Fomos novamente para downtown, desta vez para a área antiga, perto da Casa Branca. Estava frio e chuviscando, então só éramos nós dois na rua, tudo deserto.
Saímos do metrô e fomos andando até o Octagon, que é uma casa histórica. Esta casa era apenas a residência de inverno da família Tayloe, que morava o resto do ano na sua plantação de tabaco na Virgínia. O Sr. Tayloe, amigo de políticos e presidentes, ofereceu sua casa como residência oficial para o presidente James Madison quando a Casa Branca foi incendiada pelos ingleses, na guerra de 1812. A casa tem três andares e está relativamente conservada, pela Fundação de Arquitetura local. Só eu e Gabe e mais um turista que chegou depois fizemos o tour: no porão ficava a cozinha, a adega, um quarto e um salão onde dormiam os escravos da família e outros empregados da casa. Uma escada de serviço ligava o porão a todos os andares da casa, e é acessível por uma porta camuflada na parede em cada andar. No térreo, o hall de entrada, o salão de jantar e o salão de estar, onde a família dava muitas festas e recebia outros aristocratas e políticos da época. No segundo e terceiro andar, os quartos, 7 no total, e o escritório. Uma pequena parte da mobília original ainda está na casa, e algumas pinturas demonstram como eram alguns dos cômodos mobiliados e decorados. No quintal, uma casa de gelo, um estábulo, um galinheiro e um depósito de carvão completavam o complexo. Hoje em dia só restou a casa de gelo, mas está fechada. Infelizmente não se pode fotografar o interior da casa…
De lá andamos até a Casa Branca, circulamos o jardim enorme e fomos até o Visitor Center para ver fotos do interior, já que depois de 11 de setembro as visitas só podem ser agendadas com meses de antecedência, enviando carta com o pedido para algum político aprovar. Claro que não ficamos por lá muito tempo, para ver foto eu não preciso viajar, então resolvemos deixar o metrô de lado e andar até o National Building Museum.
O National Building Museum é dedicado a construções, incluindo técnicas e ferramentas. Mas o motivo da nossa visita foi o prédio do museu em si, que é incrível, com as suas 8 pilastras de mármore que são grandiosas. O espaço e a iluminação são lindos, e estavam sendo muito bem aproveitados por um grupo de aeromodelistas testava seus aviões no local, para a alegria das crianças que estavam por lá.
Nos dirigimos então a National Gallery of Art, mais precisamente para o prédio Leste, que abriga o acervo de arte moderna – e é um prédio perfeito para isso, uma construção moderna lindíssima, de concreto e vidro com diversos níveis e passarelas se cruzando no vão principal. Uma exposição especial de Picasso e um acervo com grandes nomes da pintura moderna, como Miró, Matisse, Braque, Kandinsky, completam esta fabulosa galeria. Com o museu fechando, lá fomos nós para o Lincoln Memorial.
O Lincoln Memorial, com sua arquitetura de templo grego, fica no extremo oeste do The Mall, de frente para o Capitol e o obelisco. O prédio é imponente e a noite, iluminado, fica ainda mais fantástico. A estátua gigante de Lincoln sentado, olhando para os visitantes, é de arrepiar. Nas paredes, discursos importantes do presidente que é lembrado por iniciar o processo que libertou os escravos nos EUA.
Resolvemos ir embora, pegamos um táxi e no caminho para o restaurante resolvemos ainda parar no Jefferson Memorial, pertinho do Lincoln Memorial. Construído à semelhança do Pantheon de Roma, este memorial fica no extremo sul do The Mall, de frente para o obelisco e a Casa Branca. Uma estátua do presidente Jefferson em bronze e discursos importantes, mais um centro de visitantes no subsolo com a história da vida do presidente completam este monumento, que fica às margens do rio Potomac.
Vencidos pelo cansaço e fome, encerramos o nosso dia em um restaurante italiano no centro antigo, o Tosca. Felizmente fizemos reserva porque o lugar fez jus a fama e estava lotado. Valeu a pena, a comida é excelente: comi um carpaccio com molho de trufas negras e um carneiro ao alho ótimos, e de sobremesa um bolinho de chocolate que me lembrou petit gatêau. Para completar, um café espresso Illy, igual ao que eu tomava quando morava em Sampa. Nem preciso dizer que cheguei no hotel e apaguei…
carola says
que deliiiiiiicia, lu! que viagem gostosa.
obrigado por dividir conosco.
beijo,
Liesl says
To anotando tudo! No verão, qdo o Minduim for maiorzinho a gente faz os passeios downtown rsrsrs
Princesa da Martinica says
Desde 1994 estou louca para conhecer Washington! Meu pai esteve lá nesse ano e eu não canso, até hoje, de ver as fotos! Está na minha lista de resoluções para 2005!
Beijos, Marcia
Deby says
Lindas fotos, como sempre. Estou indo para São Paulo semana que vem e estou doida para fotografar muito!!! Beijos
Andrea says
Vou para Miami em janeiro, pensei em conhecer Washington e Nova York, mas estou desistindo devido ao frio. Acha que d pra aproveitar Washington mesmo no frio
Luciana Misura says
Andrea, claro que eu acho que da pra aproveitar, nos fizemos essa viagem em pleno mes de janeiro 🙂 Se agasalhe bem, compre um bom casaco, chapeu, luvas, cachecol e uma boa bota quando chegar nos EUA e pronto, ande o quanto puder, pegue metro e taxi quando estiver com muito frio ou pare pra tomar um chocolate quente e aproveitar o aquecedor das lojas!