Nesse momento (15h30 no Brasil, 14h30 aqui) a minha família está no Brasil reunida para o enterro, fiquei aqui pensando no meu avô, o que eu diria se estivesse lá, e resolvi escrever.
Meu avô era brasileiro filho de portugueses e tinha muito mais hábitos portugueses do que ele mesmo poderia imaginar. Ele às vezes me contava das suas lembranças de Portugal, pois a família morou lá por alguns anos no Vale do Rio D’Ouro, onde a família da minha bisavó morava. Ele era pequeno, tinha uns 8 ou 9 anos ou até menos, mas ele ainda lembrava de quando eles faziam vinho e pegavam azeitonas. Adorava um pãozinho a qualquer hora, um bom cafezinho, e tinha o jeito de ser simples (e muitas vezes considerado injustamente rude) dos portugueses.
Minha lembrança mais antiga e vívida do meu avô acho que eu tinha uns 7 anos, nas férias da escola, quando passávamos dias lá na casa dele, eu, meu irmão e meus primos Vinícius e Leandro. Acho que meu primo Felipe não era nascido ou muito pequeno ainda. A gente subia nas árvores, corria pela casa toda, minha avó ficava nervosa, chamava meu avô, que sempre foi “brabo” e pra gente se “esconder” dele subia em cima do carro. Ele vinha procurar a gente aos berros, falando que ia mandar todo mundo de volta para casa. E a gente ficava com medo mas ao mesmo tempo rindo da confusão. Adorávamos acompanhá-lo ao supermercado, e ele ia todos os dias com a irmã, que morava na mesma rua, porque eles compravam tudo fresco. Eles iam a pé, conversando, e depois subiam a maior ladeira carregando as sacolas, na maior tranquilidade.
Meu avô sempre foi muito inteligente, mesmo tendo pouco estudo. Lia muito, jornal ele lia todos os dias, sempre, e teimava em ler sem óculos, mesmo não enxergando bem. Ele sempre foi criativo, inventava ferramentas, consertava coisas, fez tudo quanto é curso via correio que se pode imaginar, consertava televisão, carro, máquina de lavar, o que fosse, era uma diversão. Mesmo com a idade que tinha ainda ajudava meu pai e meus tios a reformar e construir coisas. E muito talentoso, ele foi desenhista (profissão mesmo). Sempre foi também muito cabeça-dura, e isso já virou herança de família…toda vez que ele trabalhava com algum dos meus tios ou meu pai, terminava sempre em discussões homéricas porque cada um queria fazer de um jeito.
Mas depois que minha avó morreu, há 12 anos, ele começou a mudar. Primeiro ele ficou muito deprimido, por uns dois anos a gente ficava com medo dele desistir de viver. Depois ele começou a melhorar, e ficou uma pessoa mais relaxada, mais tranquila, se estressava muito menos com as coisas e mais brincalhão. Aquele meu avô “brabo” começou a sumir e deu lugar a uma pessoa mais alegre, disposta a viver da forma mais simples possível, sem complicar as coisas. Ele, que sempre foi surdo de um ouvido e ouvia mal do outro e se recusava a usar aparelho (e pra falar com ele tinha que gritar mesmo), deu o braço a torcer e comprou um aparelho, apesar de usar só de vez em quando. Há uns 5 anos ele começou a se vestir de Papai Noel no Natal, fazia questão de trazer os presentes de todo mundo, e entregar um por um, para adultos e crianças. Ele terminava de entregar os presentes e falava “até o ano que vem se eu ainda estiver vivo”, para horror da família inteira. Ele era o modelo da marca do meu irmão, a Quê!, e posou várias vezes com as roupas de surfista e óculos escuros. Achava tudo engraçado.
Não sei há quanto tempo ele começou a se preocupar com a saúde, cortou os muitos cafezinhos e pão na hora da comida que ele gostava, mas longe dele usar algum produto não-natural. Jamais comia margarina, só manteiga, nunca bebia suco de caixa, achava isso tudo “porcaria” (e tinha o melhor colesterol da família). Foi vegetariano já com mais de 70 anos, depois desistiu mas não deixava de tomar o seu suco de salsinha (blargh!), comer um dente de alho cru misturado a cada refeição, comer suas verduras que ele mesmo plantava na horta. Aliás, desde que eu me entendo por gente meu avô tem horta, sempre plantou alface, chicória, agrião, salsinha, tomate, até feijão e morango (morango no Rio de Janeiro, haha). E ele sempre teve “dedo verde”, era impressionante.
Ele gostava de pescar, cresci vendo meu avô sair pra pescar de manhã cedinho e voltar ao pôr-do-sol toda vez que a gente ia acampar ou ia pra Cabo Frio no verão. E ouvia que ele não pescava de noite porque o peixe não enxerga a isca… Nunca gostou muito de bichos, mas se apaixonou pelo meu cachorrinho Link, que vai sentir a maior falta dele. Todos os dias de manhã cedo ele abria a porta da cozinha para a área onde fica o Link e começava a falar (gritando, porque ele não ouvia) “BOM DIA LIN-QUÊ! LIN-QUÊ TUDO BEM COM VOCÊ” e logicamente acordava a casa inteira. O Link fazia companhia pra ele, ele ficava sentadinho no portão em frente a horta, vendo o meu avô trabalhar. E ele se divertia perguntando pra gente (os netos) todas as vezes que íamos para a casa de algum dos tios ou voltando pra nossa própria casa se a gente sabia onde estava. A gente ria e respondia, eram sempre as mesmas perguntas, desde criança, ele fazia de propósito.
Ele falava com o Gabe, olhava pra mim e falava “ah, minha neta, eu não sei falar com ele, ele entendeu?”. Falei com ele no telefone uma semana antes dele ter o derrame, perguntei quando ele viria nos visitar, queria muito que ele visse o meu jardim, fosse pescar nos lagos aqui de Michigan, ele ia gostar. Mas ele me respondeu “já estou muito velhinho, já vou fazer 87 e tenho medo de avião”. E eu ficava aqui pensando que eu ia comprar passagens em um cruzeiro até NY e depois dava para buscá-lo de carro e ele passaria um verão aqui com a gente e meus pais. Eu tinha certeza que ele veria os bisnetos, todos nós tínhamos esta certeza.
Ele adorava sentar perto de mim quando eu estava usando o computador na época da faculdade, ficava observando, maravilhado com a tecnologia. A gente se falou via webcam, ele impressionado, dando tchauzinho para a câmera. Ele tinha essa mania, acenava sem parar toda vez que alguém ligava uma câmera, a gente ria, ria…ele ficava parado como uma estátua, sorrindo, acenando calmamente…É assim que eu vou me lembrar dele, sempre. Tchau vô. É duro acreditar que você foi embora, e já estamos com saudades.
Marcia-UK says
Lu, quantas memórias lindas que você tem do seu avô… Parece até que vi e ouvi seu avozinho chamando o Lin-quê, tão doce! Que ele permaneça sempre muito vivo no coração de vocês todos e que a saudades misturada com tristeza de hoje se transforme logo em algo bom, feliz, que te faça sorrir sempre.
Descanse em paz, Seu Armindo.
Um grande abraço pra você Lu.
da Márcia
adriana says
Que lindo seu texto, Lu. Muito gostosa essa sua lembrança que ficará para sempre.
Be says
Nossa Lú, que post lindo. Você não poderia fazer nada mais lindo para celebrar a vida do seu avô e tudo de lindo que viveu com ele e aprendeu com ele.
Dizer “tchau” é mais do que complicado e “acreditar” quase que impossível. Meu avô também foi embora quando eu já estava aqui. Ficou doente de uma hora para outra e foi embora, deixando todo mundo cheio de saudades, mas Lú… apesar da saudade sem tamanho e sem palavras e da dor que agora não te deixa nem respirar, tenha certeza de que ele está bem, esteja onde estiver, e que sempre, SEMPRE estará vivo no seu coração e no coração das pessoas que o conheceram e que o amaram.
Força, Lú. Se precisar conversar com alguém, me escreve .
Um abração bem forte, Vanessa.
Alessandra says
Sinto muito pela sua perda. Força para você e sua família.
Cilla says
Oi Lu,
tenho lido seu blog faz um tempo e resolvi deixar uma mensagem agora.
Aonde seu avô estiver tenho certeza que ele estará muito orgulhoso da neta que tem…
quem sente saudades é quem realmente amou…
beijos e força!!!
Ninne says
luciana, são realmente preciosas as memórias.
Eu perdi duas pessoas queridas na minha familia, desde setembro. Uma delas era minha prima, da minha iade, e que esteve presentes em todos os grandes momentos da minha vida.
Não é fácil perder quem amamos.
Só nos resta as lembrancas, pois agora estão junto de Deus.
Tudo de bom pra vc.
Haidée says
Oi Luciana. Comecei a chorar depois de ler o seu post sobre seu avô. É que eu perdi minha avó no final do ano passado, já com 100 anos de idade. Eu a amava muito e tinha certeza absoluta que ela ainda ia viver mais uns três anos, pelo menos. E desde que eu mudei para o Recife, fiquei na esperança de um dia ela vir me visitar, apesar da idade super avançada (ela morava em São Paulo). É que ela era danada e vendia saúde. Quebrou as duas pernas (não ao mesmo tempo). Se recuperou super rápido. Só ficou precisando, mesmo, de uma bengalinha, que virou até charme.
Mas numa dessas viradas da vida, apareceu um tumor na coluna, que ela precisou retirar. Depois de uma cirurgia super bem feita e de uma recuperação até que boa, a situação mudou e de um dia para o outro ela nos deixou.
Bem, só estou contando essa história porque achei que tinha algo em comum com a sua. Ambas estávamos longe quando aconteceu. E isso faz uma diferença, porque pra mim ainda não “caiu a ficha” e o tempo todo eu sinto como se ela estivesse viva. De longe é mais difícil de perceber a realidade. Tem o lado bom, que é guardar somente as lembranças boas, de quando eles estavam bem, e com saúde. Hoje, mesmo, eu estava pensando nela e lembrando.
Luciana, não tem muito o que se dizer numa hora dessas. Teoricamente somos preparados para esse momento desde a infância. É a ordem natural das coisas, não é? Não sei não. Acho que todo mundo que amamos deveria “ficar pra semente”. É isso.
Um beijo
Mauro says
Puxa, Luciana, muito bonito o seu texto, uma homenagem muito bonita à pessoa que o seu avô foi e à relação dele com vocês.
Minhas condolências para você e a sua família.
Cido says
Meus sentimentos, Lu, e concordo com o povo aí encima, linda sua homenagem! Que seu vô descanse em paz!
vera says
Minha querida…é dificil encontrar palavras para te dar um pouco de comforto…tenho te visitado sempre.Seu vovo esta com Deus…Só lhe digo uma coisa…entre sempre na loja de Deus…lá vc encontra te tudo …
Um beijo em seu coração…força!!!
“”|Até um dia de sol”
Melissa says
Luti,
Me emcionei muito com seu texto. É difícil imaginar chegar na casa dos seus pais em Itaipu e não ver Seu Armindo pela casa ou cuidando do jardim…
Acho que só conheci a fase “relax” do seu avô. Sempre tranquilo e de bom humor.
Não há muito o que dizer sobre essas perdas… Espero que você sempre guarde essas lembranças bonitas dele.
Um grande beijo!
Flavia - LA says
Lu, lamento sua perda e espero que essas lindas lembrancas te acompanhem pra sempre. Receba meu abraco.
lety says
luciana
Sei que não ha palavras para alivir esse momento tão doloroso. Sinto muito pela perda do seu vovô.
Um abraço forte
letícia
Volta ao Mundo says
Luciana,
Sinto pela morte do seu avô… As lembranças sobre ele estão maravilhosamente descritas!
Um beijo,
Sergio.
Blanda says
Vontade de chorar… nossa… lembrei de meu avô agora, do meu avô querido…
O melhor é que vc só tem lembranças boas, né?
Que Deus o leve para um lugar bem bonito…
Beijos.
Maria Ines says
Lu,
que palavras lindas, parece que isso foi um filme na minha cabeca, fiquei imaginando ele e a irma subindo a ladeira.
Que seu avô descanse em paz!
Andrea Kopp says
Sinto muito, Lu !
Um abraco forte pra voce.
Delma says
Poxa Lu
Sinto muito. Que seu avô descanse em paz, e que vc encontre conforto com as pessoas que te amam.
E que as lembranças fiquem sempre guardadas em um cantinho especial em seu coração.
Rezarei por ele
Delma
Isabel Fontinha says
Que bonita lembraça, fiquei emocionada no final, desejo a vc e sua familia muita força e paz nesse momento.
Bjs!
Edu Lima says
Luciana, que as lembraças boas de seu avô, confortem seu coração. Saiba que ele vai continual pra sempre junto de vocês.
Meus sentimentos
Liesl says
LU, fiquei com o coracao apertadinho ao ler o seu texto. Nao tem como nao se emocionar com as suas palavras e se identificar tb. Sei que todos nos que por motivos diversos estamos fora do BR imaginamos como seria a perda de um ente tao querido (e alguns de nos inclusive jah sofremos esta perda).
Um grande beijo e que o Sr. Armindo descanse em paz!
Spacey says
Esse texto é realmente muito lindo, Lú. Uma linda homenagem para o seu avô. Eu tô até emocionada aqui.
Beijos,
Deby says
Luciana, Sinto pela saudade que dá quanto uma pessoa nossa se vai.
Tem uma prece irlandeza que diz:
“Que a estrada se abra à sua frente, / Que o vento sopre levemente às suas costas / Que o sol brilhe morno e suave em sua face, / Que a chuva caia de mansinho em seus campos… / E, até que nos encontremos de novo, / Que Deus lhe guarde na palma de Suas mãos. ”
Acredite, é onde seu vovô está.
DriScully says
Nâo teve como Lu, comecei a chorar….fiquei emocionada, me lembrei de minha avó….
Que DEus esteja ciom seu avó.
Beijos
Ju says
Lindas memórias…lindas histórias…parabéns pela vida linda…
Zelia Maria says
Lu querida,
Vi novamente você garotinha sapeca, levada, inteligente e carinhosa ao ler o que você escreveu sobre o “nosso” vovô Armindo. Não preciso te dizer o quanto estou sentida, só queria não deixar de te mandar um abraço bem apertado ( gostaria de dá-lo) e um beijo cheio de saudades.
Amo você. Deus te abençoe.
Sua Dinda. ( Rodrigo, Filipe e Tiago estão aqui do meu lado e também te mandam beijos. Taís vai se comunicar e enviar o retrato do Pedro ).
Mais beijos. Dindinha.
Princesa da Martinica says
Meus avós são portugueses e só voltaram a Portugal uma vez depois da partida para o Brasil. Quero tanto que eles venham me ver, mas também dizem ter medo de avião. Tenho muuuito medo de perdê-los sem estar no Brasil.
Sinto pelo teu avô. A vida tem que continuar, eu sei, mas é duro.
Dani says
Oi Lu, nos falamos uma vez sobre a família Bordallo, que minha mãe é Bordallo, não sei se vc lembra…
Senti muito tb como se fosse um membro mesmo da família!
Fique com Deus!
Dani
Sandra says
Uma lágrima rolou… Gostei demais dele apesar de nao te-lo conhecido! Que homenagem bonita, seu avo está rindo pra vc lá de cima e te dando tchauzinho.
raquel says
Luciana,
Num momento tão difícil, você encontrou essa maneira linda de falar de alguém que ficará para sempre em suas lembranças…
cristiane says
q lindo, revivi sua estoria…
q bom q vc tem tanta lembrança boa dele, tenho certeza q eh assim q ele quer ser lembrado.
lilia says
triste, mas lindo texto lu. que privilegio o seu de ter vivido ao lado deste avo tao carinhoso e cheio de amor por voces.
essas lembrancas sao preciosas e ficarao indeleveis no seu coracao.
forca. luz e paz proce. beijos com carinho
Monica says
Oi Lu,
lendo seu texto, revivi a ida do meu pai em outubro… é muito triste, eu tb esperava que ele fosse conhecer os netos, e parar mim também estava próximo e jamais imaginei que ele iria tão cedo. Mas somente espiritos de luz vão assim sem sofrer e seu avô foi assim também… força para voce, que nesse momento estando longe fica ainda mais dificil.
Monica says
Oi Lu,
lendo seu texto, revivi a ida do meu pai em outubro… é muito triste, eu tb esperava que ele fosse conhecer os netos, e para mim também estava próximo e jamais imaginei que ele iria tão cedo. Mas somente espiritos de luz vão assim sem sofrer e seu avô foi assim também… força para voce, que nesse momento estando longe fica ainda mais dificil.
Gisele says
Que mensagem linda, as imagens brotam instantâneas, impossível não se emocionar. Fique com Deus e um grande beijo para você e sua família.
Amy says
Luciana,
Of course I can’t read any of this 🙂 but I can say that your Grandfather’s legacy and beautiful spirit really came across to me when you spoke of him at work. A wonderful, great man and Santa during Christmas. My thoughts are with you and your family right now.
-Amy
clo says
Oi, Luciana!
Não sei se vc lembra de mim, sou muita amiga da Tereza/Zé e sempre admirei muito você, por toda sua tragetória. Senti uma espécie de felidade ao ler o que vc. escreveu sobre Sr. Armindo,pois assim consegui saber mais sobre uma pessoa que eu admirava e tinha um carinho enorme. Dentro do meu coração a certeza que tenho é que ele merecedor como era está em lugar muito especial, aquele reservado para os que aproveitaram o tempo aqui para evoluirem.Que Deus lhe conforte nesse momento de dor e saudade.Aceite meu abraço de fé e força. com carinho . Clô
Dani says
Oi Lu,
Triste isso. Sinto muitissimo pela sua perda. Que lindas lembrancas voce tem dele e estas memorias do seu vovo Armindo estarao pra sempre no seu coracao e de toda a sua familia.
Um abraco forte nesse momento dificil.
(coincidencia, minha avo materna chama-se Arminda)
Cristiano Dias says
Que coisa. Meu avô também era Armindo e filho de portugueses. Ele também era de uma inteligência-sem-estudo fenomenal. Ele também morreu de derrame, só que no caso ele desistiu de viver quando minha avó morreu. Não durou 1 ano.
Se alguém já comandou o batatal foi meu avô. Ele é o ideal de caráter que guia minha vida. Mais de dez anos depois da morte dele falar nele ainda me traz lágrimas aos olhos, porque ele era o cara de quem não se podia falar absolutamente nada de mal. E eu fico assim também porque ele morreu triste, com aquela sensação que os idosos têm de que é um peso para nós.
Então parece que precisamos de mais Armindos.
mariazinha says
lu, tenho idade para ser sua avó, e fiquei impressionada com a sua sensibilidade e quanto amor voce tem no seu coração, tente escrever mais acho que voce tem tudo para ser escritora.Parabéns por ter tido um avô especial. Lembre-se dele sempre com allegria.
Constança says
Ola Luciana! Sou portuguesa e fiquei muito curiosa a cerca da origem da sua familia. Também sou descendente de Bordallo’s do vale do d’ouro e gostava muito que me dissesse o nome dos pais do seu avô Armindo e o seu local de nascimento! Obrigada.