O passeio de balão em Orlando foi novidade pra quase todo mundo que viu as fotos no meu Instagram e no Facebook no dia que fiz o passeio, ao vivo. Eu sabia que existia mas não conhecia ninguém que tivesse feito, então não tinha nem noção se era legal ou recomendável. Foi ótimo poder experimentar como parte da nossa viagem “Orlando sem parques” e agora poder dizer que sim, se você sempre sonhou em fazer um passeio de balão, pode aproveitar a sua viagem a Orlando pra fazer isso 🙂
Esse foi o meu terceiro passeio de balão, o primeiro foi no Arizona e o segundo na Toscana, então eu já sabia o que esperar. Mas sempre bate uma tensão de leve, ainda mais quando o pessoal na van a caminho do passeio resolve conversar sobre acidentes de balão! Um conta pro outro do acidente, o outro resolve pegar o telefone pra olhar na internet, a outra começa a dizer que está com medo, que assunto!
Em Orlando por causa das condições climáticas o passeio de balão só acontece de manhã cedinho, eles não fazem o passeio no final da tarde que alguns outros lugares tem. Se você nunca fez um passeio de balão, prepare-se: você tem que estar lá antes do sol nascer! As 6h da manhã nós já estávamos no escritório do Orlando Balloon Rides assinando a papelada pra fazer o passeio (basicamente que você sabe que tem riscos e assume os riscos) e vendo as instruções todas. Depois da papelada toda em ordem, eles colocam todos os passageiros nas vans e levam para o campo onde os balões serão lançados. Isso tudo ainda no escuro!
Todo mundo desceu das vans e o pessoal da equipe começou a trabalhar abrindo os balões e enchendo com ventiladores gigantes. Só quando os balões já estavam quase cheios que eles ligam o maçarico pra começar a esquentar o ar, e aí o balão fica de pé. Nessa hora todo mundo tem que entrar rapidamente no cesto, pra fazer peso, enquanto o piloto finaliza o processo de estabilizar o balão pra gente poder subir. Alguns mosquitos resolveram me utilizar como café da manhã nessa hora, então se você é ímã de mosquito como eu, vale colocar repelente.
Nessa hora tivemos que parar de tirar fotos pra entrar no cesto. O nosso balão demorou a estabilizar, o piloto ligava o maçarico, parecia que estava OK e o balão começava a cair de lado novamente. Ficou nessa não sei quantos minutos, e já tinha gente nervosa achando que ia dar problema. Mas é assim mesmo, o piloto não sai enquanto o balão não está na posição certa. O nosso piloto, Mike Comerford, é um britânico que parecia que estava bravo, mas era o jeito dele mesmo. Quando finalmente o balão ficou no ângulo certo, levantamos vôo. E aí é engraçado, porque nem todo mundo reparou que o balão estava subindo 🙂 Ele sobe tão devagar, tão paradinho, que você realmente só vai notar se olhar pra fora. Não dá pra sentir que ele está subindo. Subimos com o sol que tinha acabado de nascer e estava iluminando a paisagem da Flórida.
Uma vez no alto, o piloto vai apenas controlando a altitude, pro balão não bater em nada. E a gente vai apreciando a paisagem e tirando muitas fotos, claro! Teve selfie com todos os blogueiros, como não podia deixar de ser. O nosso balão era um dos maiores dos EUA e o cesto acomoda até 24 pessoas. Estava lotado e o espaço é pequeno, ainda mais com todo mundo querendo tirar fotos.
Depois de uma meia hora o piloto começou a descer e procurar um lugar pra pousar. Fomos sobrevoando uns pântanos muito bonitos, mas bem baixo, e todo mundo começou a ficar preocupado do balão cair ali no meio – afinal, jacarés não faltam por aqui! Mas o piloto sabia bem o que estava fazendo, sem razão pra gente ter medo, e encontrou um campo pra pousar. Ele usou as árvores pra frear o balão, como o piloto fez na Toscana, e foi um pouso perfeito, com o cesto de pé, nem virou.
No campo chegou a equipe de resgate com as vans e o trailer pra guardar o balão, e aí todo mundo começou a tirar o ar e dobrar o balão gigantesco. Nós demos uma ajudada também. Nos outros passeios que eu fiz, nesse momento eles serviam café da manhã e os passageiros tomavam café enquanto a equipe guardava o balão, mas aqui eles não serviram café, uma pena.
Quando terminaram de guardar o balão, embarcamos nas vans e encontramos os outros passageiros dos outros balões pra fazer um brinde de champagne (clássico nesses passeios, mas normalmente acontece durante o café da manhã) e a equipe recitou a oração do balonista.
May the winds welcome you with softness.
May the sun bless you with its warm hands.
May you fly so high and so well that God
joins you in laughter and sets you gently
back into the loving arms of Mother Earth.
Fizemos o brinde, cantamos parabéns pra um aniversariante (inclusive em português) e voltamos pro escritório do Orlando Balloon Rides. Lá eles tinham café e umas barrinhas de cereal, muito fraco. Essa é a minha única crítica a esse passeio: a falta de um café da manhã decente que é tradicional em passeios de balão – e o preço aqui é o mesmo que qualquer outro lugar que oferece o café, não tem desculpa pra não ter. Tanto no Arizona quanto na Toscana montaram as mesas no campo onde o balão pousou e colocaram um belo café da manhã pra gente.
A diferença óbvia entre os três passeios de balão que eu fiz é a paisagem, sendo a Toscana o lugar mais bonito dos três. Tanto em Orlando quanto no Arizona a gente acaba vendo muitas casas, estradas, não é uma paisagem tão incrível quanto na Toscana ou como deve ser na África ou na Capadócia por exemplo. Mas se você sempre quis fazer um passeio de balão e estiver em Orlando, pode aproveitar a oportunidade! Vale lembrar que cada passeio é diferente, porque o vento é que determina a rota. Você nunca sabe por onde exatamente o balão vai passar.
Dicas: marque o passeio logo no início da sua viagem, porque se eles tiverem que remarcar por causa do mau tempo, você tem como ir outro dia. Isso aconteceu conosco, desmarcaram o nosso passeio e remarcaram pro penúltimo dia da viagem!
Crianças a partir de 4 anos podem voar, mas eu pessoalmente não levaria uma criança de 4 anos, porque tem que entrar e sair do cesto rápido e você vai ter que pegar no colo. O cesto é bem alto, tem mais de um metro de altura, acho que a minha filha que tem 7 anos não daria altura pra ver nada, então só levaria uma criança de uns 10 anos ou mais. Mulheres grávidas também não podem voar.
Use roupas confortáveis e pense que você vai ter que escalar o cesto pra entrar e sair. É obrigatório usar sapatos fechados, não pode usar sandália ou chinelo.
Vale a pena levar um casaquinho porque como você sai bem cedo antes do sol nascer, é mais friozinho. Depois que sai o sol vai esquentando.
Informações úteis:
Orlando Balloon Rides
Endereço: 44294 US Highway 27 Davenport, FL 33897-4504
Telefone: 407-894-5040
Preços: Dia de semana: Criança (4 a 10 anos) $99 USD e Adulto $195 USD. Sábados e domingos Criança (4 a 10 anos) $109 USD e Adulto $225 USD.
Horários: diariamente, a equipe vai indicar o horário que você tem que chegar.
Você pode comprar direto pelo site deles, Viator ou parcelado em reais comigo.
Viajei a convite da B2 Portals, agência de publicidade e marketing idealizadora da Amazing Trip, em parceria com a Brazil Connect Us, uma empresa que conecta a indústria de turismo brasileira aos Estados Unidos. Além do Colagem estavam no grupo também outros meios de comunicação online: Andreza Dica e Indica Disney, Bem Patricinha, Catraca Livre, Coisas de Orlando, O Tour nosso de cada dia, Trilhas e Aventuras e Viajar é tudo de bom. Todos os custos desta viagem foram pagos pelos organizadores. Não existe nenhum tipo de acordo entre blogueiros e agência/patrocinadores sobre o que vai ser escrito ou quando, cada blogueiro vai dar a sua opinião sobre cada programa.
Se você ainda não leu, veja o meu post Lista do que você precisa saber pra uma viagem a Orlando com muitas dicas pra ajudar no seu planejamento! E todos os posts sobre Orlando aqui no blog.
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Vitória says
Que legal! Sempre quis andar de balão.
Angelina says
Luciana, estou dando uma passadinha aqui para elogiar seu blog. Acompanho as “escondidas” há um ano e quebradinhos e posso confessar que amo suas dicas. A forma que você cria suas crianças, sempre inserindo a língua e a cultura brasileira me inspira muito. Eu tenho três filhas e minha esposa é americana-cubana, aqui em casa usamos o Português e espanhol com as crianças e o inglês é na escola, suas dicas são bem úteis afinal, todo mundo sabe como é complicado conciliar tantos idiomas em uma só moradia. Valorizo a cultura brasileira e a Cubana, logo, ela também gosta da “cultura dela”, que no caso é a americana. Vejo seus posts em valorização a família, seja ela qual for e me sinto emocionada. Eu sei como é isso na pele, minha filha tem sete anos de idade ( a mais velha) e já sofreu preconceito de sua própria professora, além dos diversos olhares estranhos por ter suas mães, meu maior medo é que Marlowe, a do meio, sofra a mesma coisas quando entender mais um pouco… E logo depois, a mais nova.Fico imaginando como deve ser no Brasil, já que apesar de tudo, os EUA ainda estão um passo a frente nesse quesito. Esse é um dos poucos blogs que em meu curto tempo posso me sentar e ler com tranquilidade, porque eu sei que a informação será de bom agrado.
Obrigada e abraços.
Luciana Misura says
Obrigada Angelina 🙂 Que delícia ler esse seu comentário! Muito bacana a sua família trilíngue, e felizmente as coisas estão mudando, principalmente nos EUA, e as pessoas aceitando melhor famílias fora da forma convencional. O melhor é que as crianças de hoje estão cada vez mais abertas a esses novos modelos familiares, então se os adultos não estragarem a cabecinha delas no meio do caminho, as suas filhas vão ter cada vez menos problemas desse tipo. Mas vide o quanto de suporte os adolescentes LGBT tem recebido em redes sociais e na mídia americana que a gente vê que o caminho é a tolerância! Grande beijo pra vocês!