anos de um modo geral). O primeiro show estava marcado pras 8 da noite, e combinamos com a Patricia e o Stefan de voltar e encontrar com eles lá. O Preservation Hall é essa casinha de madeira da última foto, super discreto.
Continuamos passeando pelo French Quarter, vimos algumas lojas de voodoo, que parecem lojas de material de candomblé que já vi no Centro do Rio (e não deixam fotografar). Passamos na frente de uma casa que a lenda garante ser mal-assombrada, a LaLaurie Mansion – a história é que a socialite Delphine LaLaurie torturava escravos e quando foi descoberta, a população queria vingança e ela fugiu para a França, mas a casa seria assombrada pelos espíritos dos escravos torturados. Algumas casas do French Quarter começavam a colocar decorações para o Mardi Gras, usando as cores tradicionais: verde, roxo e amarelo em luzes, faixas, fitas e máscaras.
Acabamos tendo que voltar pro hotel porque a Julia teve um acidente e molhou a roupa, tive que lavar e secar o casaco na lavanderia do hotel, demos jantar pra ela enquanto esperávamos. Só chegamos no Preservation Hall umas 9 da noite. Esperamos na fila uns 15-20 minutos e entramos: pequenininho e lotado, mas vale muito a pena! Ficamos lá atrás em pé mesmo, curtindo o show até a Julia não aguentar mais e pedir pra ir embora (o que não levou muito tempo, considerando a hora e que ela estava cansada). Vale lembrar que no Preservation Hall eles não vendem comida ou bebida, mas pode trazer bebida de fora (e no verão deve ser MUITO quente lá dentro, porque o lugar é micro e todo fechado). Mas nós amamos, foi o ponto alto da viagem.
Quando saímos, ela dormiu no carrinho e nós fomos jantar. Andamos até o Felix’s, que é um restaurante simples e autêntico de comida local. O forte deles são as ostras, mas como não comemos ostras, pedimos outros pratos tradicionais cajun. Comemos um Blackened Alligator (jacaré) de entrada (parece frango, igual ao crocodilo que experimentamos na África do Sul), eu comi um Po’Boy de camarão delicioso que vinha com uma Étouffée, mas achei meio enjoativa e quase não comi. Gabe foi de Red Beans and Rice, e gostou bastante. Voltamos pro hotel acabados, nem arrumamos nada pra fazer check-out no dia seguinte.
Relato dia-a-dia:
1o dia: A New Orleans das fazendas e pântanos
2o dia: A New Orleans do French Quarter e do Jazz
3o dia: A New Orleans do Mardi Gras
New Orleans: Resumo de viagem
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Se tiver alguma pergunta, é só entrar em contato comigo. Muito obrigada!
Patricia (Houston) says
Lu, que descricão detalhada, amei relembrar os ótimos momentos que passamos juntos em NOLA! Se algum dia alguém me pedir dicas da cidade, vou recomendar vir aqui, melhor do que qualquer guia, ahahah! E eu concordo que os tais beignets lembram o bolinho de chuva, que eu prefiro: tem menos açúcar e a canela vai super bem 🙂 O jazz foi realmente o ponto alto da viagem, depois de conhecer vocês, claro! Bjs
Luciana Misura says
Patricia, obrigada 🙂 Concordo plenamente, gosto mais do bolinho de chuva porque tem canela e menos acucar! Adoramos encontrar voces por la, esperamos uma visita aqui em Austin, hein!
glaucia says
Oi Luciana, lindissima fotos,adorei..tbem viajei fomos perto, Curitiba, meu filho queria conhecer os pontos turisticos, foi muito bom, valeu a pena….abracos
Luciana Misura says
Obrigada Glaucia! Eu nao conheco Curitiba, todo mundo fala que e uma cidade super bonitinha, voce e mais uma que falou bem de la 🙂
Alessandra says
Luciana,
cheguei ao seu Blog através do google e honestamente, eu o achei sensacional! Adorei todos os seus relatos e dicas sobre New Orleans! Estava programando uma super viagem aos EUA com o meu noivo e agora, após achar o seu Blog, com certeza visitaremos a cidade! Parabéns pelo Blog – bastante útil, divertido e cheio de informações interessantíssimas! AMEI!
Amandio says
Luciana,
Simplesmente sensacional!!! Melhor do que qualquer guia que possamos comprar em livrarias ou bancas de jornais. Irei para NOLA agora em Março e suas dicas serão com toda certeza muito úteis.
Obrigado pelo belissímo relato.
Abraços
Amandio
Luciana Misura says
De nada Amandio, aproveite muito a sua viagem!
Fabiana says
Luciana, adorei as dicas. Vou a New Orleans com meu esposo, em Fevereiro de 2013. J estou tomando nota das dicas, viu!? Adorei tudo! Um abrao!
Edmardo Galli says
Luciana,
Galli aqui. Estou em New Orleans e lendo seus comentários sobre a cidade :).
Beijo grande,
Galli.
Luciana Misura says
Galli, que legal!! 🙂 Aproveite muito aí! Beijão!
Erich Holmes Jacome says
Luciana,
Moramos em Orlando e vamos fazer uma viagem até NOLA de 25 a 29/março, alugamos dois motorhomes e vamos parando pelas praias do Golfo do México até chegar lá. Estamos em 4 famílias e suas dicas vão ajudar a nossa viagem a ficar ainda mais fantástica. Obrigado!
Erich
Luciana Misura says
Que legal Erich! Boa viagem pra vocês!
Tarcila says
Oi, achei seu blog procurando dicas pa NOLA, e gostei muito. Esto indo pra Orlando no final de novembro/2014 visitar meu irmão que mora lá, e como já conheço pensei em ir pra NO passar uns 3 dias, morro de curiosidade pra cohecer, mas no caso irei sozinha mesmo pq minha cunhada está grávida e não pode viajar de avião…será que valeria a pena? O que vc me recomenda? Um abraço!!!
Luciana Misura says
Claro! Faça o mesmo roteiro que nós fizemos, vai ser perfeito! Só tem que ver se novembro ainda dá pra ver os jacarés ou não, mas de resto está valendo.
Mirela says
Olá Luciana ,
Adorei seus comentários!
Preciso de uma opinião , como acho que voce já esteve em 3 lugares que estou na duvida de passar as festas de final de ano(Natal e Ano Novo) , gostaria da sua opinião.
Tenho um filho de 8 anos e pretendo ir com a minha família,filho , marido ,irmão ,pai e mãe para algum desses 3 lugares:Texas (Dallas,Austin e San Antonio), New Orleans ou Washington DC.
Sei que são destinos bem diferentes desses só conheço parcialmente Washington, porque quando estive lá, teve uma enorme nevasca e acabou prejudicando a visitação de muitos lugares.
Qual desses destinos voce acha que tem mais coisa para se visitar e fazer com uma criança e que também não seja chato para os adultos.
Obrigado pela atenção e parabens pelo site.
Mirela