Hoje o dia foi cheio, começamos pela Tokyo Tower, que era um passeio que não tínhamos conseguido fazer na viagem anterior. Dessa vez o ideal teria sido visitar a Tokyo Sky Tree, que é a nova torre muito mais alta que a Tokyo Tower, mas como tinha acabado de inaugurar, os ingressos estavam todos vendidos pelos próximos 3 meses e tinha que arriscar ir até lá bem cedo pra conseguir ingresso pro mesmo dia. Com um bebê isso não era não um pouco animador, então deixamos pra lá.
Pegamos o metrô até a estação Akabanebashi e de lá fomos andando até a Tokyo Tower. Construída em 1958, é uma torre de telecomunicações e atração turística. Parece uma cópia da Torre Eiffel, só que não tão bonita e pintade de branco e vermelho.
Na base da torre tem tipo um mini shopping center, com restaurantes diversos e lojas de souvenir. Aproveitamos pra almoçar ali mesmo, em um restaurante tradicional japonês. Comi um porco katsu que veio com um ovo mole por cima que realmente não gostei (coisa rara). O porco estava bom, mas aquele ovo mole acabou com o prato pra mim. Fiquei na vontade de experimentar os waffles dessa loja Pink Dot (foto) e tinha que tirar uma foto pra mostrar a máquina que você escolhe a comida e compra o tícket, pra entrar no restaurante e esperar o seu pedido ficar pronto (não encarei, tudo escrito somente em japonês).
Nas lojinhas de souvenirs sempre tem umas coisas estranhas, tipo esses mascotes cor-de-rosa da Torre que achei bizarros demais, a tal Tokyo Banana que parece uma massinha com uma banana dentro, esses pratos com colares e as princesas da Disney que eu não entendi nada e a Julia adorou essa Hello Kitty gigante.
São dois observatórios, um a 150m e outro a 250m, fomos apenas no primeiro. A vista é aquele mar de prédios de Tóquio, legal mas mas não entrou na minha lista de top atrações da cidade não. Só para variar tinha uma névoa e o Monte Fuji estava encoberto, não conseguimos vê-lo…deu pra ver a Rainbow Bridge e a ilha de Odaiba que visitamos outro dia. Dava pra ver a Sky Tree ao longe, quase invisível por causa da névoa.
De lá voltamos para o metrô e pegamos a linha Oedo até a estação Ryoguku, para o Museu Edo Tokyo, que fica perto da Sky Tree aliás, e esse sim é um museu bem legal e interessante que vale a pena visitar. O prédio é imenso e super diferente, impressiona já pelo tamanho. Lá dentro você entende o motivo: eles tem estruturas imensas como um teatro e uma ponte que foram retiradas de seus lugares de origem e levadas para lá. A exposição mostra a cidade de Edo, como eram as casas, como vivia a população, o dinheiro da época, produção literária, utensílios, roupas, e depois vai mostrando a transformação da arquitetura e urbanização depois de incêndios, terremotos, guerras, a mudança de nome para Tóquio e a evolução até chegar a cidade que conhecemos hoje e o estilo de vida da população. Tem várias maquetes incríveis, super detalhadas, inclusive uma mostrando uma loja que abre e fecha as cortinas, entre outras. Esse museu é infinitamente melhor do que o museu Shitamachi que visitamos na primeira vez que viajamos para o Japão. Julia quis ficar tirando fotos do museu, estava muito engraçada clicando tudo que achava legal (tudo!). A lojinha do museu é uma graça e compramos umas coisinhas por lá, incluindo o gatinho de pelúcia tradicional japonês que vocês vêem nas fotos.
Depois que o museu fechou voltamos para o apartamento em Shibuya, e a Marcela e o Iberê ficaram com as crianças pra gente ir jantar no L’ATELIER de Joël Robuchon, em Roppongi Hills. Este restaurante do chef francês Joël Robuchon tem 2 estrelas do Guia Michelin, e apenas 40 lugares, mas durante a semana conseguimos fazer uma reserva poucos dias antes para o jantar. Pegamos dois lugares no balcão, que é o aconselhável: você vê os chefs preparando a comida na sua frente, sempre uma experiência impressionante. A comida estava realmente espetacular (vejam as fotos abaixo), e apesar de não ser barato, pra quem está acostumado com a roubalheira dos restaurantes no Brasil não chega a assustar: pagamos o equivalente a 200 reais (o menu B de ¥8,800) por pessoa, que vinha com uma amuse-bouche, uma entrada, uma sopa, um prato principal, uma sobremesa e um café ou chá com petit fours. Mas você pode escolher entre vários menus de preços e números de pratos diferentes, que no jantar vão de ¥4,800 a ¥14,800 por pessoa. As opções no almoço são ainda mais baratas, de ¥1,890 a ¥6,500 por pessoa. Vale muito a pena, mas não é um lugar pra levar as crianças.
Estava tudo muito bem feito e delicioso, amuse-bouche de atum gostosinho, entradinha salmão tartar excelente, a minha sopa era um gaspacho (o melhor que já tomei), o prato principal foi um foie gras com risotto, divino – eu nunca tinha comido foie gras de verdade (só patê e afins) e o daqui estava maravilhoso, agora não preciso comer nunca mais…a sobremesa foi uma mistura de figos, cream cheese, campari, muito boa e diferente, e os petit fours gostosinhos que tomei com chá verde. Gabe também gostou de tudo que pediu, e ele normalmente é chato e sempre tem algo que não gosta.
Foi realmente um jantar inesquecível, agora pra repetir vou ter que ir no L’Atelier de Las Vegas 😉
Roteiro de Tóquio dia-a-dia:
Dia 1: Direto do Japão (chegando ao aeroporto de Narita e indo para Tóquio de trem)
Dia 2: Passeando em Tóquio com as crianças
Dia 3: Chuva em Tóquio e um playground fechado para as crianças
Dia 4: Provando os sabores de Tóquio
Dia 5: Mistura da Tóquio tradicional e moderna: jardins Hama-rikyu e passeio a Odaiba
Dia 6: Visitando a Sanrio Puroland: o parque da Hello Kitty
Dia 7: Visitando a Disney Sea
Dia 8: Ueno Park e Zôo
Dia 9: O Aquário de Shinagawa
Dia 10: Tokyo Tower, Museu Edo-Tóquio e jantar no L’Atelier de Joel Robuchon
Dia 11: Ueno (National Museum of Western Art) e Ginza
Dia 12: Shinjuku e Shinjuku Gyoen (picnic)
Dia 13: Visitando Hakone e o Hakone Open Air Museum
Dia 14: Roppongi (Mori Tower) e restaurante Ninja
Dia 15: Sayonara Tóquio
Observações sobre o Japão
Não deixe de ler também todos os meus posts sobre o Japão no Aprendiz de Viajante e os posts da primeira viagem que fizemos ao Japão em 2006 aqui.
Imelton says
Nossa Luciana! Até no Japão vocês passaram? Foi uma viagem de volta ao mundo ou a Europa foi em outra época? Abçs
Luciana Misura says
Viagens diferentes Imelton, quem dera ter feito uma volta ao mundo, meu sonho! Fomos pro Japão em julho de 2012 e pra Escandinávia em agosto de 2013 🙂