Quem me viu reclamando no Twitter há alguns meses sobre o atendimento médico aqui nos EUA e as constantes infecções de ouvido do Eric meio que já sabe dessa história, só não sabe a última parte. Até final de agosto o Eric não tinha ficado doente praticamente, mas a partir da última semana do mês pra cá ele teve 4 infecções de ouvido em sequência. As infecções foram exatamente na mesma época do ano que a Julia teve quando tinha praticamente a mesma idade que ele, eu desconfio fortemente que estejam relacionadas às mudanças climáticas (do verão pro outono) + anatomia: começa com uma alergia respiratória, que causa a congestão nasal, fluido nos ouvidos que não drena e vira infecção. E assim como a Julia, ele teve reação alérgica a uma linha de antibiótico e foi parar na emergência do hospital.
O problema maior pra mim é a forma como os pediatras aqui querem tratar a infecção de ouvido, que não é o que a gente gostaria de fazer. A Julia já teve vários pediatras aqui em Austin: um quando chegamos que não gostamos, depois outra que era OK mas se aposentou, a pediatra atual (que é a mesma pros dois) e levei o Eric em uma outra pra uma segunda opinião mas foi a mesma coisa no final das contas. A história é assim: infecção de ouvido = antibiótico. Não rola teste de nada, esperar pra ver se a infecção melhora sozinha controlando a febre apenas, não tem nenhum tipo de pesquisa de causas ou algum tratamento pra melhorar a congestão ou drenar o fluido. Eu detesto essa história maluca de antibiótico pra tudo, até pra resfriado hoje em dia querem dar antibiótico, e como os meus dois filhos já tiveram reação a diferentes tipos de antibiótico, aí mesmo que eu quero evitar ao máximo. E a recomendação de todos esses pediatras e dos dois otorrinos (em épocas diferentes, um pra Julia e um pro Eric) é a padrão da Associação Americana de Pediatria: depois de 3 infecções de ouvido em menos de 6 meses, eles recomendam a cirurgia pra colocar tubos microscópicos nos ouvidos que ficam ali entre 6 meses a 1 ano pra drenar o fluido e prevenir as infecções. E a gente quer evitar essa cirurgia ao máximo, principalmente por causa da anestesia: eu não me dou muito bem com anestesia, tenho problemas com muitos remédios e a Julia e o Eric estão infelizmente mostrando que puxaram a mim nesse sentido.
Falando pelo Twitter com uma amiga médica pediatra no Brasil ela me falou que é comum o tratamento com corticóides pra ajudar a drenar o fluido dos ouvidos, e que numa situação como a dele ela sugeriria testar pra saber se a infecção seria por causa viral ou bacteriana antes de prescrever um antibiótico. Aqui eles não testam pra saber nada disso, mas na última infecção que ele teve antes da gente viajar pro Arizona, eu falei sobre o tratamento com corticóide pra pediatra dele aqui e ela topou. Não que eu ache o corticóide uma beleza, mas pelo menos não estava dando mais um antibiótico pra ele tão em cima dos outros, sem saber se ia funcionar ou não, e sem secar o maldito fluido nos ouvidos que não estava indo embora e apenas sendo re-infectado no final das contas.
Quando voltamos do Arizona a infecção já tinha passado mas os ouvidos ainda estavam com fluido. A pediatra então sugeriu que a gente marcasse consulta com um quiropraxista, porque ela tinha vários pacientes com problema de infecções de ouvido frequentes que não tiveram mais depois desse tratamento. Ele começou semana passada, já fez 4 sessões (eles recomendam 12). Ontem começou a ter febre e eu já fiquei logo nervosa achando que era o ouvido novamente. Levei na pediatra já sem esperança e para a minha surpresa, não era. Os ouvidos estão sem fluido nenhum, ela mesma ficou impressionada que depois de meses com os ouvidos sempre com fluido, agora estão finalmente de volta ao normal. No final das contas a febre deve ser uma virose qualquer, estamos observando pra ver no que vai dar. Mas pelo menos a boa notícia é que ao que parece o tratamento com o quiropraxista está resolvendo o problema dos ouvidos. O principal é conseguir atravessar o inverno sem novas infecções, porque a anatomia vai mudar e esse problema normalmente se resolve sozinho por causa disso, lá pelos 18 meses – 2 anos. Mas como essa época é a pior por causa de resfriados e gripes, as chances desses resfriadinhos virarem infecções de ouvido nele são altas. Veremos se a quiropraxia vai ser mesmo eficaz.
Sonia Nogueira says
Luciana,
Tenho grande experiência no assunto pois minha filha (hoje com 21 anos) teve 19 otites antes dos 2 anos de idade. Em 6 destas crises foi necessário rasgar o tímpano com bisturi para que o fluido pudesse sair.
A cirurgia que você comentou, ela fez 2 vezes: da primeira o carretel saiu em apenas 2 meses e na segunda não durou nem 1 mês.
A pediatra dela também não gostava de ficar dando antibiótico, tentavamos sempre alternativas mas, em quase todas as vezes apenas prolongávamos o sofrimento e acabava tendo que dar o antibiótico de todo jeito. Tentavamos também utilizar os sábios ensinamentos dos mais antigos, compressas quentes e etc.
A pediatra mandou fazer tudo o que é tipo de exame e nada de muito anormal foi constatado, apenas que era um “sistema imaturo” e que por volta do 3 ou 4 anos deveria estar tudo resolvido.
Obviamente, também havia um fundo alérgico envolvido no processo que acabava dando o start para as crises e, por este motivo, inciamos um tratamento com vacinas para alergia.
O tratamento durou cerca de 1 ano e, talvez associado com o fator idade, as crises cessaram quando ela estava com cerca de 3 anos e pouco.
Depois desta idade, ela teve apenas duas otites e mais nada.
É difícil, é muito difícil acompanhar um filho com otite aguda, parece que dói na gente.
Boa sorte aí com o Eric.
Beijo
Luciana Misura says
Sonia, esse tratamento pra alergia por exemplo, é da homeopatia ou alopatia? Nunca ouvi falar desse tratamento nos EUA, somente no Brasil…
O Eric nem parece afetado pelas otites, se ele não tivesse febre a gente nem saberia que ele está doente de novo!
Sonia Nogueira says
Oi Luciana,
O tratamento de alergia é da alopatia mesmo, injeções semanais, orientadas por uma clínica especializada em alergias.
A pediatra não era contra tratamento com homeopatia mas, na opinião dela, o caso exigia medidas mais imediatas e a homeopatia nos traria melhoras a somente a longo prazo.
O fato dele não ter dores fortes é uma benção. Sorte dele e sua também. A minha filha sofria horrores, gritava de dor. Noites e noites sem dormir.
Beijo,
Sônia
Luciana Misura says
Oi Sônia, ah tá, é alopatia, então já vi por aqui sim, mas ainda não soube de nenhuma criança que fez, só adulto. Mas de qualquer forma a gente não tem confirmação ainda que é realmente alérgico. Coitadinha da sua filha! 🙁 Beijos!
Barbarella says
Parece que a teoria é diferente da prática. Aprendi enquanto estudava para as provas do Board que a melhor saída para AOM é monitorar, observar e tratar os sintomas. Há inclusive treinamento de counseling para mães explicando porque essa é a melhor saída. Até porque em 90% dos casos as infecções são virais e antibióticos não vão ter efeito nenhum. É expor a criança desnecessariamente. Eu tenho horror a essa postura americana de ‘medicalizar’ tudo! Já vi cada coisa… é difícil manter uma postura profissional sem julgar (mentalmente), sabe? Boa sorte com a quiropraxia. Tomara que continue funcionando 🙂
Luciana Misura says
Já ouvi de alguns médicos que eles normalmente querem esperar, os pais não querem, e aí sempre tem briga, e depois de um tempo eles já saem dando antibiótico mesmo pra não ter que ficar brigando com os pais. Mas no nosso caso eu sempre quero esperar e os pediatras nunca querem…difícil viu!
Amanda Sanchez says
Lu, e a vacina pneumo 10-valente, a pediatra achou que não valia a pena?
Luciana Misura says
Menina, sabe que eu cheguei a falar com a Pediatra sobre isso e depois rolou uma confusão com o plano de saúde, a gente teve que ir numa outra pediatra diferente até resolverem e quando voltamos pra nossa pediatra usual acabamos não falando mais nisso? Vou falar com ela novamente sobre isso, obrigada pela lembrança! Ele tomou a 13 e não a 10!
Amanda Sanchez says
Obviamente não é garantia de nada, mas, como eu disse, vai que é por Haemophilus… Aí a pneumo 10-valente, que vem conjugada com partes dessa bactéria, pode oferecer uma protação cruzada.
O tubo de ventilação é uma opção se ele mantém líquido no ouvido entre as crises, mas, se fosse meu filho, eu ia tentar medidas não cirurgicas antes. E, como de modo geral sou incrédula para tratamentos alternativos, acho que optaria pela vacina.
Se você conversar com a pediatra e decidirem vacinar, conta depois se deu certo. Apesar que agora nunca saberemos se foi a vacina ou a quiropraxia… Perdi a chance de uma resolução brilhante!! Hahaha…
Beijos!
Luciana Misura says
Ah, mas eu sou super a favor da vacina sim, independente de qualquer tratamento “alternativo” (que eu também desconfio muito, mas entre não fazer nada e fazer a cirurgia, resolvemos tentar a quiropraxia). Vou falar com a Pediatra amanhã sobre a vacina novamente. Beijos!
Luciana Misura says
Ih, olha Amanda, eu tava lendo mais sobre a vacina e a que eles dão aqui se chama Prevnar (13). Antes da 13 eles davam a Prevnar-7 e não 10. Não vi em nenhum lugar essa 10. Ela é uma Pneumococcal conjugate vaccine, certo? Será que tem essa 10 aqui nos EUA?
Camila says
Essa coisa de dar antibiotico pra tudo me irrita. Minha
enteada tomava antibiotico pra tudo antes de morar com a gente.
Ficava gripada, a mae levava logo no pediatra e pedia antibiotico.
Depois que veio morar com a gente quase nao fica doente. E bem
claro que o problema era a imunidade dela, que melhorou. Outra
coisa que eles adoram aqui e remover as amigdalas, como se nao
fosse nada demais uma crianca passar por uma cirurgia desse tipo. A
mae da minha enteada insistiu e o medico quis fazer, e a menina na
vida toda so tinha tido duas amigdalites. Obviamente meu marido nao
concordou, e ela nunca mais ficou doente. Teria passado pela
cirurgia sem necessidade. Espero que o Eric continue
melhorando.
Luciana Misura says
Nem me fala, me irrita profundamente! A gente acabou não operando a Julia e as otites dela pararam completamente, estou esperando pra ver se o Eric vai pelo mesmo caminho…
Kiki says
Minha filha, agora com 13 anos, teve vrias otites, muitas
vezes sem febre, e sem dor, quando acordava pela manh o tmpano
tinha aberto e estava com secreo no travesseiro, o pediatra aqui do
Rio dava corticoide, pois nem febre ela tinha, e sabe o que
aconteceu? O sistema imunolgico dela foi piorando, piorando a cada
corticoide que tomava, com 4 anos alm das otites ela pegava todas
as viroses que tinham no ar, e todas complicavam. Foi um horror que
acabou com a homeopatia! S te falo uma coisa: cuidado com
corticoide. Melhoras para o Eric1
Luciana Misura says
Kiki, sim, sei bem dos problemas que corticóides podem causar! Minha mãe tomou muitos corticóides por causa de alergia e teve problemas depois por causa disso. Por isso falei que não considero corticóides um “remédio melhor” necessariamente…mas pelo menos ele faz efeito, enquanto um antibiótico para uma infecção viral não faz efeito nenhum. É tomar remédio a toa! Beijos!
Livi says
Tadinho do Eric. Absurdo eles distribuirem antibiótico assim para qualquer coisa. Aqui no Canadá, pelo menos na minha experiência, a diferença é que eles evitam dar qualquer remédio para as crianças o máximo possível.
Não sei qual o procedimento em relação as otites mas os 2 filhos de uma amiga colocaram o tal do tubo. Tomara que o Eric continue melhorando e não precise. Boa sorte Lu!
Luciana Misura says
Aqui eles também evitam dar remédio pra crianças o máximo possível, a não ser que seja antibiótico, hehe! Sem brincadeira, nenhum dos pediatras nunca quer dar nada pra doença nenhuma, mas eles são rapidinhos no antibiótico. Vai entender…
Conheço muita gente que tem filhos com os tubos Livi, inclusive os meus sobrinhos (minha cunhada é médica e acha uma maravilha). Meu problema não é nem com os tubos, é com a anestesia e com o fato dos meus filhos já terem demonstrado que são sensíveis a medicação, como eu sou. Brigada!
Glaucia says
Ola Luciana, meu segundo filho sofreu muito com dores de ouvido,nao sabiamos o que fazer e era como vc disse uma atraz da outra, e naquele tempo…… era antibioticos super fortes,inclusive a tao temida Benzetacil(fico muito chateada em ter submetido meu filho a tamanha dor) tanto que adquiriu alergia a tetraciclina.Hoje com mais informaçoes,tem medico que realmente nao querem ir direto a medicaçao forte, deixando o organismo controlar,com meu filho foi somente o tempo mesmo.Agora com meu neto esta sendo diferente o Pediatra dele, desde a maternidade ja instruiu “Soro fisiologico nas narinas SEMPRE”, acredito que esta dando resultado, ate agora nada de dor de ouvido,ele ja ate acostumou, toda troca de fralda colocamos o soro.E dificil ve-los com dor nao?Tem casos aqui na fcia que a cirurgia foi uma bençao, que os pais se arrependem de nao terem feito antes, e a decisao e com os Pais,ficamos com do, mas p eles sera somente o restabelecimento e como criança sao rapidas em tudo, saram logo.fique com Deus,
Luciana Misura says
Oi Glaucia, coitado, deve ter sofrido mesmo! Que bom que agora com o seu neto é diferente. Mas nunca ouvi ninguém dizer que coloca soro fisiológico sempre assim em neném, vocês colocam sempre quando ele está doente ou sempre mesmo, até quando ele não está?
Eu acho que a cirurgia deve ser ótima pra muitas crianças, mas acho também que a recomendação deles de 3 otites = cirurgia um exagero. Se fossem 6, 10, eu até entenderia, mas 3…acho muito pouco pra uma solução tão radical. Beijos!
isabella says
Lu, espero que o tratamento com o “quiro” ajude, nós levamos o David por outros motivos e notei melhora no inicio do tratamento.
Você dá probioticos ao Eric? Vale a pena! O David teve muitas infecções de ouvido espaçadas neste último e eu tenho certeza de que o excesso de antibióticos detonou com a flora intestinal dele. :/
Luciana Misura says
Isabella, a gente deu probióticos quando ele tomou os antibióticos, porque ele acabou com diarréia por causa dos antibióticos. Mas tem um tempinho que paramos de dar, depois que ele melhorou da diarréia não demos mais. Tem alguma vantagem em continuar dando?
pacamanca says
A Carol quase não tem dor de ouvido, mas agora (depois de grande) deu pra ficar toda entupida toda vez que fica resfriada, ao ponto de não ouvir direito. E aí só com corticóide mesmo. Eu tive otite a minha infância inteeeeeeeeeeira, também tive que fazer várias perfurações do tímpano, compressas quentes, you name it. Até o início da adolescência só saía de casa com anti inflamatório na bolsa, morrendo de medo de ter dor de ouvido. Qualquer vento que eu pegava nos ouvidos dava otite, uma droga. Hoje em dia não tenho mais, mas tomei muito antibiótico também. A pediatra da Carol na Itália evita antibiótico sem motivo, felizmente, então normalmente quando ela tem otite eu fico observando e taco um corticóide assim que ela começa a ficar surda. Normalmente se resolve sem mais problemas, mas ela precisou de atb algumas vezes sim porque a febre não cedia e a surdez não passava.
Luciana Misura says
Putz Letícia, mas que horror essas otites! Eu nunca tinha dor de ouvido e nem o meu irmão, então isso tudo pra mim foi novidade. Mas depois de adulta morando em lugar frio eu percebi que tenho uma mega sensibilidade nos ouvidos quando bate o vento gelado do inverno, fico logo com os ouvidos doendo MUITO. Mas é temporário, é só botar um chapéu e esquentar que passa.
Tô boba que você não falou nada de ruim da quiropraxia, tinha certeza que você ia falar alguma coisa 😉
pacamanca says
Hahahahaha tenho minhas reservas, mas como sei muito pouco sobre o assunto prefiro não dar pitaco. A minha “bíblia” da psoríase recomenda (inclusive foi um chiro que escreveu), mas na Itália não tem tradição disso, não conheço ninguém que tenha feito pra me dar uma orientação, e do pouco que me lembro de anatomia sei que se o cara não for muito bom há risco de lesões, por isso ainda não me aventurei.
Claudia Dannemann says
Boa sorte aí com seu filhote! Eu acho essa fase por volta de um ano muito difícil. Passei horrores com os dois aqui até os 2 anos e meio e depois disso, subitamente começaram a melhorar loucamente. A cabeça cresce, os órgaos se expandem e tudo melhora. Tenha fé! Minha filha também ficava completamente surda mas nunca teve dor, portanto nao apelei pro antibiótico e nao operamos. Tenho horror de operaçao. Com 8 anos ela já está bem melhor, apesar de eu nao considerar o ouvido o seu ponto fraco e sim os brônquios, mas mesmo estes também já passaram da pior fase. Meu filho foi operado de adenóide e fizeram corte no ouvido de quebra porque roncava horrendamente. Eu tinha a impressao que ele nem conseguia respirar. No caso dele valeu a pena. Mas otite mesmo só duas vezes. O nariz escorre o inverno inteiro e a gente vive limpando nariz de criança aqui. Nao acho que tudo tem que ser explicado como alergia. Sempre que comento no Brasil dos problemas respiratórios da minha filha, ouço o pitaco básico de que só pode ser alergia. Finalmente resolvemos testar no ano passado. Alergia a nada, absolutamente nada, entonces nada de vacinas e substâncias para bagunçar mais o coreto. Eu só nao testo osteopatia nos dois, porque eles sao totalmente elétricos e tenho pena do osteopata, mas acredito que seja uma excelente alternativa. Já fiz em mim durante anos e sou fanzoca. Quiro tem lá suas semelhanças com osteo, né?
Luciana Misura says
Brigada Claudia, realmente é uma fase bem complicadinha! Mas o nariz escorre no inverno por causa da temperatura mesmo né, além dos trocentos resfriadinhos que eles pegam…que bom que ela não tinha alergia a nada! A Julia a gente testou ano passado e também não deu nada. Não sei nada de osteopatia, então não tenho ideia se parece com quiropraxia ou não!
Maíra says
Ai, pois é! Como você viu, o Luquinha fez a cirurgia semana passada… Relutei muito para decidir fazer pela cirurgia no início, mas não gosto de ver ele doente. Ano passado acho que foram 6 ou 7 infecções seguidas antes de decidirmos pela cirurgia. Tentamos uma naturopath (homeopata) mas não funcionou. Semana passada meu quiropraxista viu o Luca e recomendou que ele não fizesse a cirurgia (que desta vez foi tubos, adenóides e amigdalas), mas como estou de mudança e vou para um país que não falo a língua e não sei como será o tratamento, resolvi colocar os tubos novamente. O Luca antes e depois da cirurgia era outra criança (fizemos a primeira vez em janeiro de 2012). Com os tubos, ele dormia a noite inteira, não ficou doente uma vez, respirava fundo pelo nariz para dormir. Assim que os tubos saíram do lugar (uns 9 meses depois), o ciclo de infecções recomeçou, o sono ficou interrompido, nariz sempre escorrendo. Os médicos acham que o Luca tem fundo alérgico, já que com a idade que ele está já devia estar mais resistente. O quiropraxista comentou de tentarmos probióticos para ajudar a restaurar a flora intestinal dele e melhorar o sistema imunológico e o alergista receitou um spray pro nariz. Não tive tempo de testar isso agora mas vou usar para no futuro se os tubos caírem de novo, ele possa viver sem eles. Não quero ficar dando antibiótico e a pediatra dele até aceita não dar e ir acompanhando, mas tem vezes que ele ficava doente por mais de um mês. Não acho que isso seja qualidade de vida para uma criança. Queria que aqui tivessem mais opções mais naturais.
Mas o que é esta vacina? Nunca ouvi falar e nenhum médico comentou comigo.
Luciana Misura says
Maíra, pois é, eu vi…mas então, se o Eric chegar a ter mesmo 6-7 infecções de ouvido depois desse tratamento com o quiro aí eu vou pra cirurgia mesmo, mas acho 3 muito pouco pra uma solução tão radical. Ainda bem que ele melhorou bastante depois dos tubos, e realmente vocês de mudança e já sabendo que a cirurgia deu ótimos resultados da primeira vez, é um estresse a menos em um país novo. Também queria mais opções naturais…
A vacina que a Amanda comentou é uma equivalente da Prevnar que as crianças tomam aqui, ela falou que tem uma versão da vacina “10” que protege mais contra infecções de ouvido. Mas eu só achei a Prevnar-7 ou a 13, que foi a que o Eric tomou, ainda não vi essa 10 que ela comentou, não sei se tem só no Brasil ou se a 10 lá é a 7 aqui, vou ver com ela.
Maíra says
Boa sorte Lu! Torço pra que o Eric não precise de cirurgia…
Bjs
Glaucia says
Oi Luciana, sim e colocado varias vezes ao dia o soro,mesmo sem estar doente…
para voce ter uma ideia, ele começou ir no berçario(minha filha voltou a trabalhar), e la tbem e rotina,o pediatra dele disse que que ajuda a eliminar as secreçoes, que juntando vai p o ouvido, entao esta dando certo.E quanto a cirurgia tem que pensar bem,se as infecçoes sao recorrentes, talvez cabe um bom exame p saber que tipo de bacteria pois ficara mais facil em dar o medicamento, se for antibiotico pelo menos sera o correto,e olha antibiotico nao e facil…Como te escrevi, tem cirurgia que e uma bençao, porem acredito dar tempo para criar imunidade, criança e assim mesmo quando nao e uma e outra e assim vai.Felicidades!
isabella says
Lu, o ideal é dar durante seis meses. David toma diariamente e também bebe muita bebida fermentada, ficou BEM menos doente este ano. OK, acabei de bater não madeira. 🙂
josé says
Oi Luciana, tudo bem? Sei que escreveu esse post há muito tempo. Mas gostaria de saber no que deu essa questão das otites do Eric. Meu filho de 2 anos e meio está com o mesmo problema e, segundo dois otorrinos aqui de São Paulo, é um “forte candidato” à cirurgia para colocar o tal tubinho. estamos fazendo de tudo para evitar. além das otites dos anos anteriores, teve 3 só nesse ano. Mas já há 5 semanas (pós fim do tratamento da última otite) ele não tem infecção, embora, segundo os médicos, continue com pouca circulação de ar no ouvido, o que deve incomodar bastante e afetar de alguma forma, ainda que sutil, a qualidade da audição. Abraço
Liliane Gondim says
A cirurgia para colocação do tubinho salvou a vida do meu filho de 5 anos. Foi atendido numa emergência por um otorrino, que passou o corticóide e um antibiótico, nada resolveu, acabou se internando. Após 10 dias com dois antibióticos na veia, sem a febre ceder, sem resultado, apareceu numa tomografia que havia evoluído para uma otomastoidite, bactéria alojada no osso do ouvido. Foi operado de urgência, pois as complicações são meningite ou sepse, com grande risco de morte. Então, ouçam seus médicos, não brinquem com a otite.
Luciana Misura says
Liliane, existe uma enorme diferença entre escolher operar uma criança internada em condição grave por complicações de otite e uma criança que está em casa brincando com infecções assintomáticas né, não dá nem pra comparar.
Naomi says
Olá Luciana, espero que esteja bem. Meu filho tem 4 anos e apresenta otite crónica do ouvido médio, com recomendação para o tubinho. No entanto, soube exatamente agora da Quiropraxia como uma alternativa para a cirurgia. Encontrei esse blog…..queria saber como ficou seu filho com esse tratamento. Obrigada!!
Luciana Misura says
Oi Naomi, ele ficou bem, nao teve que colocar os tubinhos nao! Boa sorte!