Quem passa Ano Novo em Detroit, você deve estar pensando? Não foi o plano inicial mas a festa em downtown Detroit até que nos surpreendeu.
Começando do princípio: nós fomos pra Michigan passar as festas com a família do marido. Esse ano estava atipicamente quente para essa época portanto não teve quase nada de neve, pra frustação das crianças (e minha). Veja bem que quando eu digo “quente” estou falando de temperaturas entre 0 e 10 graus, alguns dias chegando a 12, com vários dias de chuva. Já era pra estar abaixo de zero e nevando, chuva em dezembro é um desaforo. Foi a primeira vez que passei Natal em Michigan que não teve neve! Desde que nos casamos em 2002 que todos os meus Natais em Michigan foram com neve, mas dessa vez não rolou.
Chegamos dia 19 de dezembro e eu estava me recuperando de uma sinusite, e logo em seguida foi um festival de gente doente – sogro, cunhado, marido, crianças. Acabamos resolvendo ficar em Michigan pro Ano Novo mesmo, desmarcando a ida a Cincinnati pra passar o réveillon por lá com o meu cunhado, eles lá doente e o pessoal de cá também. Aí no dia 31 de dezembro mesmo olhando qual era a boa nos jornais, resolvemos ir pro Ano Novo em downtown Detroit mesmo, no primeiro horário, versão kid-friendly, que começava as 16h. A festa é em Campus Martius, que novamente estava lindíssimo com uma super árvore de Natal, a pista de patinação no gelo e muitas luzes nas árvores ao redor.




Nesse dia a temperatura estava perto de zero e ventando, ou seja, nem um pouco agradável pra ficar do lado de fora…mas a gente queria conferir a produção de réveillon em Detroit, esse é o sexto ano da festa, que a cada ano está maior. Um palco com shows de música era o centro das atenções, quando chegamos um coral infantil estava se preparando pra começar a cantar. Foram bem bonitinhos, mas o som estava meio baixo. Depois entrou uma outra banda, mas antes deles começarem a tocar fomos andar e não vi a apresentação. Depois das 20h a programação fica mais focada nos adultos, mas nesse horário eram músicas de Natal e coisas pras crianças.

Alguns food trucks vendiam comida ao redor da praça, mas achei pouco, esperava um número maior e com opções melhores do que cachorro-quente e afins (tem tantos food trucks bacanas ultimamente, não entendi). Não sei se mais tarde chegaram outros trailers pois logicamente enche mais no horário pros adultos. Alguns rapazes fantasiados de Caça-Fantasmas com o carro parado ali atrás tiravam fotos com todo mundo, só não me perguntem o que isso tem a ver com Natal ou Ano Novo, mas eles estavam perfeitos.


Demos uma olhada nas brincadeiras pra crianças que tinham sido montadas na rua, um trapézio, uma bicicleta circular pra 8 pessoas, dois pula-pulas infláveis grandes, as crianças brincaram um pouco no pula-pula. Demos uma volta ao redor da pista de patinação, as crianças comeram pretzels e desistiram de patinar porque estava muito cheio. Algumas pessoas assavam marshmallows nos fogareiros ao redor do rink, o que era aparentemente uma boa ideia, mas por causa do vento a fumaça estava indo na cara de todo mundo. Ainda bem que os meus filhos não viram!





As 18h30 eles fizeram a versão infantil do “ball drop”. Se você alguma vez já viu a festa de Ano Novo de Nova York, sabe que tem uma maçã que representa a “big apple” que cai nos segundos que antecedem a meia noite. Essa caída da maçã é um “ball drop”, e em Detroit eles tem um “D” que cai do mesmo jeito. Eles fazem isso a meia-noite, mas assim como outras cidades que já visitamos, tem uma celebração mais cedo pras crianças que tem horário pra dormir e não vão conseguir ficar acordadas até meia-noite (Chicago tem duas queimas de fogos pelo mesmo motivo). Assim como não acho graça no ball drop de NY, não achei nenhuma graça nesse de Detroit, e eles ficaram subindo e descendo o tal D, não sei se estavam fazendo um teste pra mais tarde…mas o pessoal todo fez contagem regressiva e tal, pelo menos teve um pouco do clima de Ano Novo que eu sinto falta. 10…9…8…7…



Depois do ball drop o lugar começou a esvaziar, as famílias com crianças indo embora antes das atividades pra adultos começarem, e aí é que vimos que atrás do palco tinha a entrada pra uma tenda enorme com muitas outras atividades – pintura de rosto, bichinhos de balão, xilofone, e sei lá mais o que a gente perdeu, pois quando achamos o lugar estava quase fechando. Depois das 19h essa tenda ia se transformar num festão (pago) pra adultos, aí sim até meia-noite ou mais. As crianças conseguiram brincar no xilofone mas a fila pras outras coisas estava grande e não ia dar tempo, uma pena. Meu outro cunhado que foi pra festa de adultos em Detroit e estava lá pra virada falou que estava bem cheio e que foi muito legal, então se algum dia você estiver perdido em Detroit nessa época pelo menos tem pra onde ir no Ano Novo 🙂






Voltamos pra casa logo depois, já que meu sogro estava doente ainda e ficou em casa. Meia-noite mesmo fizemos um brinde só com a família, e dessa vez Julia e Eric conseguiram ficar acordados esperando.





Outras opções animadas pra quem quer festa e fogos é o Réveillon em Traverse City, norte de Michigan, eles tem o Cherry Ball Drop. Consideramos ir pra lá mas ninguém estava com disposição pra dirigir 5h num dia e 5h no outro pra voltar (porque tínhamos compromissos já marcados). E ali em Windsor, Canadá, que fica do outro lado do Rio Detroit, também tem festa de Ano Novo com fogos. Eu estava com nossos passaportes na bolsa caso a gente tivesse vontade de sair de downtown Detroit e cruzar a fronteira para o Canadá, mas como estáva todo mundo gelado por causa do vento e recém-recuperados de gripe e sinusite, preferimos ir pra casa mesmo. 2016 começou quieto pra gente, assim como foi o Ano Novo de 2015. Resolução de Ano Novo: arrumar um réveillon bem animado pra 2017, de preferência quente e na praia! Feliz Ano Novo pra todos vocês que lêem o Colagem, rumo ao aniversário de 15 anos do blog.
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