Não, nem deu tempo de escrever sobre ontem (vimos uma peça no teatro Kabuki, fomos a Ueno, Asakusa e Shibuya, jantamos em uma izakaya com mesas privadas em Ginza) pronto, tudo escrito aí embaixo, mas agora estamos de saída para a Disney não fomos, estava caindo um dilúvio! e só vou poder escrever logo mais. Fui!
Passamos o dia na cidade mesmo, por causa da chuva forte (que só parou tarde da noite) não tinha muita opção. De manhã fomos no showroom e assistência técnica da Canon, limpar o sensor da máquina que estava com uma poeirinha dos dias de ventania que aparecia em todas as fotos. Fiquei chocada que eles limpam o sensor de graça, nos EUA as lojas cobram 30 dólares pra fazer isso! O prédio onde fica a assistência técnica é super minimalista, todo branco, parece um hospital. Me senti levando a minha câmera ao médico, haha.
Almoçamos perto do hotel em um restaurante coreano, uma das coisas que “salva” os turistas estrangeiros por aqui é que a maioria dos restaurantes tem um menu com fotos ou os pratos com comida de plástico no mostruário. E uns poucos restaurantes que não tem nem um nem outro, às vezes tem o menu em inglês. Ainda não fomos a nenhum restaurante que só tivesse o menu em japonês…Sobre a comida: não gostei muito do prato de carne que eu pedi, tinha algum gosto não-identificado no tempero que estava enjoativo. O Gabe pediu um prato de frango que estava super picante (a única coisa que eu sei da comida coreana é que tem muitos pratos picantes). Detalhe do restaurante: estava tocando música americana o tempo todo, mais particularmente hip-hop. Então tá: restaurante coreano em Tóquio tocando hip-hop.
Fomos até Ueno novamente, atravessamos o parque debaixo de chuva e fomos ao museu Shitamachi, que mostra casas e utensílios típicos da Tóquio antiga. Esse museu foi idealizado pela própria comunidade, que queria preservar sua história depois que praticamente a cidade inteira foi destruída por terremotos e incêndios. O primeiro piso tem réplicas das casas e você pode andar por dentro dos ambientes. O segundo piso tem objetos e fotografias. Os objetos mais bacanas são os brinquedos, você pode brincar com todos eles, e tinha um monte de japoneses lá pelos 50 anos brincando animadamente. Infelizmente não é permitido tirar fotos no segundo piso, não me perguntem por quê. Adorei as fotografias 3D, super antigas, preto e branco com alguns detalhes coloridos a mão. E as fotos de família, todo mundo vestindo os seus melhores kimonos, tudo muito interessante.
Depois do museu rumamos para Akihabara, para ver os eletrônicos nas mega-lojas que tem lá. Não nos impressionamos muito porque foi um repeteco das mega-lojas de Shinjuku, a Yadobashi Câmera de lá com seus 8 andares tinha tudo o que vimos em Akihabara. E como não queríamos comprar nada mesmo (os preços nos EUA são melhores), acabamos não ficando por lá muito tempo.
Fomos pro hotel trocar de roupa pois estávamos bem molhados da chuva e escolhemos um restaurante perto de Roppongi para jantar. Pegamos o metrô, procuramos o restaurante e surpresa – não tinha área não fumante, e estava todo mundo de cigarro na mão. Esse detalhe normalmente passa desapercebido porque os guias de restaurantes não divulgam essa informação, mas tem muitos restaurantes por aqui que não tem área não fumante. Depois da decepção, pegamos o metrô e fomos para Roppongi Hills, mas chegamos lá tarde e a maioria dos restaurantes já tinha fechado. Acabamos jantando em um restaurante balinês chamado Putri, que era o único ainda aceitando pedidos. Demos sorte e a comida era muito boa! Comi camarão com curry e o Gabe pediu um bife picante, e espetinhos de frango satay de entrada (com molho de amendoim, eu gostei, Gabe detestou). Adorei o drink com a bebida local chamada Arak, tomei arak com suco de manga, bem gostoso. Corremos do restaurante para o metrô, que ia fechar em alguns minutos, e conseguimos pegar um dos últimos trens de volta pra Ginza. Ufa!
Sobre os japoneses: não, os japoneses não são todos iguais, aliás os jovens tentam ser bem diferentes e fazem isso usando cabelos e roupas bem coloridos. Mesmo sem cabelos vermelhos, as diferenças são gritantes, falar que japonês é tudo igual é como falar que todo mundo que é louro de olho azul é igual.
Curiosidade: eles são super higiênicos e não pegam dinheiro direto da sua mão, o dinheiro é sempre colocado em um pratinho. Comida é sempre colocada em uma bandejinha e então você pega, eles não seguram com a mão para te entregar. Até o sorvete de casquinha tem um pedestal que eles colocam e então você pega o sorvete com a mão.
Todos os posts da viagem:
1o dia: Konnichiwa (boa tarde / bom dia)! (Tóquio)
2o dia: Adolescentes, cerejeiras e o guarda-chuva de 250 dólares (Tóquio)
3o dia: Segure o seu chapéu, jornal, picnic… (Tóquio)
4o dia: Isso é Tóquio
5o dia: Muita chuva em Tóquio
6o dia: It’s a small world after all (Disney Tóquio)
7o dia: Nikko, os italianos e os bêbados
8o dia: A caminho de Kyoto | Sayonara Tóquio!
9o dia: Kyoto, cidade das geishas
10o dia: Miyako Odori, uma tradição deslumbrante (Kyoto)
11o dia: Templos até debaixo d’água (da chuva) (Kyoto/Inaue)
12o dia: Nara e seus 1300 anos de história
13o dia: O castelo samurai de Himeji
14o dia: Takayama Matsuri, festival de primavera (mas que frio!) (Takayama)
15o dia: Shirakawa-go, uma vila que parou no tempo
16o dia: Takayama e muita confusão
17o dia: O final da saga
Carolina says
Olá Luciana, td bem?
Eu preciso fazer uma atividade no meu estágio relacionada à cultura americana. Optei por falar sobre uma das festividades americanas: o Thanksgiving, por isso gostaria de saber se posso utilizar algumas das fotos publicadas aqui no seu site (seguindo as boas maneiras e respeitando a fotógrafa).
Grata
Carolina
Mauro says
Lu, vi num site que as tampas de bueiro aí no Japão são todas decoradas, cada lugar é diferente… é verdade? Bota reparo aí para mim, fiquei curioso! 🙂
Lili says
Bom dia (ou boa tarde) !
Estou adorando tudo, mesmo sem as fotos os seus posts são maravilhosos !!
Abraços e aproveitem.
Ivana says
Oi Luciana
Fiquei alguns dias sem acessar seu blog e vc já está no japão. que vida bacana. Cheia de experiências marcantes. gostaria de montar um blog, mas não sei como começar. e nem onde entrar para ter um gratis, todos que já tentei não conseguí. Talvez possa me dar uma dica. Adoro fotografar. Moro na Amazonia e também aproveito a beleza do que resta das matas, bichos, plantas e flores interessantes. quero compartilhar as belezas que coleciono. Ah! adorei as fotos do Japão.
Beijos
Ivana
Mary says
Ai, Lu, que BA-RA-TO!!! Conta do teatro kabuki!!! Uau!
Daniel de oliveira says
Muito legal o site, as fotos estão muito bonitas.
Estive vendo as fotos e tudo mais, não quer trocar de lugar comigo? VOcê fica aqui em Curitiba-PR, Brasil, estudando e eu vou passear no seu lugar?
Se quiser me manda um -email!
Tudo de bom!
Rê Brito says
poxa não deu pra ir na Disney? Não acredito…..
rosilande says
Vida de turista é assim mesmo, haja correria, folego e entusiasmo para conhecer e andar por vários locais no mesmo dia, conheço bem… porém cuidado com o excesso, com os pés, para que possam curtir tudinho. Uma vez no Louvre tive uma tendinite por andar horas e horas sem descansar, que me fizeram reduzir o ritmo durante dois dias e para um turista reduzir o ritmo é doloroso… Porém sei que vocês se irão se cuidar e nos presentear com fotos e comentários maravilhosos. Beijos.
leticia says
poxa, pensei que os eletronicos fossem superbaratos em Toquio… que decepção! :o(