No nosso último final de semana em Michigan nós visitamos novamente o Detroit Historical Museum, que fica em midtown Detroit perto de vários outros museus da cidade. Nós já tínhamos ido a esse museu há muitos anos, quando ainda morávamos em Michigan, e dessa vez levamos as crianças. É um passeio interessante pra aprender a história de Detroit (e de Michigan), desde que a área foi descoberta pelos comerciantes de peles europeus até o auge da indústria automobilística de Detroit – “Motor City”, passando pelo papel da região na libertação de escravos fugidos do Sul dos EUA, a participação na fabricação do arsenal da 2a Guerra Mundial, tudo em exposições bem montadas com muitas fotos, desenhos, áudio e reproduções de ruas e casas de época. E o melhor: esse museu é gratuito!
Falando das exposições, passeie com a gente:
Entramos pela Allesee Gallery Of Culture, que fala do século 20 em 4 “vitrines” audiovisuais, cada uma mostrando um período da cidade de Detroit: 1900-1929, 1930-1949, 1950-1979 e 1980-2000. Uma linha do tempo mostra os eventos mais importantes e objetos diversos nas vitrines mostram como era a vida nessa época: roupas, fotos, eletrodomésticos, notícias de jornais, troféus de eventos esportivos…e em cada uma você pode assistir um vídeo resumindo os acontecimentos que marcaram aquele período. Bem legal.
Dali passamos para a exposição America’s Motor City, que conta a história de como a indústria automobilística surgiu, cresceu e definiu a cidade – e porque Detroit teve mais sucesso que outras cidades nessa indústria. Carros antigos estão expostos, e muitas fotos, notícias de jornais e revistas, uma réplica de uma linha de montagem completam a exposição.
No segundo andar passamos pela Gallery Of Innovation falando dos inventores famosos da cidade (e alguns nem tanto) e suas ideias que mudaram o mundo.
E seguimos para Detroit “The Arsenal Of Democracy” que fala do envolvimento da cidade e da indústria automobilística na produção do arsenal de guerra para a 2a Guerra Mundial. É uma exposição pequena mas interessante, também mostrando como as pessoas viviam naquela época com muito pouco pra ajudar nos esforços de guerra.
De lá fomos para Doorway To Freedom – Detroit and the Underground Railroad, que conta a história da Underground Railroad, que era uma rede informal de abolicionistas que ajudavam escravos fugidos a sair do país. Essas pessoas usavam metáforas ferroviárias para manter as pessoas em segurança e abrigavam os escravos que iam passando de casa em casa (ou igrejas, hotéis, quem se dispusesse a ajudar) até cruzarem o Rio Detroit e chegarem ao Canadá. Foram várias décadas e dezenas de milhares de pessoas que escaparam rumo a uma nova vida.
Adoro a área chamada Streets Of Old Detroit que é uma reprodução de como eram as ruas de Detroit no século 19, em três períodos diferentes. As lojas são réplicas de lojas que realmente existiram e é tudo muito bem feito. Tem inclusive uma estação de bombeiros com um carro de bombeiro original. Minha única crítica a essa área é que é sempre muito escura (talvez eles queiram manter a iluminação parecida com a original, não sei). Tem uma sala interessante com brinquedos de época e outros brinquedos atuais para as crianças se distraírem.
Ali do lado as crianças adoraram ver The Glancy Trains, os trens em miniatura funcionando da coleção de Alfred R. Glancy Jr. (1908–1973), um especulador imobiliário que foi o dono do Empire State Building em Nova York. Difícil foi tirar o Eric de lá!
E por último (e fora de ordem) vimos a exposição Frontiers to Factories: Detroiters at Work 1701 to 1901 que conta a história dos primeiros séculos de Detroit, do posto comercial de índios e comerciantes de peles até o século 20 e o surgimento das grandes fábricas.
Não visitamos o Kid Rock Music Lab, acho que foi a única parte do museu que não vimos. O Meier’s Wonderful Clock não está em exposição no momento, passando por uma restauração.
Informações úteis:
Detroit Historical Museum
Endereço: 5401 Woodward Ave. Detroit, MI 48202
Telefone: (313) 833-1805
Preços: Grátis.
Horários: Terças as sextas 9h30-16h e sábados e domingos das 10h-17h. Fechado as segundas-feiras.
Dica: estacione atrás do Detroit Institute of Arts e ande até o Detroit Historical Museum, custa $5 o dia inteiro.
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Outros posts para ler antes da sua viagem para Detroit:
A falência de Detroit: se eu não soubesse, não teria percebido
Viajando para Detroit, Michigan
Aeroporto de Detroit: o que fazer durante uma conexão e como chegar à cidade
Hotéis em Detroit: onde ficar
Restaurantes em Detroit e arredores
Compras em Detroit, Michigan
O que fazer em Detroit e arredores
Passeio por downtown Detroit – a pé ou usando o People Mover
Passeando no Detroit Riverfront
Midtown Detroit, a área dos museus
Motown Museum – um tour pelos sucessos da música negra que cruzaram a fronteira racial
Detroit Institute of Arts – um dos melhores museus enciclopédicos dos EUA
Visitando o Detroit Zoo
Um dia em Greenfield Village
Ford Rouge Factory Tour, visitando a fábrica histórica da Ford
Auto Show de Detroit – NAIAS
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Jogo de Baseball no Comerica Park em Detroit
Jogo de Basquete da NBA no Palace de Auburn Hills
Passeio a Belle Isle
Viajando de trem Amtrak nos EUA – de Detroit a Chicago (com crianças!)
Diego says
Oi Luciana. Parabéns por ainda estar atualizando esse blog. Eu vendo lido ele off and on desde 2003 mais ou menos e já faz um tempo que não passo por aqui.
Eu acabei de ter meu primeiro filho aqui na Califórnia e tenho 2 perguntas que espero que cê possa me ajudar:
Ce sabe se existe alguma desvantagem em registrar meu filho no consulado brasileiro e pegar passaporte brasileiro pra ele?
E ce sabe onde achar livros (de autores brasileiros) e música infantis em portugues?
Valeu e parabéns pela dedicação de novo!
Luciana Misura says
Diego, seu comentário passou batido, acabei de ver! Fui atualizar o post e vi que estava lá sem ser respondido, mil desculpas!
Se você ainda está querendo as respostas:
1) Registrando seu filho no consulado brasileiro ele terá dupla cidadania e portanto poderá entrar no Brasil sem visto, apenas mostrando o passaporte brasileiro. Se você não registrar e ele ficar somente com o passaporte americano, vai precisar fazer o visto brasileiro pra ele. E aí são aquelas chatices de fazer visto, renovar, etc. Claro que registrando tem chatices diferentes, como ter que ficar renovando passaporte brasileiro no consulado, mas enfim, eu acho sempre melhor garantir a cidadania porque essas leis mudam e sabe-se lá o que eles podem vir a exigir um dia. Teve uma época que os filhos de brasileiros nascidos no exterior tinham cidadania provisória e outras bobeiras…
2) onde achar livros e música em português nos EUA: não sei. Minha mãe que traz tudo do Brasil pra mim. Sei que tem lojas online brasileiros como a Livraria Saraiva e o Submarino se não me engano que enviam pros EUA, se ninguém puder trazer pra você. Claro que o frete não é barato…às vezes lojas brasileiras nos EUA vendem alguns CDs, mas livros eu nunca vi não. Se achar alguma coisa me avisa que eu gostaria de saber 😉
Beijos e parabéns pelo bebê!
Luciana