Consegui terminar a meia-maratona em 3h41min que foi menos que o meu tempo previsto de 4 horas. Fiz o percurso todo caminhando, que era o meu plano desde o início, dava pra ter feito em uns 20-30 min a menos se eu tivesse dado o máximo e não parado pra tirar nenhuma foto, mas eu fiquei preocupada de fazer muito rápido e no final não conseguir completar, que era o meu objetivo maior do que qualquer tempo.
Foi tudo muito legal, essa maratona é a Rock and Roll San Antonio, e tem esse nome porque tem bandas a cada 2-3 milhas tocando ao vivo. Então boa parte do percurso você faz com música e é bem animado. Foram 30 mil pessoas participando, umas 70% fazendo a meia-maratona (21km) e as outras 30% fazendo o percurso completo (42km). A largada foi uma loucura, aquele povo todo esperando nos “currais” – baterias de quase mil pessoas agrupadas de acordo com o tempo que elas estimaram terminar o percurso. Eu saí obviamente lá atrás, já que o pessoal que corre acaba muito mais rápido; o primeiro grupo saiu as 7:30 AM e eu só as 8:30 AM. Muita festa, muita gente fantasiada, gente de todas as idades caminhando ou correndo, o importante era terminar. Gente que estava acordada desde 4 da manhã, quando os ônibus da organização do evento começaram a levar os participantes de diversos pontos da cidade para a área da largada. Eu fiquei na fila das 5:40 AM (ainda escuro) até umas 6 e pouco, acho que cheguei umas 6:30 AM.
No caminho, conheci gente que estava ali por diversos motivos, um dos participantes do Team In Training, o Mike, que terminou a meia-maratona caminhando comigo tinha acabado a sua quimioterapia há apenas 6 meses e estava ali todo contente, me contando que em janeiro se alguém contasse pra ele que ele estaria completando uma meia-maratona em novembro, já livre do câncer, ele nunca teria acreditado. Uma senhora que mancava desde o comecinho da prova estava lá, firme e forte, perguntei pra ela se estava tudo bem e ela me disse que sim, que ela tem um problema na perna mas que ia terminar em homenagem a alguém da família que está doente, não consegui entender muito bem, ela falava bem baixinho. Desejei boa sorte, espero que ela tenha conseguido chegar. Duas meninas de Dallas, Kelli e Megan, foram minhas companheiras da metade pro final, elas estavam tirando fotos de todas as bandas e já estão planejando o próximo evento pro ano que vem.
Fiz o meu percurso direitinho, seguindo as dicas da técnica e dos meus amigos Camila e Gustavo, triatletas que me deram valiosos conselhos e equipamento, valeu mesmo! De hora em hora eu tomava um gel ou comia uma barrinha especial pra quem está fazendo exercício, pra repor as energias, muita água, gatorade, tudo preso no cintinho que eles me deram 🙂 As meias acolchoadas salvaram os meus pés que terminaram sem nenhuma bolha ou queimadura, só doloridos mesmo por causa da distância e impacto. As pernas foram devidamente tratadas numa banheira com água com três baldes de gelo por 30 minutos e estão ótimas, só um dolorido básico daqueles de dia seguinte de academia, nada demais. E no final das contas, eu não dormi, eu capotei. Bati na cama e praticamente desmaiei, acho que nunca dormi tão rápido na minha vida.
Gabe e Julia me encontraram quando passei pela 8a milha, Julia não entendeu nada e me deu tchau sem saber por que eu estava passando direto por eles. Infelizmente eles não conseguiram chegar a tempo na linha de chegada, como a cidade estava com quase todas as ruas fechadas e bloqueadas e eu terminei 20 min antes do previsto, Gabe não conseguiu andar de onde ele estava dando almoço pra Julia até a linha de chegada a tempo (eu terminei ao meio-dia e pouquinho). Eles apareceram uns 15 minutos depois que eu terminei a prova. Então não tem foto minha cruzando a linha de chegada por enquanto, vou ter que esperar a foto oficial do evento ser disponibilizada online pra colocar aqui (eles tem fotógrafos que ficam tirando foto de todo mundo que passa e depois você vai ao site e vê pelo seu número quais fotos tem de você). Foi uma experiência muito legal, agora de repente treino pra fazer uma meia-maratona correndo ao invés de andando 😉
Update: clicando nesse link e colocando o meu número 32872, dá pra ver o videozinho que mostra a minha chegada. Bem legal que a organização do evento fez isso.
Os nomes dos homenageados na minha camisa, pra quem não conseguiu ler (fitas roxas para os sobreviventes ou em tratamento, fitas brancas para os que não estão mais aqui conosco): Indianara, Camila Soares, Uma Stigall, Vinicius Morais, Todd Rauch, Ana Teixeira, José Morais, Amy Stockinger, Laurinda Bordallo.
Be says
Parabéns, Lú. 🙂
Glaucia says
Muito bom! Luciana….ate mais
Dricota says
Parabéns Lu! Emocionante fazer parte né?!
Bjs
Luciana Misura says
Brigada! 🙂 Agora que fiz, gostei e quero treinar pra fazer uma correndo 😉
Dri, sim, muito legal, você também vai fazer uma né?
Isabella says
Que maravilha! Parabéns!!!
Luciana Misura says
Isabella, você viu o nome da Indianara na minha camisa?
Felipe Brum says
Olá Luciana,tudo bem ?
Sou novo aqui em seu blog,estou adorando,parabéns mesmo,vc escreve muito bem.
Abraços e continue postando.
Lelei says
Parabéns de novo pelo esforço, só quem participa mesmo que sabe a adrenalina que rola no sangue, e a satisfação que dá no final 🙂 Depois se der me manda que meia acolchoada você usou, acho que seria uma boa pros meus 10K por aqui também! Brigada :*
Cintia says
Show, Luciana! Parabéns pela conquista, ainda mais por ter sido por uma causa! Foi uma bela homenagem e fiquei motivada a fazer algo parecido na próxima vez que correr!