O tempo perfeito da semana já está indo mesmo embora, o céu está dividido entre nublado e azul, mas as nuvens parecem estar vencendo a batalha. Ainda mais no caminho para a Olympic Peninsula, quando pegamos a barca dava para ver bem como estávamos entrando no território das nuvens.
A Península fica do outro lado da baía (Puget Sound) e tem montanhas enormes (Olympic Mountains) que ficam dentro das reservas que cobrem boa parte da península, a Olympic National Forest e o Olympic National Park. Atravessando a península no sentido leste-oeste, chega-se as praias do Oceano Pacífico. Nós pegamos a barca em Edmonds (lado direito do mapa) e depois atravessamos a ponte para a Península e fomos até Quilcene, uma cidadezinha que tem entrada para reservas, áreas de camping, cachoeiras e alguns mirantes como o Mount Walker.
Paramos em Falls View Camp, uma área de acampamentos no topo de uma colina com uma trilha para o rio e a cachoeira lá embaixo. O lugar é bem bonito, cheio de rododendros (a flor que parece uma azaléia, nativa aqui da região) e outras flores silvestres. Fizemos a trilha, descansamos lá embaixo perto do rio e voltamos para a estrada até o topo do Mount Walker. Pena que estava muito nublado, mas dava para ver Seattle ao longe.
Resolvemos procurar uma cachoeira que estava no folheto que eu peguei, mas não tinha um mapa explicando como chegar lá. Vimos uma rua com o mesmo nome da cachoeira e resolvemos experimentar seguir aquele caminho. Fomos subindo, subindo, subindo, uma estradinha de terra que não acabava nunca. No nosso mapa dava para ver que a estradinha serpenteava pelos morros do parque e então voltava a estrada principal, então resolvemos continuar. Aí a estrada começou a estreitar tanto que mal dava para passar o carro, um monte de pedras que tinham rolado do morro no caminho, e o precipício ali do lado, sem mureta nem nada. Por mais de uma hora seguimos a estrada super tensos, parando o carro e tirando as pedras maiores do caminho simplesmente porque não tinha espaço suficiente para desviar delas. A decisão era continuar (opção ruim) ou voltar de ré naquela estradinha (pior ainda). Quando finalmente começamos a descer e a estrada alargou um pouco, respiramos (um pouco) aliviados, mas mesmo assim estávamos preocupados da estrada estar bloqueada em algum ponto mais a frente por causa do número de pedras e árvores quebradas que vimos. Felizmente isso não aconteceu e chegamos até a estrada principal como o mapa previa, mas foram 3 horas no total em que não sabíamos o que tinha pela frente. Ufa.
rosilande says
Nossa Lu, que sufoco, ainda bem que a estrada não estava bloqueada…lugar maravilhoso, a flores nem preciso dizer que amei, adoro esse tipo de passeio em meio a natureza, antigamente todo final de semana fazia um passeio assim em Petrópolis aonde morei quando casada e na floresta da Tijuca, infelizmente o grupo de amigos resolverão parar devido ao perigo, imagina encontrar algum bandido no meio da floresta, porém aí não existe este problema então vocês podem curtir essa beleza.Beijos.
Claudia Pegoraro says
Lu, será que é possível subir a estradinha até o mirante do Mt Walker de RV? Ou é o tipo de estradinha só para carros?
Luciana Misura says
Acho que é só pra carros viu, mal tinha espaço pro nosso carro! Se a estrada estivesse bloqueada a gente teria que voltar de ré pois nem dava pra dar a volta com o carro…